Capítulo 38

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Tony

Observo atento cada mudança, cada gesto, cada olhar da Olívia, sentia que ela poderia desmoronar a qualquer momento.

_Olívia está tão calada, não diz uma única palavra desde que o corpo chegou, tenho medo de quais rumos os pensamentos dela estejam a levando.

Pepper diz enquanto caminhamos pela ttilha de pedra que leva ao mausoléu da propriedade, ao longe já podia ver a grande construção, Olívia ia um pouco mais a frente e a Morgan não largava da sua mão por nada.

_Eu também estou preocupado, mas agora eu não posso fazer nada, vou ter que esperar até estarmos em casa.

Digo tentando transparecer calma, não precisava armar um espetáculo no meio desse monte de gente estranha.

_Sim, vamos planejar algumas atividades entre nós, vai ajudar a dispersar sentimentos ruins que ela possa ter.

Assinto sorrindo levemente, quando a Olívia para na entrada eu estranho um pouco, mas ela parecia cauma e não havia nenhum indício de algo anormal.

_Morgan fica com o papai agora está bem? Tenho que  buscar uma coisa.

Ela diz em tom carinhoso para a mais nova que concorda um pouco contrariada.

_Não demora.

Ela assente e se afasta pegando um caminho lateral e desaparecendo no meio das plantas, aquilo parecia algo muito comum, já que todos os outros familiares entram na construção, olho para os nossos amigos que dão de ombros entrando também, sem ter muito escolha eu os acompanho, vendo uma espécie de grande salão muito bem iluminado, o telhado de vidro dava as condições perfeitas para que até mesmo algumas plantas de desenvolvesse ali dentro, ao dentro havia um suporte para o caixão e tochas acesas, mim sento com todos os outros nos bancos ali postos enquanto os agentes da funerária faziam seu trabalho.

_O que será que a Olívia foi buscar?

Steve pergunta parecendo um pouco curioso.

_Um vês ela mencionou que a família dela tem fortes veias aristocratas e tem um identidade religiosa muito presente, essas famílias costumam ter muitas tradições e ritos.

Pepper diz parecendo pensativa, assinto endireitando a postura, meu olhar parando no corpo imóvel no centro da sala, cinto um calafrio transpassar minha coluna e não pude evitar mim lembrar de quando eu a conheci, o temperamento ácido olhar felino, ela era a imagem de uma predadora, mas também tinha um sorriso fácil e olhar calmo, não poderia imaginar que ela se tornaria a mulher que reencontrei em um tribunal, fria, calculista, cruel, era difícil estar aqui e tentar manter o foco em cuidar da minha filha, em mim manter calmo por ela, enquanto lutava contra a vontade de tirar minha família de perto dela e iguinorar compretamente o fato dela ser a mãe da minha filha mais velha.

_Ela voltou, Tony vai falar com ela.

Pepper diz mim fazendo despertar de meus pensamentos, assinto e mim levanto indo até ela que tinha uma cesta e um livro nas mãos.

_O que é isso?

Pergunto olhando para o grande livro que ela coloca sobre um leitoril.

_É o livro da família, é aqui que registramos o nome e a data de falecimento de cada membro da família  Brown desde que o mausoléu foi construído em 1897, mim ajuda com as flores, depois eu faço o que preciso fazer aqui e guardo o livro de volta ao seu lugar.

Ela diz se aproximando do corpo da mãe, ela mim estendo a cesta e mesmo confuso eu seguro, observando enquanto ela abre e retira de lá várias rosas brancas, com um pouco de dificuldade ela as acomoda entre as mãos da mãe, ela tira mais algumas flores pequenas e as distribui entre os cabelos da mulher, sorrindo levemente quando termina.

_Pode não ter sido a melhor mãe do mundo, a mais carinhosa, mas é a única que eu tive e merece meu respeito, não posso fazer muito por você agora que está morta mas espero que tenha gostado das flores, vovó sempre dizia que estas eram as suas favoritas quando era criança.

Ela termina de dizer e se afasta voltando para o livro, ela o abre e retira de entre as páginas uma caneta, e escreve algo rapidamente, logo fechando novamente e se afastando para se sentar, um sacerdote se aproxima para dar as últimas bênçãos e  logo o caixão e tirado de lá e posto em uma gaveta aparentemente construída de ontem para hoje, não demora ate todos comessaram a de dispersarem, alguns vem até nós e falam com a Olívia que mantia um tom calmo e face inespreciva, quando em tom todo aquele ritual acaba ela não quis ficar e comer com o restante da família que ficaria na mansão para almoçar, foi a primeira vês no dia que ela deixou transparecer o quanto estava mal por estar ali, e eu definitivamente a coloquei no carro, a Pepper também se apressou em falar com os outros e em vir em outro carro com a Morgan, quando estávamos saindo da propriedade as primeiras lágrimas rolaram e um soluço escapa de seus lábios, acelero o carro para fora da propriedade passando pelos portões e quase atropelando os abutres que ainda estavam ali, piso fundo no acelerador até estar longe o suficiente para que nenhum deles tivessem tempo de fotografar minha menina, a estrada estava livre o que foi perfeito, e eu pude fazer todo o percurso de volta bem mais rápido, tendo que diminuir um pouco apenas quando entramos na cidade, mas mesmo assim rápido o suficiente para não demorar a estarmos em na garagem da torre, ela ainda chorava, agora silenciosamente, enquanto mantinha o olhar distante.

_Vamos subir, vou pedir para entregarem o nosso almoço, os outros devem estar chegando também.

Digo saindo do carro, dou a volta e abro a porta do carona e ajudando a descer, ela estava muito pálida, s tive medo que ela desmaie.

_Eu não quero que a Morgan mim veja assim.

Ela diz enxugando o rosto com as luvas, a abraço de lado sem saber o que falar.

_Ela compreende as coisas melhor do que nós, não se preocupe com ela, ela está bem, se você se esconder dela aí sim vai deixar a Morgan incomodada.

Ela assente e respira fundo algumas vezes até conseguir se recompor.

Tem razão, eu vou até o meu quarto deixar minhas coisas e tomar um banho, desço para o almoço.

Ela diz e já sai sem dar tempo para resposta, a acompanho com o olhar até que ela suba a escada e desapareça no corredor dos quartos, faço o mesmo, indo até o meu quarto, mas antes peço o almoço, tiro aquela rolpa fúnebre e tomo um banho, tentando eliminar qualquer vestígio daquela manhã horrorosa.

Ela diz e já sai sem dar tempo para resposta, a acompanho com o olhar até que ela suba a escada e desapareça no corredor dos quartos, faço o mesmo, indo até o meu quarto, mas antes peço o almoço, tiro aquela rolpa fúnebre e tomo um banho, tentando...

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