Memórias de um passado ( Completo)

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  Aquela noite havia sido sem dúvida a noite mais longa de sua vida. Levantar-se e saber que seu pai não estaria ali, era algo torturante. Mas real.

_ Ah! Que bom que está de pé querida. _ Bárbara parecia radiante, com um sorriso inacreditável nos lábios. Trazendo uma inevitável angústia para moça. Que com um breve suspirou, fitou sua madrasta.
_ Não consegui dormir. Eu...
_ Ora, não me venha com suas lamentações. Não estou aqui para isso. Agora ande, prepare-se para descer. Você tem visita.

_ Visitas? Para mim?
_ Foi o que eu disse, agora aprece -se.
_ De quem se trata?
_ Não seja impaciente. Logo saberá.
_ Eu não vou descer, seja lá quem for, diga que estou indisposta.
_ Com um sorriso irônico nos lábios, Bárbara a analisou friamente.
_ Francine querida! Não sou garoto de recados. Você irá vestir-se e recepcionar nossa visita, como uma boa moça.
_ Não percebe madrasta, não estou em condições de receber quem quer que seja. Perdoe, mas não irei.
_Segurando a moça pelo braço, Bárbara a encarou com desdém.
_ Não percebe que não estou a lhe pedir? Isto é uma ordem. Por tanto meu bem, surgiro que desça de bom grado, ou a farei descer a força.
_ Está me machucando! _ Francine disse entre os dentes. O que fez Bárbara estampar um sorriso. A apertando ainda mais.
_ Eu a espero em 15 minutos, não se atrase, pois não sou muito paciente. Ah, e antes que eu esqueça, a partir de amanhã, Martha é Gertrudes passaram a exercer outras funções. Olga ficará com a tarefa de ajuda-la.
_ Mas Martha e Gertrudes sempre fizeram isso. A senhora não pode...
_ Não só posso, Como já fiz. Não suporto essas criadas enxeridas transitando dentro desta casa. _ Olhou para as duas de cima a baixo. _ Por isso elas exercerão funções fora dela. E não quero ouvir reclamações a esse respeito. Estamos entendidas!?
_ Os irmãos de lady Francine jamais permitirão que a senhora faça isso...
_ Gertrudes atreveu-se a dizer.
_ Ora veja só, a criadinha de língua afiada. Escute aqui, eu sou a senhora desta casa. E tomo as decisões conforme me agradam. E se não está satisfeita, pode falar, terei o maior prazer em coloca-la para fora. O que me diz? Tem algo que a encomoda em minhas palavras serviçal?
_ Não senhora. _Gertrudes engoliu em seco. Ainda a encarando de forma desafiadora.
_ Ótimo! Fico feliz que estejamos entendidas. _ Dizendo isso, fechou a portas atrás de si, com um sorriso triunfante nos lábios.
Com os olhos envoltos em lágrimas as duas criadas Correram abraçar sua pobre ama, que passara a chorar compulsivamente.
_ Nós sentimos muito my lady!
_ Como tudo pôde ficar tão ruim de repente?
_ Ela disse entre soluços.
_ Acalmem-se senhorita, tudo irá se ajeitar.
_ Como posso acalmar- me Gertrudes? Meu pai não está mas aqui...
_ Suas palavras saíram embargadas por suas lágrimas.
_ E como se isso não fosse o suficiente, ainda tenho que aturar- lá com essa frieza e maldade que eu desconheço.
_ Ela sempre foi má senhorita. Mas antes, havia seu pai para controla-la. Hoje temo pela senhorita. Pois algo me diz que ela tem planos que não são nada bons.
_ Agora chega Gertrudes, não podemos continuar a tagarelar. Ou a megera irar se enfurecer.
_ Completou Martha, secando as lágrimas. E voltando a trança os longos cabelos vermelhos. Apressando-se, para que a moça pudesse enfim descer.

* * *

  Mesmo vestindo negro e com suas faces estampada a dor, Francine permanência Bela. Foi isso que Dom Leonardo constatou ao vê-la. O olhar de surpresa da moça ao vê-lo ali era visível.

_ O que faz aqui, Dom Leonardo?
_ Disse secamente.
_ Vim prestar minhas sinceras condolências, pela perda tão precoce de seu pai. Ele era um homem admirável.
_Sim, ele era! _ Ela lamentou com lágrimas ameaçando escorrer em seu rosto.
_ Mas creio que o senhor não veio aqui somente para me prestar condolências. Tendo em vista que minha madrasta me obrigou a vir ter com o senhor.
_ De fato my lady _ Começou um tanto desconcertado. _ Como sabes, desde que coloquei meus olhos na senhorita, tenho desejo em desposá-la...
_ Como o senhor tem a Audácia de vim falar sobre tal assunto, dada as circunstâncias? Meu pai faleceu a apenas um dia! _ Falou furiosa, com lágrimas caindo ao rosto. Vendo a cena Bárbara passou a gargalhar. Surpreendendo-a
_ Francine, Francine, Francine, esses lá são modos de tratar seu futuro marido?
_ O quê???
_ Ora, Por que acha que exigi que desse-se querida?
_ Acaso perdeu o juízo minha madrasta? Eu não irei me casar com este homem! Esqueceu que já tenho um noivo?
_ O tal Miguel? Ele não irá voltar meu bem, e mesmo que o faça, já estará devidamente casada. O que tornará o retorno dele inútil.
_Você não irá me obrigar a casar com quem não desejo.
_Voziferou em lágrimas.
_ Rindo Bárbara se pôs de pé.

_ Eu não estou pedindo, mais uma vez, estou te ordenando. E quanto antes você se acostumar, melhor iremos nos entender.
_ Você não tem poder sobre mim, quando Francisco chegar...
_ Francisco? Francisco não irá chegar a tempo de livrar-la disso. Não achou estranho ele não ter vindo para o enterro do seu próprio pai. Ele não veio porque nem ao menos o sabe. É sabe por que? Porque impedi que as mensagens de lhe fossem enviadas. Não quero ele aqui para interferir nos planos que tenho para você. Por isso dentro de quatro dias você estará devidamente casada com conde Leonardo.
_ Como você pôde??? Você não tinha esse direito. _ Ela gritou furiosa.
_ Calma meu bem, tudo está com saindo nos conformes.
_ Esse sempre foi seu desejo? Me ver casada com esse homem? Por que?
_ Isso importar? _Ela riu com desdém.
_ Como pude ser tão tola, eu poderia ter aberto os olhos de meu pai sobre o mulher que você é!
_ Mas não o fez, dando a mim essa vantagem que hoje tenho. Afinal, ele não está mas aqui para protegê-la. Ele não será mais uma pedra no meu sapato. _ Dizendo isso voltou a gargalhar. Ao que Francine a surpreendeu com um bofetão, fazendo-a levar as mãos as faces que estava a arder.
_ Como você ousa me tocar sua estúpida! Vou te ensinar uma coisa! BEENTO!!! _ Gritou, ao que o criado obedeceu prontamente.
_ Leve essa idiota para o quarto, e a ensine bons modos.
_ Não me toque! _ Disse afastando-se da iminente aproximação daquele homem. Que a cercou brutalmente deixando horrorizada.
_O quê pretende? _ Ela gritava para Bárbara, que nada respondeu, apenas a fitou com total indiferença.
_ Dom Leonardo, Como pode concordar com tudo isso? _ Gritou quase em súplicas. Ao ser arrastada.
_ Lady Francine, eu lamento, mas nunca meço as consequências para conseguir o que desejo. E quanto antes perceber isso, melhor será para a senhorita. Pois muito em breve será minha esposa. E prezo nas mulheres total obediência.

Continua....