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  Francine havia passado tanto tempo naquela caverna, que caminhar por aquela ruas lhe parecia algo estranho, surreal. Mas estranho que isso, era estar prestes a entrar em uma casa de mulheres. Nunca estivera em uma. Mas já havia ouvido diversos  boatos sobre lugares como aquele. Boatos nada agradáveis. Lugares tido aos olhos de qualquer um, como um antro de perdição. Mas por que se importar com isso? Que diferença fazia? Francine não tinha nada, não tinha uma vida, uma família com quem se importar, nada! Apenas um odio crescente que á alimentava. Então não havia porquê exitar. Apenas segui a trilha que o destino lhe tinha traçado. E foi com esta convicção que se atreveu a prosseguir.

_ Kali??? _ O homem que caminhava ao seu lado, a olhou com um olhar tenso

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_ Kali??? _ O homem que caminhava ao seu lado, a olhou com um olhar tenso.
_ Não precisa se preocupar. Vai ficar tudo bem. _ Ela tentou inutilmente tranquiliza-lo. Mas ao julgar pelo olhar que lhe lançou, não seria meras palavras que tiraria o peso dele.
_ Quer desistir? _ Ele Perguntou com exito, parecendo ainda ter esperanças que ela não leva -se sua idéia a frente. No fundo se censurava por ter tentado tira-la daquela caverna, sem um lugar melhor em mente para levá-la.
_ Ainda dá tempo de voltar se você assim desejar!
_ Não Kali, não pretendo voltar. Mas como disse, não há com que preocupar. _ Voltando a fitar a rua deserta, Kali voltou a ficar em silêncio. Um silêncio ensurdecedor.  Ela sabia que não era a vontade dele a estar levando ao tal lugar. Ele a via como uma presa fácil. O pior, é
que em toda sua foi. Por isso tinha sido devorada pela cobras que a seguia. Talvez se tivesse sido astuta como Bárbara, tudo seria diferente. Só que esse " Talvez " não mudava em nada sua realidade. Mas não estava disposta a continuar indefesa. Dessa vez ela era uma presa com sede de se defende. E era isso que faria. Iria lutar, não importava o que acontece-se. Lutaria com unhas e dentes para ver seus algozes atrás da grades. Presos como animais.
_ Kali... _ Ela prosseguiu. 
_ Quero te fazer um pedido. _ Incerto Kali a encarrou.
_ Peço-lhe que não me chame mas de Francine. Quero que me chame de Juliana. Essa tal Francine não existe mas!
_ Kali a olhou sério. Mas concordou com um aceno de cabeça. Depois de tudo que ela lhe contará na noite anterior, ele compreendia bem o "porquê ".

                                 * * *

 Mal bateram na porta, e uma mulher de longos cabelos pretos e olhos vibrantes, veio atende-los. Com um largo sorriso nos lábios.

_ Por que demoraram tanto? Já estava a crer que sua garota ruiva era fruto da sua imaginação. _ A mulher riu olhado Francine minuciosamente
_ Entrem... _ Falou abrindo passagem para os dois. _ Você não tinha me dito o quão linda ela é. Nos Poderíamos aproveita-la muito bem aqui! Ela seria uma verdadeira mina de ouro!
_ Francine sabia bem a que ela se referia. Mas ainda sim, não se sentiu ofendida.
_ Bem sabes Madame Safira, que não a trouxe aqui para isso.
_ Sim, sei, o que realmente lamento.
_ Ela riu.

 Quando Francine chegou ao interior da casa, foi recebida por diversas jovens mulheres. Todas muito belas, mas que o destino não lhes fora muito generoso. E por uma razão ou outra, estavam ali.

_ Meninas, essa é a moça que lhes falei. Como se chama minha flor?
_ Juliana, Juliana é o meu nome.
_ Pois bem meninas, Juliana Ficará encarregada a partir de hoje da limpeza desta casa. Lembrando que ela seguirá apenas as minhas ordens. De ninguém mas. Espero que a tratem muito bem. Vilma mostre a casa para ela. Em seguida leve-a para o quarto que lhe preparei. É para que eu não esqueça, mantenha ela longe de nossos visitantes.
 _ Sim senhora! _ Disse uma jovem de longos cabelos loiros. Aparentemente muito tímida. Mas ainda sim, sorridente. De quem Francine logo se agradou. Enquanto a jovem guiava. Safira sorriu, percebendo a preocupação estampada no rosto de Kali.
_Você gosta muito dessa moça não é?
_ Sim... _ Ele suspirou.
_ Você a ama?
_ Sim, mas não como mulher.Vejo nela a minha Aida.
_ Foi o que imaginei. Não se preocupe, cuidarei dela como se fosse uma filha. A manterei longe dos homens que visitam essa casa.

Continua...
   

Memórias de um passado ( Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora