Miguel parecia um sonho o qual nem a própria Francine acreditava ter. O amor que ele lhe atribuía, parecia capaz de superar tudo! Mas... em uma terrível cartada do destino, Francine ver tudo que ela mais ama lhe ser arrancado. E em um jogo de idas...
Anciosa, Francine caminhava de um lado para outro. Seu coração palpitava. Suas mãos geladas pareciam suarem. Os minutos aquela noite pareciam infindáveis. Foi então que de sobressalto ouviu algumas pedradas sobre sua janela. Dando -se Conta que era o sinal que Gertrudes lhe falará. Colocou sobre as anáguas algumas moedas e joias. Apressou-se em descer a janela. A escuridão tomava conta de tudo. Fazendo seu sangue gelar ainda mais. Mas não havia como desistir. Pois pior do que enfrentar aquela escuridão, seria casar -se com aquele homem sem coração. Apegada a isso prosseguiu com sua arriscada fuga. Enquanto descia a janela, pensou por um instante em ir até o estábulo pegar seu cavalo. Mas deteve-se ao lembrar das recomendações de Gertrudes. Respirando fundo sentiu o chão sobre seus pés. Mas antes que desce inicio em sua jornada, fortes mãos a cercara. Fazendo o desespero tomar conta do seu ser, várias coisas tomaram conta de seus pensamentos. Mas nenhuma era agradável. Quiz gritar, mas a pessoa atrás de si a impediu. A arrastando um pouco para longe. Tornando ainda maior seu desespero. Seu raciocínio parecia falhar. Nunca em sua vida sentirá tanto medo. De certo alguns dos criados a tinha visto. Ou pior poderia ser qualquer homem vil em busca de uma presa. Pelo o que ainda tentou lutar. Em um esforço inútil.
_ Calma meu amor, está tudo bem! _ A voz que soou em seus ouvidos era tão familiar que ela mal pode conter as lágrimas que lhe passou a descer sobre o rosto. O desespero deu lugar ao alívio. _ Miguel??? _ Sua voz saiu embargada. _ Sim meu amor! Estou aqui! Perdoe-me por tardar em retornar. Mas... Só soube do que se passava quando recebi a carta de seu irmão Diego. _ Francine o abraçou com força, Como se teme-se que não fosse real.
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_ Esta tudo bem! Não vou deixar que voltem a te fazer mal. _ Por que não me escreveu? _ Ela o censurou. Ainda sentido as lágrimas molharem seu rosto. _ Eu nunca deixei de escrever para você. Todas as noites te escrevi, durante todo esse tempo que estive fora. _ Escreveu??? _ A surpresa em suas palavras soaram tão nítidas, quanto a raiva que agora tomava conta de si. _ Meu Deus! Bárbara! Com certeza ela impediu que essas cartas chega-sem a mim. Assim como impediu que a notícia da morte de papai chega-se a Francisco. Não posso acreditar na tamanha crueldade dessa mulher. _ Tomando-a novamente em seus braços ele a beijou de leve. Acariciando seu queixo. _Isso não importa mas. O importante é que estou aqui. E não a abandonarei nunca mas. Não permitirei que aquele infeliz venha rouba-la de mim. _ Meu Miguel, tive tanto medo. _ Eu sei... _ Voltou a afagar- lhe em seus braços. _ Agora temos que ir meu amor. Não podemos perder tempo. Pois se nos encontrarem agora, nada posso fazer para impedir que a levem de mim.
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_ Beijando -a novamente, Miguel a tomou pela mão. Andando a passos largos em meio a todas aquela escuridão. _ Onde vamos?_ Chegando a uma vasta estrada de terra, Francine avistou dois garanhões amarrado a um tronco de árvore. _ A princípio iremos a igreja... _ Igreja? _Sim, casaremos hoje mesmo. É claro, se esse ainda for seu desejo. _ Mais que tudo nessa vida meu amor! _ Com um sorriso ela lhe enlaçou o pescoço o envolvendo em um ardente beijo.
