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Lucca












— Você ai. _Apontei entre as meninas, especialmente a do meio, a loira que tinha feições mais jovial. Ela parecia ser um bom negócio e chamava atenção. — Dê um passo e meia volta. _Gesticulei e receosa ela fez. — Não gostei. Faça de novo. _Ela repetiu a ação e eu pigarreio. — Puta que pariu! Você está muito acanhada. Está com medo de quê? _Questiono nervoso.

Só tem mulher incompetente.

Nada, senhor...

A corto.

— Senhor está no céu. Se pretende trabalhar aqui e ser uma das minhas tantas garotas, preciso que se solte. _Fico de pé e caminho até o palco, enquanto arregaço a manga da minha camisa. — Relaxa e me diga, no que você é boa?

— Como assim? _Piscou, confusa.

Agoniado e impaciente, passo as mãos sobre meus cabelos.

Agora a safada quer dar uma de inocente.

— Quando você transa. O que costumam elogiar? _Aproximo, encarando seus olhos mel.

— Meu anal. Dizem que sou muito boa fazendo anal. _Confessou.

Sorrio, sua resposta me agradando muito.

— Você fica. _Digo para ela e fito as outras duas. — E vocês não serve.

— Mas senhor...

— Eu disse que não serve. Rua. _Reforcei o pedido em tom inquestionável. Eu odiava ser contrariado.

Bantendo os saltos no chão, as duas se retiraram.

Torno a encarar a loira.

— Não me faça se arrepender.

— Não farei. _Ela sorriu. Enfiando as mãos no bolso, dou um passo atrás e viro-me para sair do palco. — Pode fazer um teste comigo, senhor.

Ouço e paro imediatamente. Viro apenas o rosto e semicerro os olhos. Então a avalio dos pés à cabeça, engolindo ar seco.

— Lucca, já que não contratou as outras duas e precisamos com urgência das duas, o que faremos? _ A Paola, uma das que trabalham na casa há muito tempo e meu braço direito, perguntou.

— Espalhe panfletos por toda a cidade. Diz que estamos contratando masoquista e submissa e que as duas escolhida, no seu contrato, poderá mudar uma das regras. _Passo a ordem sem olha-la. Meu foco está na loirinha safada.

Ela não sabia no que estava se metendo.

***

Pulando da cama, começo a me vestir.

— Você é um monstro. _Me acusa.

— Não é a primeira a dizer isso e tenho certeza que não será a última. _Dou de ombros, calçando meus sapatos de pressa.

Essa mulher me atrasou.

— Você me machucou.

A Protegida do Juiz #SérieFilhos(10)Onde histórias criam vida. Descubra agora