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Vendo Martha e Gertrudes eufóricas, foi inevitável não rir.

_Que notícia maravilhosa my lady!
_ Falava Gertrudes sem conter a empolgação.

_ Então é verdade senhorita? Seu pai permitiu que tivesse um marido a sua escolha? _ Ria a outra.

_ Sim. 
_ Ela respondeu com satisfação.

_ Isso é muito bom my lady, pois a senhorita não correrá o risco de casar-se com um daqueles condes, velhos e rabugentos.
_ Diante das palavras de Gertrudes, Francine passou a gargalhar.

_ Bernardo, pode parar a carruagem aqui.

_ Aqui my lady??? _ Alarmou-se Martha. _ Perdoe-me, mas achei que iriamos a modista!?

_ Não exatamente! _ Falou com um largo sorriso, estendendo suas mãos para que Bernardo a ajuda-se a descer.

_ Não me diga que iremos a cachoeira novamente?

_ Ora Martha, não se preocupe, estaremos em casa antes do chá da tarde.

_ Mas e seu pai my lady?

_ Ora Martha, bem sabes que papai não tem tempo para se preocupar com essas tolices.

_Mas...

_ Nada de mais Martha, você não deveria se preucupar tanto. Papai está bastante ocupado. Não dará por nossa falta.

_ Assim espero! _ Suspirou ela, dando-se por vencida. E seguindo as duas, que caminhavam a passos largos, em busca da trilha que dava a cachoeira. Deixando assim a carruagem aos cuidados de Bernardo, cocheiro da família.

_Vai banhar-se my lady?
_ Perguntou Gertrudes, enquanto despia-se para entrar no rio.

_ É para isso que vim, a água parece excelente!

_ Lady Francine! Já pensou se alguém aparece!? Não ficaria bem para a senhorita.

_ Ora Martha, já disse, você se preocupa demais. Venha! Junte-se a nós.

_ Se eu não me preocupar, quem coloca juízo nessas duas cabecinhas?

_Quem precisa de juízo quando se tem isso!!! _ Gargalhou Gertrudes ao jogar água em Martha que não pode se esquivar, e logo caiu na brincadeira.

   Observando as duas criadas rindo como duas crianças, enquanto jogavam água uma na outra, Francine por fim mergulhou

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   Observando as duas criadas rindo como duas crianças, enquanto jogavam água uma na outra, Francine por fim mergulhou. A água bastante fria a fez se arrepiar. Só que nem de longe isso lhe foi um encomodo. Pelo contrário, ali sentiu paz e tranquilidade o qual só aquele lugar era capaz de lhe trazer.

Depois de alguns minutos desfrutando daquela cachoeira, Francine finalmente saiu. pois desejava pintar. "Sim" era o lugar perfeito para se ter inspiração.
Em seu enorme arsenal de quadros, tinha como figuras principais, suas duas criadas. Que era suas modelos exclusivas. E naquela tarde em especial, desejava desenha-las ali, na água mesmo. Pois em sua mente se via a imagem perfeita.

_ Espero que não se importem que eu as pinte novamente!?

_ Sinta-se a vontade my lady, bem sabes que amamos ser retratadas em seus quadros. _ As duas pareciam de fato intusiasmadas.

  Com o sorriso maroto nos lábios, Francine passou a retirar de sua cesta algumas tintas e pincéis

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  Com o sorriso maroto nos lábios, Francine passou a retirar de sua cesta algumas tintas e pincéis. E mergulhou em seu santuário de paz. Esquecendo-se mais uma vez de tudo que estava a sua volta. Deixando passar despercebido alguns galopes de cavalo que se aproximava.
Martha é Gertrudes também estavam distraídas para se dar conta de tal detalhe. Até o momento que Francine ouviu aquela voz.

_ Lady Francine???

  Até então o cavalheiro não havia percebido a presença das duas criadas, que correram em disparada em busca de suas roupas.
Surpresa e assustada Francine tropeçou em sua cesta. O que se não fosse as ágeis mãos do Cavalheiro, para trazer-la junto a sí, na certa teria caído. Aquela inevitável aproximação fez o seu coração bater descompassado. Era a primeira vez que um homem a tocava daquela maneira. E embora quisesse, Parecia impossivel afastar-se daqueles lindos olhos azuis que a fitava tão intensamente.

_ Perdoe-me my Lady, não foi minha intenção assusta-la!

_ Não me assustei! _ Disse com segurança.

_ Acaso o conheço? Não me recordo de termos sido apresentados. O que me faz questionar: Como sabes meu nome?

_ Mais uma vez queira perdoar me. Sou Miguel, Conde de Castle.

_ Pensei que o conde de Castle possui-se mais idade.

_ De fato sim, mas com sua morte recente, herdei o título. Embora este não fosse um dos meus desejos. E respondendo a pergunta da senhorita, sei seu nome, porque estive na festa, realizada na sua casa na noite anterior. Mas, infelizmente não tive a oportunidade de me apresentar a senhorita.

Enquanto falava, Miguel pousou os olhos sobre a pintura inacabada. E um largo sorriso pousou sobre seus lábios. O que fez a moça Corar instantaneamente, precipitando- se em pegar o desenho. E assim Afastar-se dos braços que ainda a cercava.

_ Vejo que além de dedos graciosos para música, a senhorita ainda possui uma majestoso talento para arte. A algo mais que a senhorita tem para me surpreender? Além de sua beleza incontestável!? _ Novamente Francine sentiu suas bochechas corarem.

_ Lady Francine! Perdoe-nos por nos demorar! _ Falou Marta e Gertrudes afobadas.

_ Dom Miguel, essas são: Gertrudes e Martha, minhas criadas e amigas.

_ Sorridente Miguel as comprimentou como se fossem damas da alta sociedade. Arrancando risadinhas das duas jovens. Que pareciam não cansar de admira-lo.

_ Se não se importa Dom Miguel, temos que ir agora.

_ Permita -me que eu as acompanhe...

_ Agradecemos sua gentileza meu senhor, mas não será necessário. Nossa carruagem está bem ali, com Bernardo, nosso cocheiro. Que já deve estar preocupado com a nossa ausência.

_ Perdoe meu atrevimento my lady, mas gostaria de tornar a vê-la!

_ Talvez não seja lícito meu senhor. mas... eu ficaria encantada. _ Disse esboçando um encantador sorriso. Ao que logo Miguel correspondeu. Observando enquanto ela se afastava.

_ Se me permite dizer meu senhor, Estaremos aqui amanhã, esse mesmo horário. _ Cochichou Gertrudes com ar de inocência. Enquanto passava por ele. Sem que Martha e Francine percebe-sem.

                                * * *

Continua...

Memórias de um passado ( Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora