39. Natal

2.2K 207 280
                                    

A música soava alta no fone de ouvido e cada batida dela combinava com os golpes deferidos no saco de ração de galinha, cheio até a boca, com areia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A música soava alta no fone de ouvido e cada batida dela combinava com os golpes deferidos no saco de ração de galinha, cheio até a boca, com areia. 

A manhã de Natal chegou de forma rápida e fria, mas Steve preferiu não ficar dentro da casa naquela hora. Particularmente, naquela noite, embora se sentisse relaxado por ter feito amor com sua garota até tarde após aquele tempo todo onde tinham sido interrompidos várias e várias vezes, não conseguia dormir ou se concentrar em nada por mais de dez minutos seguidos. 

Sua cabeça ficava voltando ao assunto Hydra, tentando correlacionar Sam Porter ao Presidente Americano, ao General Ross e, consequentemente, aos pais de Emma. Okay, Sam era aliado dos dois primeiros junto à primeira Ministra de Londres. Muito provavelmente, os pais de Emma se meteram no caminho do homem enquanto investigavam. 

Mas Steve sentia que havia algo faltando ainda. Uma peça fora do lugar naquele quebra cabeças estranho. Se a Shield sabia que a Hydra estava viva e mandou dois Agentes investigarem, por qual motivo Fury não havia sido informado e foi pego de surpresa novamente? A não ser, que a Shield não soubesse… E se eles não sabiam, como os pais de Emma descobriram? 

Eram tantas perguntas sem respostas ainda e o prazo para saírem daquele lugar estava acabando. Não que Clint ou Laura tivessem expulsado eles, pelo contrário, eles achavam melhor esperar até o fim do ano. Mas o plano não podia esperar mais. 

Enquanto as batidas da banda soavam altas e repetitivas, os socos e chutes estavam seguindo elas. A mão de Steve, muito provavelmente, aquela altura, já estava sangrando, mas seu corpo nem mesmo registrava a dor. 

Só parou de socar quando o saco rasgou ao meio e toda a areia que tinha dentro caiu aos pés do homem. Ele observou, frustrado, até que ela parasse de cair. Então, observou os nós das mãos: Estavam cheios de sangue e roxos. 

-Precisa de ajuda, Capitão? 

Steve estremeceu de susto e olhou por cima do ombro, observando Emma encostada na porta do celeiro. Ele sorriu e negou. 

-Não, obrigado! 

-Sei… 

Ele continuou sorrindo, bobo, enquanto arrastava o saco para a lata de lixo e limpava as mãos na calça. 

Emma acompanhou todos os movimentos com os olhos, mordendo o lábio inferior e pensando em como qualquer movimento, por mais simples que fosse, podia ficar tão atraente no namorado. Era como se ele fosse o Sol e Emma girasse em torno de sua órbita, atraindo a garota como a Terra se atrai pelo seu próprio Astro Rei. 
 
Deixando de lado os pensamentos impuros, Emma caminhou até o homem, observando as mãos dele. Dez dias tinham se passado desde o incidente com o homem na floresta e suas mãos estavam praticamente iguais, afinal, todos os dias, pelas manhãs, Steve, Sam, Natasha e Bucky se revezavam para ensinar a ela e a Sam luta corpo a corpo. Sam tinha muito mais dificuldade que Emma, lógico, especialmente porquê, diferente de Emma e Steve, Sam e Sam levavam mais tempo flertando do que treinando. 

Human. • Steve Rogers. Onde histórias criam vida. Descubra agora