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Capítulo 6

     Cada noite nos braços dele era diferente. Era intenso, arrebatador. Era algo além de seus sonhos mais loucos. Mas, por mais que ela desejar-se, que aqueles momentos nunca tivesse fim, o dia de Henrique partir havia chegado. E mesmo que doe-se, teria que ve-lo ir, da mesma forma que chegou. E embora fosse seu desejo, não poderia pedir para que fica-se. Então! Como Vilminha havia dito; ela o faria. Aproveitaria as últimas horas que lhe restava ao lado dele.
      Vestida em seu robe transparente ela o aguardava ansiosamente com suas sedosas madeixas ruivas a cascatear sobre seus ombros. Desejando que aqueles longos momentos de espera tivesse fim. Quando a porta finalmente abriu, sentiu seu coração acelerar. Seu desejo era correr até ele, e abraça-lo. Mas Permaneceu imóvel, carregando nos lábios um sorriso convidativo.

     Em passos largos Henrique caminhou até ela, sem nada disser

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     Em passos largos Henrique caminhou até ela, sem nada disser. Percorrendo com o olhar, cada curva daquele corpo delicado. Como se desejar-se gravar cada detalhe em sua memória. Com um súbito mover das suas mãos, fez com que, aquele robe fosse ao chão. O sorriso que lhe estampava o rosto, falava mais do que qualquer palavra que vinhe-se a disser. Suas mãos acariciavam vagarosamente as curvas da bela mulher em sua frente. Seus lábios logo repousaram sobre os dela. Em um beijo calmo e ao mesmo tempo ardente. E ali, ambos novamente se entregaram a aquele desejo que os consumia por inteiro.

                                * * *

 

     Sentado sobre a cama, Henrique observava com deleite enquanto Francine dormia, em seu sono angelical. Enquanto a observava, perguntava a si mesmo o " Porquê " desse aperto em seu coração. Por que ela não era como as outras? Será que estava apaixonado? Isso explicaria, o "porquê " de todas essas sensações que o invadia. Se este era o caso, ele era um grande tolo insensato. Pois mulheres como ela, não era mulheres a quem se devesse atribuir sentimentos. Respirando fundo, ficou de pé. "De fato sou um tolo!" Ele disse a si mesmo. Voltando a fita-la.

_ Perdoe-me, Eu não pretendia acorda-la

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_ Perdoe-me, Eu não pretendia acorda-la.
_Isso significa, que pretendia partir sem nem disser adeus? _Suas palavras soaram em um tom de reprovação. Fazendo com que ele sorri-se.
_Eu não sou muito bom com despedidas. _Ele admitiu, dando de ombros. Em seguida estendeu um papel para ela.
_Isso é para você... _Surpresa Francine sentou-se sobre a cama, pegando o papel que ele lhe estendia. Aquele movimento inocente, fez todo o corpo dele agitar-se. Pois ela estava totalmente nua em sua frente. Lutando contra si mesmo, desviou os seus olhos daquele corpo tentador.
_O que é? _Ela perguntou o encarando.
_Leia... _Ele disse com um largo sorriso.
_Parece uma escritura.
_ Não parece, é uma escritura. Esta propriedade é um presente para você. Eu a comprei ontem a tarde. Pensei, que talvez... você fosse gostar de um lugar cheio de magníficos cavalos. Você tinha me falado que adorava cavalgar. E quando vi, tive certeza que era o presente ideal para você. E também... não sei... talvez... você pudesse deixar isso aqui é mudar -se para lá.
_Perdoe-me meu senhor, mas não estou a entender.
_Você poderia esperar-me. Esquecer isso tudo, ser somente minha. _Tais palavras a fizeram arepiar-se.
_Foi por isso que a comprou? _Ele engoliu em seco.
_Não... _ Ele disse por fim, dando de ombros.
_ Como eu já havia dito, assim que pus meus olhos nela, a imaginei como dona. Mas confesso que gostaria que deixa-se este lugar... _ Ficando de pé ela o abraçou, como se sua vida depende-se daquele daquilo. 
_Eu adoraria... Mas... não, Eu não posso.
_Não pode? Por que?
_É complicado!
_Não há nada complicado! Ou você quer, ou não quer. Simples assim!_Não se trata de querer ou não.
_Se trata de quê então? O que estou a te oferecer, homem nenhum seria capaz de oferecer a uma...  _Ele exitou. Parecia surpreso com suas própria palavras.
_Uma o quê? _ Ela afastou-se de súbito, o fitando com fúria.
_ Uma mulher como eu? Uma cortesã? Foi isso que quiz disser? Eu não preciso que o senhor, nem homem algum me ofereça nada. Se estou vivendo assim, foi porquê eu escolhi. E estou muito bem assim!
_ Eu não entendo, porque alguem como você escolheria uma vida como essa. Por ambição?
_Ambição??? _Ela riu com desdém.
_Se é por causa de ouro, joias eu posso...
_ É melhor que o senhor vá. Não tem mas nada para fazer aqui.
_Perdoe-me, eu não quis ofende-la. Apenas entende-la. Entender o porquê de está a dispersar a escolha que a vida estar a lhe dar.
_A vida não me deu escolha quando arrancou tudo de mim. Quando tirou tudo que mais amei. Então não quero segunda chance. Não antes que eu cobre cada lágrima que tenho derramado... _Henrique a fitou incerto de suas palavras. Mas ainda sim, a abraçou.
_ Perdoe-me bonequinha. Eu me precipitei. Não quis magoa-la, o presente é seu. Faça o que melhor lhe convém. Dentro de um ano estarei retornando. E confesso que ficaria muito feliz se tivesse reconsiderado. _
_Não conte com isso. _Ela retrucou afastando-se. A olhando por um breve momento, ele sorriu e logo partiu.

Continua...

Memórias de um passado ( Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora