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  Um sussurro no meio da noite à fez despertar. Abrindo seus olhos, viu Miguel ao seu lado a sorrir. Tal visão trouxe lhe paz ao seu coração. E a ela se apegou, certa de que não mas a soltaria. Mas até em seu devaneio pode ouvir aquela voz perturbadora. Que sem causa lhe arrancará a felicidade.

_Vocês acharam mesmo que poderiam me fazer de bobo? _ Seu desespero tornou-se em um choro compulsivo. Nesse instante viu Miguel cair junto a si. E novamente sentiu como se destroça - sem o seu coração. E começou a gritar. Gritar por Miguel que não estava mais ali. Foi então que se deu conta de seu terrível pesadelo. Pesadelo que fazia parte de sua triste realidade. Seu Miguel nunca mas voltaria. Seu sorriso, seu olhar, seu carinho, sua voz... tudo tinha sido apagado de sua vida. Restando apenas lembranças e sua sufocante dor. Dor por seu pai, dor por Miguel. Dor por tudo o que lhe fora arrancado.
Em meio às suas lágrimas, sentiu fortes mãos a acolhe-la em um abraço cheio de emoção. E em seu choro se deixou ser abraçada. E ali ficou, pensando assim, colocar toda a dor que à assolava para fora. Chorou tudo o que foi capaz. Até ser totalmente vencida pelo cançaso é adormecer. E ali aquele homem de doce olhar, ficou a zelar seu sono, compartilhando sua dor.

 E ali aquele homem de doce olhar, ficou a zelar seu sono, compartilhando sua dor

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                            * * *

Os raios do sol, misturava-se as pequenas gotas de água que caiam no chão. Tornando a visão daquela caverna, em algo admirável. O canto majestoso dos pássaros tornava o lugar encantador, era o lugar que se podia chamar de paraíso. Mas não para Francine. Para ela, ali era o túmulo de sua felicidade. O lugar que sepultara seus sonhos.
Suspirando, esforçou-se para ficar de pé. Caminhando até a entrada da caverna. De onde sentiu um delicioso aroma de comida. Vindo de uma pequena panela, em cima de uma fogueira improvisada. No canto dela estava aquele homem, que Francine julgava ser seu anjo da guarda. E que até então não sabia de onde vinha, de como a encontrará. Mas que era grata por sua bondade e compaixão. Que sem causa lhe ofertará.

_ Fico feliz que esteja de pé. Venha... sirva-se. _ Ele falou por fim, quebrando o silêncio. Mas Apesar do cheiro convidativo, o apetite lhe faltava. Por isso encolheu. Percebendo, ele mesmo fez questão de servi-la.
_ Precisa se alimentar senhorita. Sou Kali, mais todos me chamam de José. Que é meu nome de batismo.
_ Francine o olhou incerta do que disser. A verdade é que gostaria de ficar em total silêncio. Mas não queria mostra-se ingrata.
_Sou Francine... ou pelo menos eu era. _ Disse com tristeza. Enquanto Kali a observava sem qualquer expressão em seu olhar. Mas ainda sim, a analisando.
_ Posso ver em seus olhos senhorita a dor que estar passando. Sei que não posso arranca-la daí. Mas se desejar conversar talvez...
_ Não... _ Ela o interrompeu com os olhos cheios de lágrimas. Ao que Kali suspirou ficando de pé.
_Quando estiver pronta, estarei aqui para ouvi-la. _Disse docemente.
_ Eu terei que me ausentar por algumas horas. Você consegue ficar sozinha? _ Francine não respondeu, apenas concordou com um aceno de cabeça.
_Voltarei o mas breve possível. _ Disse como se Tenta -se tranquiliza-la. Embora para ela não tive-se diferença. Pois se perguntava se não era melhor ter morrido ao lado de Miguel. Pois sentia uma dor esmagadora em seu coração. Que estava certa de quê ninguém era capaz de arrancar.
_Kali... _Ele à ouviu disser quase que em um sussurro.
_Obrigada por tudo que tem feito por mim. _ Estava grata de fato. Mesmo que não senti-se sentido em viver. Surpreso Kali sorriu. Enquanto que ela permaneceu sem qualquer expressão, além das fundas olheiras. Que deixaram seu rosto ainda abatido.

_ Não me demoro

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_ Não me demoro. _ Ele Disse por fim, desaparecendo entre as árvores. Enquanto ela continuou ali, olhando para o nada.

Continua...

Memórias de um passado ( Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora