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    Em companhia de Miguel, Francine mostrava toda orgulhosa, o maravilhoso canteiro de gérberas que cultivava. Herança deixada por sua mãe.

 _ Sua mãe parecia ser uma mulher fascinante! _ Falou Miguel olhando distraidamente as perfumadas flores.
 _ E era... _suspirou com brilho nos olhos. _ Ela era gentil, uma mãe  sempre presente. Meu pai a amava muito. E nós também. Quando ela se foi... bem... foi muito difícil. Principalmente para ele. Eu tinha apenas 7 anos, mas lembro-me que, saber que ela não voltaria foi uma dor sufocante.

 Eu tinha apenas 7 anos, mas lembro-me que, saber que ela não voltaria foi uma dor sufocante

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_ Sinto muito... _ Disse amparando-a em suas mãos. Com gesto tão doce que Francine sentiu como se estivesse  a flutuar.
 _ Gérberas era as flores favoritas dela. Por essa razão resolvi cultivá-las, para ter sempre um pedacinho dela comigo. _ Enquanto ela falava, Miguel  afastou-se um pouco para poder fita- lá, deixando a desconcertada.
_ Perdoe-me Miguel, não foi minha intenção enche-lo com tantas bobagens. _ Sorrindo ele
aproximou -se  devagar.
_ Lady Francine, suas palavras jamais seria um incômodo para mim. Pois amo ouvi-la, na verdade seu silêncio sim, seria sufocante para mim. Apenas a fitei dessa maneira, porque me chamou atenção a forma com que fala de sua mãe. _ Um pouco sem jeito ela voltou a sorrir.
_ Bem, o senhor já sabe muito sobre mim. Não acha que seria justo que me falasse um pouco sobre o senhor? Sobre sua família! _ Continuou, tentando disfarçar um pouco de seu embaraço. Mas para sua surpresa o sorriso que antes reinava sobre os lábios dele desapareceu. Tornando seu semblante um pouco turvo. Ao que Francine arrependeu de ter falado.
_ Meu senhor, não foi minha intenção... _ Antes que terminasse, foi surpreendida por um toque suave em seus lábios.
_ Não se desculpe, embora este não seja assunto mais prazeroso para mim, vamos nos casar. E como a senhorita disse, é justo que também saiba sobre mim.
_ Ouvido aquilo, Francine sentiu -se aliviada. Ao mesmo tempo que um nó se formava em sua garganta. O que poderia ter conturbado o passado de seu amado?
_  Se é algo que o deixa desconfortável, não precisa...
_ Eu a amo lady Francine, e Independente de minha dor, desejo compartilhar com você tudo sobre mim. Confesso que não é algo que me traz boas lembranças... mas ainda sim, direi a você. Bem... _ Ele começou pausadamente.  _ Minha mãe não tive o prazer de conhecer. Infelizmente ela se foi ao me trazer a este mundo. E meu pai... _Suspirou ele resignado.
_ O inatingível Conde de Castle, ele simplesmente me mandou a um  internado. Sem nunca se dar o trabalho de saber, se eu estava vivo ou morto. _ Disse com rancor nas palavras.
_ Eu imagino o quanto foi doloroso, crescer sem amor de um pai. Mas talvez o seu pai tenha feito isso por não saber lidar com a dor. _Com os olhos enevoados de mágoa, Miguel sorriu, de forma que  Francine engoliu em seco suas palavras.
_ Ele nunca precisou lidar com dor alguma. Tendo em vista que jamais alimentou qualquer sentimento pela minha mãe. Ele jamais a amou. Nem tão pouco a mim. Minha mãe foi para ele apenas uma aventura passageira. Foi apenas, mas uma jovem dama a ceder aos Caprichos do nobre conde. Depois de seduzir lá, ele simplesmente a abandonou. Mas o que ele não esperava, era que diferente das outras, ela estava a carregar um filho. E por causa desse filho, ele foi obrigado a desposá-la. E esse foi seu martírio. Martírio que ele fazia questão de descarregar em minha mãe todos os dias. Não sendo capaz de assumir que o erro era dele. Fez os últimos dias dela serem os mas amargos que se pudesse imaginar. Punido-a pelos pecados dele. E o pior, nunca se arrependeu disso. Pelo contrário, fez questão de jogar cada palavra em minha cara antes de morrer.
_ Que homem horrível! _ Lamentou Francine quase que num murmúrio.  Com um suspiro ele prosseguiu sem fita-la.
_ Ele casou-se novamente, mas sua escolhida nunca lhe gerou filhos. Para tristeza do digníssimo Conde. Sem outros herdeiros, ele se viu Obrigado a deixar suas Posses para mim. E também seu precioso título. O qual nunca foi o meu desejo possuir.
_ E por que não renunciou, se isso lhe era um fardo? _ Voltando a fita-lá com certa amargura, ele prosseguiu.
_ Não fiz, porque minha vó, mãe do Conde, implorou que eu não o fizesse.  Para que o nome da família não viesse a morrer com ele. Como ela foi a única família que conheci, tive que respeitar sua vontade.
_ Agora você tem a mim, e eu o amo dom Miguel. _Disse com ternura colocando suas mãos sobre as dele. O surpreendendo.
 _ Não sabe como é bom ouvir essa palavra sair de sua boca my lady.
_ Em uma fração de segundo seus olhos foram de encontro aos dela.
_ Eu também a amo minha doce Lady.
_ Seus lábios foram de encontro aos dela, selando aquele momento. Que para Francine parecia surreal.

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Continua...

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