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Lucca













Pegando uma toalha, saio do banheiro e vago até a Emma que está enrolada em um roupão e sentada na minha cama. Eu começo a ajuda-la a secar seus cabelos.

— Engole o choro. _Deixo a toalha em sua cabeça e a beijo na testa, tornando a esfregar seus cabelos.

Ela respira de forma embargada.

— Que ódio. _Esbravejou, trêmula.

— Está tudo bem, já passou. _Jogo a toalha na cama, alisando seus cabelos.

— Que papelão eu fiz na frente de todos.

— Você só escorregou na piscina, não faça tanto drama.

— Diz isso porque não foi com o senhor. _Debateu.

— Emma, não tem nada demais.

— Se não tem nada demais por que entrou na piscina para me socorrer? _Me encarou, nervosa.

— Não me faça te constranger. _Eu havia me ligado que há dois dias o Alfred chegou comentando do seu absorvente. Óbvio que a menina está naqueles dias. Não sou desatento. — Vai tomar um banhozinho, pode usar meu banheiro. _Mando e ela nega.

— Eu vou tomar no outro quarto. _Ficou de pé, olhou para cama e em seguida desfez o laço do roupão.

— Não. Pode ir com ele.

Ela assentiu.

A acompanho até a porta.

— Obrigada. _Agradeceu tristonha e saiu cabisbaixa.

Bato a porta com força e vou colocar um shorts seco. Feito, saio as pressas do quarto e desço, chego à porta e discretamente procuro-a entre as pessoas.

— Senhor Lucca?

Viro-me, o Alfred segurava uma caixa de cerveja.

— Viu a Helena? _Pergunto.

— Sim, está na cozinha.

Bato em seu peito e passo por ele.

Entro na cozinha e a encontro, ela comia uvas.

Sigo até a geladeira e abro-a.

— Eu vi, Helena. Foi proposital. _Confidencio e procuro uma garrafinha dágua. Encontrando, pego e abro-a, trazendo a boca e fechando a geladeira, virando-me para encara-la. — Não pense que eu vou deixar passar somente porque você é da família.

— Está me ameaçando? _Mastigava a uva.

— Pense como quiser. Por que fez isso? _Aproximo dela e sorvo mais um gole de água gelada.

— Eu não estou bem.

— O problema é seu. _Sorrio esganiçado, fitando seu pescoço.

— Você está muito rude. Insensível. _Trouxe uma uva para minha boca, a prendo na boca e assopro fora.

— Eu estou avisando. A Emma não. _Passei o alerta e a dei as costas.

A Protegida do Juiz #SérieFilhos(10)Onde histórias criam vida. Descubra agora