A Protegida do Juiz #SérieFilhos(10)

47

Lucca

Na manhã seguinte, tomei um banho gelado e saí do banheiro secando os cabelos e para minha surpresa a Emma estava sentada na minha cama.

Eu cesso os passos, impactado. Ela tem carinha de sono e os cabelos estão bagunçados.

Linda por sinal.

— O que foi? _Pergunto.

— Eu não consegui dormir. _Revelou, coçando os olhos e puxando os lençóis, deitando na minha cama. — Eu não quero ficar sozinha. _Bocejou, alisando o travesseiro e entrando com uma mão debaixo, logo após abriu os olhos e me olhou de baixo para cima, fincando em meus olhos surpreendidos. — Seu olhar está agitado, um tanto pequeno. Também não dormiu? _Percebeu.

— Acho que ninguém dorme quando a ansiedade é tamanha.

Ela estende a outra mão.

— Vem, senta aqui. _Me chamou. Respiro e como um cão mandado chego perto, sentando na cama e lhe dando a mão. Ela media o tamanho das nossas mãos. A dela era tão pequenininha comparada a minha. — Vai dá tudo certo, Lucca. _Sorriu e trouxe minha mão para o rosto e a beijou. — A gente vai resolver essa turbulência em nossas cabeças. Vem, deita aqui comigo e vamos dormir um pouquinho.

— Eu tenho que vestir algo, estou sem nada por baixo da toalha.

— Não tem problema, deita aqui.

Acabo cedendo e dou a volta na cama, deitando e entrando debaixo das cobertas.

A Emma vem para o meu abraço, encostando a cabeça em meu peito.

Sim, fico nas nuvens.

É instantâneo.

— Vou ficar mal acostumado.

— Pode ficar. _Esfregou o rosto em mim. — Tão cheirosinho.

Meu peito salta.

— Emma...

Ela ergueu o rosto.

— Está arrepiando. Olha os carocinhos de quando estamos com frio no seu peito. _Me acariciava. — Você não deixa um pelinho nessa região. _Notou, muito abusadinha eu diria.

— Você está me provocando. _Alerto. — Não faz isso comigo. _É voluntária minha expressão de desespero. Eu sei.

— Eu tô? _Riu, subindo a mão para meu queixo. — O que vamos fazer agora?

Franzio o cenho, sem entender a que exatamente ela se refere.

— Como?

— O que vamos fazer com o que me confessou? _Quis saber.

Habilidosamente, giro nossos corpos e fico sobre ela.

— Se proteger, se cuidar e se amar. Podemos fazer tudo isso, criança.

Ela ruboriza.