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Capítulo 10

    Fechado a porta após si, Martha sentia suas mãos suadas, com o silêncio do ambiente era possível ouvir as batidas de seu coração. Que mostrava-se acelerado.

_ Hummm, parece que alguém está apaixonada! _ O silêncio foi cortado pelas risadinhas de Gertrudes, que olhava para a amiga com o olhar travesso.
_ Que tolice Gertrudes ! _ Protestou, escondendo no meio das Gérberas, sua preciosa rosa.
_ Tolice, né? Então me diga, o que tem aí?
_ Ora essa Gertrudes, não é nada que te desrespeite, não seja enxerida!
_ Vendo a reação de Martha, Gertrudes continuou triunfante.
_ Se não é nada, por quê não mostra?
_ Ao que vejo as duas estão animadas essa manhã. _ Francine as interrompeu.
_ Minha senhora? _ Martha suspirou resignada.
_ Graças a enxerida da Gertrudes, não pude colocar suas Gérberas...
_ Não tem problema Martha! _ Riu meigamente.
_ A senhora vai sair?
_ Não seja indiscreta Gertrudes!
_ Martha a repreendeu.
_ Vou sim Gertrudes. Diga ao senhor meu marido que não me demoro.
_ Sim, senhora.

   Dando as costas para as duas, caminhou em passos largos. Chegando ao cavalo, preparado para ela.

                             * * *

  Fitando a água cristalina a sua frente, Francine deixou que seus pensamentos aflora -se. Tantas coisas lhe viam a cabeça. A morte repentina de Leonardo, o sumiço de Miguel... todos esses pensamentos lhe atormentava. Não queria se sentir culpada pela morte de Leonardo. E talvez não fosse, mas ainda sim, a culpa lhe afligia. Pois por causa daquele papel, ele viera a infartar. E Miguel? Onde estaria? Será que fugirá? Ou algo de mal lhe tinha acontecido? Afinal ele não voltará a procura-la como prometera.

 E Miguel? Onde estaria? Será que fugirá? Ou algo de mal lhe tinha acontecido? Afinal ele não voltará a procura-la como prometera

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   E se realmente algo de mal lhe tivesse acontecido. Tal pensamento a fez estremecer. Com um suspiro longo, livrou-se de suas roupas e mergulhou. Como se busca-se paz.

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  Paz, que só aquele lugar era capaz de lhe proporcionar. Mas naquele dia parecia que nem isso era suficiente. Pois sentia seu coração apertar. Precisava sair em busca de Miguel. Precisava acha-lo. Nem que fosse para mais uma decepção. Tal idéia a preencheu,  fazendo- a emergir. Nesse instante sentiu fortes mãos a cerca-la assustando- a. Mas quando seus olhos foram de encontro aos de Miguel seus medos desapareceram.

_ Minha lady incorrigível, temi não voltar a tê-la em meus braços.
_ Afastando as mechas de cabelo molhado do rosto dela, ele a abraçou com força. E ela se permitiu ser abraçada. Como se ali fosse sempre seu lugar. Tal sentimento a fez esquecer que estavam completamente nua. Erguendo seu rosto, Miguel a beijou. Em um beijo ardente, cheio de desejo. Um desejo que esteve a muito tempo reprimido. E que parecia ressurgir com toda intensidade a cada movimento de suas mãos. Que a afagava cada vez mais para junto de si. Enquanto sua língua parecia brincar sobre aqueles lábios levemente adocicado. Que sempre o inebriava.

_ Vamos fugir meu amor, fugir de toda essa loucura! _ Susurou em seu ouvido, voltando a colar seus lábios sobre os dela

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_ Vamos fugir meu amor, fugir de toda essa loucura! _ Susurou em seu ouvido, voltando a colar seus lábios sobre os dela. Que parecia súplicar por mais. Extasiada em sua própria volúpia. Mas, diante daquelas palavras ela voltou a ter um choque de realidade.
_ Eu não posso, sabe disso. _ Susurou, antes que ele a beija-se novamente,  permitindo que suas mãos vaguea-se pelo contorno dos seios que estavam rígidos. Naquele momento sua mente parecia querer perder novamente a lógica. E lutando, com o último resquício de consciência que lhe restava, afastou-se relutante. Pois o queria, queria tanto que chegava a doer. Mas não podia se deixar levar.
_ Eu não posso... _ Repetiu, tentando chegar a margem. Vendo-a se afastar, Miguel a puxou pela mão. Tentando faze-la voltar a seus braços. Com um olhar quase de súplica.
_ Seja minha! _ As palavras saíram tão repentina que um arrepio se seguio por toda sua espinha.
_ Por favor Miguel, não me tente dessa maneira. Bem sabes que possuo marido.
_ Mas você é minha esposa, não dele.
_ O nosso casamento foi anulado Miguel. Diante de todos sou a duquesa,  e devo honrar o meu marido. Ele é um homem bom. Não merece tal vergonha. _ A contra gosto ele terminou por deixar que ela se afastar-se. Enquanto observava cada movimento daquele corpo que tanto desejava.

_ Francine... eu preciso de você!
_ E por que não veio ter comigo como prometera? _ Vendo também sair da água totalmente nú, enrubeceu.
_ Não sabes o que passei esses últimos dias. Confesso meu amor, que a única coisa que me manteve novamente vivo, foi o desejo de ve-la novamente. Bárbara me manteve como prisioneiro. Quando te vi pela última vez. Voltei para casa de Bárbara afim de pegar minhas coisas. Mas creio que de alguma forma ela suspeitava de minhas intenções. Por isso armou-me uma armadilha. E me deu algum tipo de remédio. É todo esse tempo me manteve dopado. Sem forças nem se quer de ficar de pé. Se estou aqui hoje, foi graças a Olga, meu amigo Eduardo, e também minha vó. Que chegou a tempo de me ajudar em uma fulga. Sabe se lá o que aquela louca teria feito comigo se ainda estivesse em suas mãos. E por essa razão que quero que fuja comigo. Vamos para longe, onde possamos enfim ter paz.
_ Eu não irei fugir dessa vez Miguel. Ela tem que pagar por todo mal que nos fez. _ Miguel conhecia aquele olhar. E sabia que não a convenceria. Então, com um longo suspiro, venceu a distância que os separava. Voltando a beija-la com ardor.
_ Eu me lembro Francine, agora lembro me de tudo. Dês do momento que a vi pela primeira vez.
_ Continuou beijando-lhe a ponta dos dedos. _ Lembro de seus dedos graciosos dedilhando aquelas teclas de marfim. Lembro - me da primeira vez que foi minha...
_ Voltando a cerca-la, Francine pode sentir a Pressão do membro rígido de Miguel sobre sua feminilidade. Quis afastar -se. Mas sentido aquela boca quente sobre seu seios o fez desejar com igual ardor.
_ Pare Miguel, por favor pare! _ A voz rouca não era convincente nem mesmo para ela. Que desejava com loucura que ele a possui-se.
_ É isso mesmo que deseja?
_ Não...
_ Não? _ Ele riu, voltando a colar seus lábios aos dela. Enquanto suas mãos explorava o centro de sua feminilidade. Fazendo- a arquear o corpo em um pedido silencioso. Que ele parecia entender bem. Afastando suas mãos Miguel preparou-se para penetra-lá. Mas deteve-se ao ouvir um forte ruido. Vindo de algumas árvores. Que fez  com que ambos se afastar-se assustados.

_ É melhor eu ir _ Ela anunciou, sentido seu coração acelerar.
_ Mas...
_ Por favor Miguel... _ Ela o beijou de leve. Mas logo afastou-se. Precisava ir, antes que volta -se a se render a aquela deliciosa tentação.

Continua...

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