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  Os dias se seguiram longos. E desagradáveis. Aprender a ser uma cortesã, não era algo que lhe trazia prazer. Pelo contrário, a cada coisa que aprendia, se sentia mais e mais aprisionada a sua terrível sorte. E ver Kali afastar-se dela, tornava essa sensação ainda pior. Fazendo-a questionar se todas aquelas escolhas faziam sentido. Mas cada vez que questionava-se, lembrava do sorriso triunfante, nos lábios de Bárbara. E seu coração enchia-se de ódio. Afastando assim qualquer dúvida que tivesse. Dando lugar cada vez mas, a certeza, de que faria Bárbara e Leonardo se arrependerem, do dia em que cruzaram seu caminho. Não importava o preço que tivesse a pagar para conseguir isso.

                
                             * * *

  Olhando a noite fria. Francine voltou a chorar. Cercada pelas lembranças de seu amado Miguel. "Como sentia falta de seus toques. De seus beijos..."
Sentido sua infelicidade aflorar em seu peito. Aconchegou-se a si mesma, cruzando seus braço sobre seu corpo. Tentando afugentar tudo aquilo.

_ Perdeu o sono?  _Ouviu uma voz por sobre seus ombros. _ São as lembranças dele?
_Sim... _ Ela susurou. Sentindo-se incapaz de fitar seu amigo. Embora seu real desejo fosse correr até ele. E abraça-lo. Sentir-se novamente protegida.
_ Perdoe-me Francine... _A voz dele estava cheia de pesar. _ Perdoe-me por ter me afastado de você. Por não ter sido o amigo que você precisava. Entenda! Eu tenho medo! Medo de ve-la infeliz! E sei que se seguir esse caminho, é exatamente isso que irá acontecer. Mas mesmo não concordando com essa insensatez, eu não posso... nem consigo abandona-lá. _ Francine o fitou incerta de suas palavras.
_ Eu prometi cuidar de você. E é exatamente isso que farei. Afinal, sei que os nossos caminhos não se cruzaram por acaso. E, se o que deseja é vigar-se, eu a ajudarei.
_ Não Kali, eu não quero que se envolva nisso!
_ Sinto em dizer, mas já estou envolvido!
_ Kali...
_ Está pauta não está em discussão. Pelo o que não existe argumentos que me fassa mudar de idéia. Pois sou tão teimoso quanto você.  Sendo assim o assunto está encerrado. _ Francine sorriu, e o abraçou. Com a certeza de que Kali estava certo! "Seus caminhos não haviam se cruzado por acaso.

                               * * *

 Sentada sobre aquela penteadeira. Francine sentia como se todo o seu sangue estivesse a gelar. Suas mãos pareciam tremer. Ao mesmo estante que estava a suar. E todas essas sensações que a envadiam. Se dava ao inevitável momento em que a porta se abririam. E por ela passaria o conde de Monte rei. Apresentado a ela naquela noite. O qual seria sua companhia pelas próxima semanas
Diversas certezas tomaram conta de seu coração. A vontade de desistir, aflorava a sua pele a cada segundo. Parecia que mesmo depois de quase dois anos de treinamento, nada a preparará para aquele momento.
Quando a porta enfim abriu, ela tentou mostrar-se o mais natural possível. Escondendo de si mesma, seu próprio nervosismo. O conde por outro lado, parecia bastante familiarizado a aquela situação. Sentando tranquilamente sobre uma confortável poltrona.

_ Venha cá bonequinha. Deixe-me ver você! _ Diante da atrevida sugestão, ela sentiu-se novamente a fraquejar.  Mas não podia exitar. Havia ido longe demais para desistir agora. Ao que respirando fundo, caminhou em passos largos até ele.
_ Está nervosa?
_Talvez um pouco! _ Ela se viu admitir.
_ E isso a deixa ainda mais encantadora. _ Ele riu, ficando de pé, para poder encara-lá. Deixando-a ainda mais trêmula.
_ Não se preocupe bonequinha, não farei nada que á deixe desconfortável. Logo se ver, que não é algo que costuma fazer... _ Novamente Francine se viu ficar ainda mais trêmula.
_ E isso muito me agrada. 
_ Novamente um sorriso se formou nos lábios dele. Beijando lentamente as pontas dos dedos dela. Se afastou. Caminhando até a jarra de vinho. Posta propositalmente sobre uma mesinha para eles.
_ Bebe vinho? _ Ele perguntou, erguendo-lhe uma taça. Ao que Francine assentiu. Não que isso fosse algo de seu feitio. Mas dada as circunstâncias, talvez fosse melhor deixar o vinho aquecer-lhe. Entregando-lhe a taça, esperou que ela a sorve-se. Então aproximou-se totalmente dela.  Deixando-a encurralada.
_Você tem um olhar hipnotizante bonequinha. _ Ele susurou ao pé do ouvido. Enquanto suas mãos vagueava sobre as curvas da moça. Que sentia a inevitável vontade de fugir. Mas não o fez. Permaneceu ali, enquanto ele a tocava de forma atrevida. De modo que ela se viu prender a respiração. Talvez por medo ou pelo próprio desejo que a situação lhe proporcionará. Principalmente quando aquelas ágeis mãos pousaram sobre o contorno dos seios. Ao que sentiu -se ainda mais trêmula. Se tinha bom senso, aquele era o momento para fugir. Mas não o fez. Permaneceu parada. Deixando que continua-se com aquele perigoso jogo. "Seria capaz de sentir prazer nos braços de outro homem?" Tal pensando vagueou sobre sua mente. Mas logo fora esquecido, ao sentir seu vestido cair lentamente sobre o chão. Trazendo-lhe um inevitável arrepio. A mistura do medo com o desejo a muito adormecido pareceu fazer que seu senso de pudor se perder-se em algum momento de sua jornada. Pois sentir a boca quente daquele homem a explorar tão intimamente, fez despertar em seu si  desejos inimagináveis.  E antes que se desse conta, o sentiu penetra-lá com vigor. A levando aos poucos ao ápice do prazer. Os olhos de deleite daquele homem, a fez acear por mais. A fez quase implorar para que ele volta-se a possui-la. E embora as palavras não houvesse saido, ele parecia compreender. Não exitando em penetra-la novamente. Com toda urgência que seus corpos partilhavam.

 Com toda urgência que seus corpos partilhavam

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Continua...
      

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