Miguel parecia um sonho o qual nem a própria Francine acreditava ter. O amor que ele lhe atribuía, parecia capaz de superar tudo! Mas... em uma terrível cartada do destino, Francine ver tudo que ela mais ama lhe ser arrancado. E em um jogo de idas...
Vagando em meio a escuridão, ele buscava ancioso a fonte daquela melodia inebriante. Que misturava-se ao som de vozes que ele desconhecia. Onde estava? Como fora parar ali? Não sabia. Pouco importava. Queria apenas ouvir de perto aquela doce canção. Vendo enfim uma luz, ele caminhou em passos firmes. Deparando-se com uma cena, que ele julgava ser bastante familiar. Aquele perfume, aqueles cabelos. Como parecia conhecer tudo aquilo. Quem era ela? Ele perguntava-se, caminhando em sua direção. Vislumbrando as faces. Que mesmo em volta em lágrimas, era bela. E novamente se deixou embriagar no perfume daquela mulher. Que dedilhava as teclas de um piano, com tanta paixão, que ele sentia seu coração apertar. Quem era ela? A pergunta lhe vinha a mente com insistência. Sem conter a tentação, afastou delicadamente as madeixas ruivas que ela possuía. Fazendo seu coração novamente bater apertado. Por que não lembrava? Como podia ter esquecido dela? Ela? Quem era ela? Voltando a olha-lá, outra pergunta lhe assombrou: Por que ela não o encarava, mesmo ciente de que ele estava ali? Atrevendo-se um pouco mais, interrompeu aquela música. Tomando as mãos dela sobre a sua. A maciez daquela pele o fez estremecer. Como se conhecer-se cada palmo daquele corpo. Foi então que um ruído atrás de si o fez desviar sua atenção, da jovem que agora o encarava com um sorriso triste.
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_Miguel? Afaste-se dela! _A voz feminina que lhe soava no meio da escuridão, parecia bastante familiar. Parecia a voz de Bárbara. Deixando-o por um instante confuso. Ao lado dela Também estava alguém, alguém que ele não conhecia, mas que parecia conhecê-lo, e odia-lo. Sabia, pela grito furioso que saia da boca daquele homem. _Ela é minha! _ E antes que ele tivesse tempo para assimilar o que se passava, ouviu um som estridente. Uma dor insuportável o tomou. Fazendo-o despertar com um urro de dor. _Querido? Querido? _Ele ouviu a voz, daquela que dizia ser sua esposa a chama-lo. _Eu estou bem! Volte a dormir. _Tem certeza? Eu ouvi... _Eu estou perfeitamente bem Bárbara! _Ele voziferou. Levando a mão a cabeça que latejava. _ Eu só fiquei... _ Eu sei... _ Respirou fundo. _ Eu só preciso ficar socinho. _ Está bem! _Ela disse por fim, afastando-se. O que trouxe a ele pesar, pela forma como a tratará. Mas por outro lado, alívio. Pois não queria que ela insisti-se com suas preocupações tolas. Com um suspiro profundo, pegou da gaveta um desenho. "Sim, é ela!" Ele pensou consigo. Amontoado uma série de perguntas em sua mente. Nas quais não obtinha resposta. Bárbara, era a única que talvez pudesse responder algumas delas. Mas, sempre parecia esconder algo. E não ousaria perguntar. Principalmente pelo desenho, que encontrará no meio das coisas dela. Mas que estranhamente, era da mulher que lhe povoava os sonhos. Não sabia o "Porquê " mas de alguma forma sabia que ela era parte importante de seu passado, no qual sua esposa anceava por esconder. Dês de que ela o salvará de seu suposto assalto. Não se recordava de nada. Exceto do tiro que receberá. Sua vida era uma página totalmente em branco. Na qual ele dançava, conforme a música que era tocada. Mas sentia, que essa vida não era sua. E a mulher que dizia ama-lo, não parecia a mulher que ele havia escolhido. Por que ele a escolheu? Por que não conseguia sentir amor, ou qualquer afeto, por ela? Eram tantos "Porquês, que sua mente parecia um turbilhão. Novamente, olhado o desenho daquela mulher nua em frente ao espelho. Seu coração pareceu acelerar. Pois sentia que seu coração a ela pertencia. E a ninguém mais...
Continua...
Como eu disse muitas surpresas estão por vir. O que acharam do capítulo? Deixam seus comentários. E votem ❤
