capítulo 72

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Parte 2

_ Em que posso ajudá-lo? _ O rapaz visivelmente trêmulo, parecia não saber por onde começar.
_ Dom Miguel senhora... ele... _ Antes que ele chega -se a terminar, Francine se sentiu engasgar.
_ O que aconteceu? _ Sua voz soará mais desesperada do que desejava.
_ Nada, ainda senhora. Mas ele implorou  que eu lhe vinhe-se ao encontro. Ele necessita de sua ajuda.
_ Onde ele está? _ Precipitou-se até onde estava o rapaz.
_ Bakered minha senhora. Lady Bárbara o tem cativo. _ Ouvindo aquele nome, uma raiva que não conseguia descrever tomou conta de seu ser. De forma que não conseguia controlar, nem se quer, era capaz de raciocinar.
_ Mande selar meu cavalo Gertrudes. _ Gritou.
_ Espere filha! Talvez devesse aguardar José e Diego.
_ Não, Eu não posso espera-los. Não, sabendo que Miguel está nas mãos daquela mulher. Temo pelo o que ela é capaz de fazer.
_ E é por isso que você deve agir com cautela. _ No fundo Francine sabia que ele tinha razão. Mas o desespero que tomava conta de seu ser a impediu de lhe dar ouvidos.
_ Perdão senhora, mas eu não devia estar aqui. _ Ainda com cada nervo do seu corpo a tremer, o rapaz alcançou seu cavalo é desapareceu.
_ Francine minha filha! Pelo menos desta vez, escute-me.
_ O senhor não entende! _ Gritou, sentido lágrimas grossas descerem sobre suas faces.  _ Não vou permitir que ela o tire novamente de mim!
_ Pense um pouco Francine.
_ Recusando -se a continuar com aquela conversa, ela caminhou até onde estava o cavalo já celado. É sem hesitar montou em seus lombos ganhando a estrada.

                           * * *

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                           * * *

   O som do vento cortante, misturava-se as batidas aceleradas de seu coração. Mil coisas passavam sobre sua mente. Mas nenhuma delas a fazia desistir de sua corrida desenfreada. Precisava desesperadamente estar ao lado de Miguel. Certificar -se de que aquela mulher não havia o machucado. Não sabia ao certo quanto tempo estivera sobre o lombo de seu cavalo. Mas, suspirou aliviada,  ao vislumbrar a enorme construção, que estava estranhamente calma.

  Mas ainda sim, não atreveu-se a desistir

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  Mas ainda sim, não atreveu-se a desistir. Embora algo no seu íntimo a manda-se dar meia volta, é sair dali, caminhou em passos firmes até a porta.

 Embora algo no seu íntimo a manda-se dar meia volta, é sair dali, caminhou em passos firmes até a porta

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    Mas antes que suas mãos trêmulas alcançar-se a maçaneta, sentiu enorme mãos tapar lhe a boca. Naquela hora  seu coração pareceu falhar. Queria gritar, mas tal reação tornou-se impossível. Sentindo cada canto do seu corpo entrar em desespero. Um filme parecia rodar em sua cabeça. Causando lhe ainda mais tremor. Mesmo assim, estava certa de não se render, não desta vez. Com essa convicção, lutou em vão, para tentar fugir de seu opressor. Nesta hora, pôde ouvir com nitidez, o som de uma gargalhada. E no lugar de medo, a raiva voltou a preencher seu coração. Raiva, que se tornou maior, quando seus olhos foram de encontro aos de Bárbara. Que ria desdenhosa. Fazendo o sangue da jovem ferver.
  Queria gritar, cuspir na cara daquela mulher todas as coisas que parecia presas em sua garganta. Mas as mãos daquele homem ainda a impedia. E sem pensar duas vezes, Francine se viu cravar os dentes sobre as mãos ásperas de Bento. Que surpreso a soltou dando um hurro de dor. Oportunidade para que Francine parti-se para cima de Bárbara. Que viu seu sorriso desaparecer. Sem tempo de assimilar a situação, até ser jogada ao chão violentamente. Suas faces queimavam, em meio às bofetadas que se repetia sucessivamente em seu rosto.

_ Bento seu estúpido! _ Bárbara se via gritar. Enquanto o gosto de sangue lhe vinha a boca. Foi então que Bento se deu conta da mulher sobre Bárbara. Passando a ingnorar sua própria dor. Arrancou com força, Francine de cima de sua senhora. Novamente dominando lhe.  Ao sentir aquelas mãos sobre si, Francine se deu conta do tamanho de sua insensatez. Se não tivesse se deixado dominar pela raiva.  Tivesse sido sensata, Talvez estivesse longe dali. Mas agora se via novamente a mercer daquela mulher sem escrúpulos. Agora não havia tempo para arrependimentos. Fizera sua escolha. Agora tinha que arcar com ela. E ao julgar pelo semblante de Bárbara, sabia que suas consequências não seria nada agradáveis.

_ Se eu não tivesse pressa em mostrar-lhe a surpresa que lhe preparei, você pagaria agora mesmo por sua estupidez. Mas... _ Um sorriso maquiavélico se desenhou em seus lábios. _ Esteja certa que conversaremos mais tarde sobre seus modos querida.
_ Onde está Miguel? O que fez com ele? _ Gritou mais alto que gostaria. Fazendo o sorriso de autrora voltar aos lábios de sua inimiga.
_ Ainda não percebeu querida?
_ Gargalhou. _ Você é mesmo muito estúpida Francine. Miguel não está aqui. Amarre-a Bento!
_ Você não pode fazer isso! _ Gritou em protesto. Sentido as mãos de Bento a aperta-la.
_ Solte-me Bento! Eu te suplico. Eu pagarei tudo que quiser. O dobro, o triplo do que ela está a lhe pagar.  Mas por favor, solte-me. _ Ainda com o sorriso nos lábios, Bárbara caminhou até ela. Colando sobre sua garganta a lâmina gelada de uma faca.
_ O que pretende? Acaso está a enlouquecer? _ Francine balbuciou.
_ Acha que estou louca meu bem?
_ Ironizou.
_ Pois bem, Sugiro que fique quietinha. Pois de fato posso dar uma de louca... _ Em seus labios um sorriso sádico surgiu. _ E então Terei prazer em ensina- lá do modo mais difícil.
_ A pressão da lâmina sobre a garganta de Francine, fez pequenas gotas de sangue correr sobre a faca. Trazendo um olhar de satisfação para Bárbara. Que continuou a pressiona-lá. Enquanto as lágrimas da jovem passaram a descer, junto com o desespero crescente, que voltou a toma-lá.
_ Senhora? _ Bento a despertou de seu cruel devaneio. Ao que ela afastou-se.
_ Amarre-a Bento. _ Temendo o destino que lhe aguardava. Francine permaneceu imóvel. Sentindo seus pulsos arderem à cada nó que ele dava.
_ O que pretende?
_ Não seja apressada. Logo saberá.

   Terminando de amarra-la, Bento a entregou aos cuidados de Bárbara. Enquanto, pouco a pouco, chamas começava a nascer sobre Bakered. Chamas que passaram a devorar tudo. Francine assistia tudo imóvel. Queria fugir, mas como o faria? Sabia que Só um milagre a salvaria da loucura daquela mulher.

Continua

Memórias de um passado ( Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora