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Emma Thompson













— Por favor, pare... está doendo. _Eu choro, tentando me desvencilhar das mãos fortes que puxam meus cabelos.

— Parei. _Fui jogada no chão gelado e um grito de pavor escapou do fundo da minha garganta ao bater meus joelhos com força no piso. Um choque de dor fincava até em meus ossos. Com as mãos sobre o chão, ergo o rosto e vejo o homem que me trouxe, sentando em uma cadeira, do lado havia dois homens em pé, todos de terno escuro e sem expressão nenhuma, exceto o senhor infeliz que me bateu no rosto. Ele estava se divertindo. — Não sei com qual tipo de coisa você está acostumada, mas saiba que aqui você será tratada muito mal. _Ele olhou para algum lugar e vieram o servir com bebida. — Se estava com o Lucca, suponho que já tenha conhecimento sobre algumas práticas do sadomasoquismo.

Não sei nem o que é isso.

— Eu quero ir. Me deixe ir, por Deus! _Estou aos prantos.

— Não. Você pertencerá a mim a partir de agora.

— Não posso...

— Para de chorar, isso me dar nos nervos. _Ficou de pé e veio até mim, andando em volta do meu corpo, cessando as passadas e agarrando novamente em meus cabelos. Eu grito. Dói muito, meu Deus! — Abre a boca... _Nego e aperto os olhos. — Abre a merda dessa boca sua puta. _Ele me machucava e na força bruta abria minha boca e invergava meu pescoço para trás, enchendo minha boca e lavando o meu rosto com sua bebida. — Engoli. _ Atirou o copo longe e começou a apertar meu queixo com as duas mãos, fechando minha boca. Eu me sufocava, engolindo o líquido que queimava minha garganta.

— Ai... _Me engasgo.

— Boa menina. _De novo me empurrou e saiu.

Eu tossia, com a garganta pelando.

— Pai nosso... que... _Não consigo rezar e desabo em lágrimas.

— Agora vamos para a melhor parte. _Ouço um estalo. — Meu garotão.

Por um segundo, com a visão turva, o olho e ele observava o lado direito. Também olho e outro homem trazia um cachorro enorme e assustador.

Com medo e joelhos doendo, engatinhei para o lado.

— Senhor... por Deus... _Eu tremo, apavorado.

Ele gargalhou.

Homem pérfido e inescrupuloso.

— Tirem a roupa dela.

O que?

De repente, os dois homens que estavam do seu lado vieram até mim e contra minha vontade e sob meus protestos, rasgaram meu vestido e arrancaram minhas peças íntimas.

Envergonhada e confundida, busco me cobrir, mas não tem como. Eu estou completamente descomposta.

Ai meu Deus.

Eu vou morrer.

— Senhor... tenha clemência...

— Antes de tudo, quero te contar toda a história e o porque de você está aqui. _Tornaram a servi-lo. — Há muito tempo, meu irmão gêmeo descobriu a boate Show Libertine, ele se encantou pela forma como as coisas aconteciam naquele lugar. Ele era aquele sádico nato e que gostava de infligir sofrimento, ninguém o entendia, ele era diferente... então logo fez negócios com o Lucca. Pertencendo a aquele lugar, seria mais fácil praticar suas coisas sem que o impedissem, e em uma das suas abstinência para ver alguém humilhado, ele raptou a Paola, como não tinha conhecimento sobre as pessoas, ele achou que ela era uma das garotas de programa e a trouxe para esse lugar por algumas horas.

— Eu quero ir...

— Não me interrompa. _Indicou o cachorro. — Esse é o Rock, o cão feroz do meu irmão. _Ele sorria e o cachorro latia para mim, me estremecendo deliberadamente, por sorte o seguravam pela coleira. — Meu irmão era incompreendido, mas hoje eu entendo o porque ele fez aquilo. Sabe o que ele fez com a Paola?

Eu nego, lamentando interiormente.

Minha situação é degradante e não vejo nenhuma saída.

O que vai acontecer comigo?

— Eu não quero saber.

— Ele fez o Rock trepar com a Paola.

— Trepar? _Repito, minha cabeça dói. Isso é demais para mim.

— Sim. Ele fez o Rock comer a humana.







Transar, fuder, comer... É tudo a mesma coisa.







Recordo que o senhor Lucca disse isso quando questionei se ele queria me possuir.

O cachorro e a Paola...

Senhor do céu.

Assustada e de olhos esbugalhados, me afasto.

Que loucura era essa que estava se passando diante de mim?

Isso não é possível.

É nojento e desprezível.

Não acredito que eu dei a mão ao senhor Lucca e somente eu desci ao inferno.

















CONTINUA...

E nós achávamos que o Lucca era o diabo.

A Protegida do Juiz #SérieFilhos(10)Onde histórias criam vida. Descubra agora