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  A conversa entre Bárbara e Leonardo parecia algo fluente. O que só de ouvir Francine sentia náuseas. Quieta em seu canto, ela tentava se manter indiferente a tudo aquilo. Contando os minutos para que seu martírio tivesse fim. É ela pode-se enfim joga-se em sua cama e lamentar sua infeliz sorte.

 _ Se assim deseja meu lorde, terei um imenso prazer em deixar os dois pombinhos a sós.
_ Ouvindo aquilo, Francine sentiu-se trêmula. É ainda mais inauseada. Pensar em ficar a sós com aquele homem, fazia seu sangue gelar. Se bem que lhe faltava pouco para estar unida a ele. É seria inevitável sentir seus toques. É isto a deixava totalmente amedrontada.
Quando Bárbara se afastou, ele aproximou -se tomando as mãos dela nas suas. Ao que ela tentou inutilmente esquivar-se.

_ Esteve a chorar? _ Ele fingiu se importa.
_ Isso importa? _ Ela o olhou com desprezo.
 _ Esta  chateada comigo? Entenda... não é de minha vontade que esteja a sofrer.
_ Acha que algumas palavras meigas me fará esquecer tudo que tenho passado? O senhor é igual a ela. Não se importa com a dor que causa nas  pessoas. Parecem até sentir prazer a respeito disso. Então poupe-me de suas falsas palavras. Não venha fingir que se importa com meu sofrimento.
_ Você não é diferente lady Francine. Ou esqueceu-se do que me fez!? Acaso pensou em algum momento no sofrimento que me causou, aceitando o pedido de casamento de outro é não o meu. Amando aquele bastardo e não a mim!
_ Não fale assim de Miguel, pois o senhor não é nem a sombra dele!   
_ Gritou furiosa. 
_ E ainda tem a audácia de defende-lo, depois dele tê-la abandonado! 
_ Francine não o encarou. Pois seus olhos se tornaram turvos, diante da iminente verdade.
_ Talvez o tenha feito porque já a conheceu como mulher! _Disse secamente.
_ Como se atreve a disser tal coisa?   
_ Seus olhos estava a faísca de raiva.
_ Não venha dá uma de puritana. Sei muito bem de seus passeios noturnos ao lado de amante.
_ O que disse? _ Ela se sentiu empalidece.
 _ Ora Lady Francine, sou um homem muito bem informado. Por tanto não me tome por tolo. Sei bem que seu jovem amante fugiu para não honrar com seu compromisso. E como poderia? A senhorita agiu como uma desavergonhada. Por sorte ele não deixou-lhe nenhum fruto dessa pouca vergonha.
_ Furiosa tentou acerta-lhe um tapa. Mas ele agilmente a deteve. Segurando seus pulsos com força.
_Ora, ora, ora Lady Francine! Quem vê um rostinho tão angelical não sabe a fera que se esconde. Mas se Dom Miguel conseguiu amansa-la. Também a domarei.
_ Dizendo a agarou. Colando seus lábios sobre a pele branca, de forma selvagem. Ao que ela tentou inutilmente devencilhar-se. Mas ele parecia tomar-lhe a força. E quanto mais se debatia, mais ele parecia sentir prazer. Alcançando os lábios dela, em um beijo doloroso. Lágrimas começaram a escorre. O Embriagado ainda mais de desejo, um desejo assustador. Trazendo para fora, medos que Francine desconhecia. Em seu desespero gravou-lhe os dentes sobre os lábios dele, que ainda cobria os seus. Fazendo ele a soltar em um urro de dor. No qual com toda força de seu braço a esbofeteou. Fazendo -a cair. Com os lábios a sangrar.
_ Sua despudorada. Não pense que vai livra-se de mim. Quando nos casarmos. A farei pagar por sua insolência. _Voziferou, levando a mão aos próprios lábio. Seu olhar gélido a fez encolher-se. Aquele homem parecia agora um mostro ainda maior do que tinha imaginado. Sem falar mais nada, ele saiu como um raio.  Deixando a no chão a chorar. Com uma dor sufocante. Não um dor carnal. Uma dor de alma. Lembrando de cada palavra de suas criadas a respeito dele. Que agora havia mostrado sua verdadeira face.

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    Ao ver sua senhora no chão, chorando, Gertrudes correu até ela.

_ A senhorita está bem my lady?  _Francine não respondeu, pois os soluços a impedia. Erguendo-se um pouco abraçou sua velha amiga.
_ Acalme-se my lady. Tudo ficará bem.
_ Só ficará bem Gertrudes, quando eu fugi para bem longe daqui.
_ My lady?
_ Preciso que me ajude Gertrudes.
_ No que a senhorita pedir.
_ Peça a Mama Dolores que prepare um de seus chás para dormi. É o sirva a lady Bárbara, e seu cão fiel.
_ A senhorita irá mesmo fugir?
_ Sim, Gertrudes. Jamais me submeterei aos caprichos de minha madrasta. Nem muito menos a aquele homem. Papai não está mas aqui. Nada há nada que de prenda a este lugar.
_ Está certo senhorita, farei o que me pede. Se conseguirmos fazê-la dormi. Darei um sinal para que possa partir.
Mas se vai fazê-lo, não faça a cavalo. Pois sabes que a víbora tem outros criados que lhe são fiéis. Uma fuga a cavalo chamaria a atenção deles.

_ O que faz aí?  _Voziferou  Bárbara. Ao ve-la.
_Eu só estava...
_ Saia sua criada imunda! _Gritou.
_ Sim senhora. _ Retrucou Gertrudes a contragosto.
_ Você não tem direito de falar assim com ela!
_Tinha me esquecido da boa Samaritana! _ Aproximando-se, Bárbara segurou com força o queixo dela.  _ Parece que você esquece rápido das minhas lições não é querida? _ Soltando a subitamente Bárbara riu alto.  _ Parece que seu futuro marido já começou a disciplina- la. O conde não é alguém que dorme em serviço. Agora ande! Vá limpar sua boca, está suja de sangue.
_ O prazer que ela esborçava em suas palavras só dera a Francine mais certeza de que sua madrasta beirava a loucura.

Continua

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Continua...

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