Lucca— Diga, meu filho.
Abro meu terno e me ajoelho diante do sacramento.
— Padre, eu novamente irei pecar. _Sobre uma pequena estrutura, pouso meus cotovelos e uno as mãos, encostando a testa na mesma e fechando os olhos.
— Por que mais uma vez, meu filho?
Respiro.
— Eu tento, padre. Mas não consigo parar. Eu preciso fazer. Meu corpo clama por isso. É incontrolável.
— Você prometeu a Deus que tentaria esquecer esse mundo obscuro.
— Sim. Porém, o senhor já sabe que sou o filho da puta que mais quebra promessa.
Ouço o padre pigarrear, constrangido.
— Vai deixar esse desejo anormal te consumir?
— Eu sempre deixo, padre. É mais forte que eu.
— Não seja fraco...
— Mulher é a minha fraqueza. Não aguento vê-las sem poder toca-las, principalmente aquelas com carinha de anjo, que não tem malícia no olhar. Elas me tentam, sabem que eu não resisto...
— Elas não sabe...
— Tem uma me esperando ali fora. Padre, elas sabem que não controlo meu desejo. Não são tão inocentes como aparentam. Elas olham para mim e sabem que terminará chorando na minha cama de tortura.
— O que está falando meu filho?
— Que vou comer a menina que acabei de encontrar em frente essa igreja. E vou comer muito gostoso. Porque eu estou aborrecido e descrente que conseguiram me taxar de bobo. O senhor já sabe que tudo de ruim resolvo com sexo e sabe muito bem o tipo de sexo que me dar prazer. Eu vou fuder aquela menina lá fora, até ela gritar e toda a cidade de São Paulo ouvir seu resmungo. Mas não vou deixar ela gozar, eu nunca deixo. Não porque eu a desejo e sim porque tenho ódio de outra que se mostrou ser uma bandida safada.
— Tenha modos... Problemas no trabalho?
— Exatamente. A minha mãe ferrou meus planos. Eu queria aquela fujona na cadeia. E minha mãe a salvou desse novo destino. A vida dela dependia de mim e escapou... o senhor sabe que gosto de controlar tudo.
— Isso não justifica sua loucura.
— Toda novinha que se finje de inocente justifica minha loucura.
— Acredito que você tenha um grave problema com a inocência das pessoas.
— Ninguém é fielmente inocente. Fingem ser cordeirinhos, mas são todas pecadoras. A mulher ludibriou até o diabo, se ele não resistiu a uma bucetinha, quem dirá eu, um mero mortal.
— Você gosta mesmo de mulher, meu filho?
Sorrio.
Que pergunta descabida.
— Não. Mas não vivo sem as possuir. Eu não sou gay, padre. Talvez, um pouco misógino.
— Onde está a raiz de todo mal?
— Helena. _Abro os olhos e da resta, o vejo me olhar.
— Quem é Helena? _Perguntou.
Levanto-me e fecho o terno.
— Até mais padre. _Dei as costas ao sacramento e sai da igreja.
Vendo meu banquete sorrindo, pisquei para ela e entrei no carro.
***
— Que lugar é esse?
— O quarto de um puteiro. _Descaso os botões da minha camisa, a retirando e me livrando das calças.
— Por que me trouxe aqui?
— Porque você quer me dar.
— Eu não disse isso? _Apertou os dedos na alça da sua bolsa de lado.
— E precisa? _Questiono intrigado.
— Não. Mas esse lugar não parece ser apropriado. _Disse olhando o meu mundo com expressão de nojo.
— Qualquer lugar onde tenha o meu membro, uma vagina e meus objetos, é apropriado. _Aproximei do seu corpo, tocando seu cabelo e descendo a liguinha que o prendia num rabo de cavalo. Ela suspirava. — Eu vou te machucar. Dentro e fora.
— Por que? _Ficou amedrontada.
Molho meus lábios.
— Porque nunca encontrei alguém que eu tivesse pena.
— Você quer me machucar?
Assinto, positivamente.
— Você gosta de sentir dor na hora do sexo?
— Não sei, sempre foram delicados comigo.
— Eu não sou nada delicado. _Afirmo.
Ela sorriu, timidamente.
Já era. Foi rendida.
— Você é do tipo que vale o risco. _Tocou meu peito.
— E um passeio no ginecologista. _Aviso.
Ela gargalhou.
— Duvido que seja tão monstruoso.
Retiro suas mãos do meu peito e chupo dois dos seus dedos.
— Não duvide. Porque eu sou sim.
— Uau. _Gemeu em seguida, querendo me beijar e eu afastando o rosto.
— Primeiro quero te alertar algo. _Saio de perto, caminhando até minhas cordas. Com uma em mãos, viro-me para contempla-la. — Como você não é uma das minhas garotas. Preciso ser sincero com você. _ Desenrolava a corda sobre o chão. — Eu vou te dizer o que eu sou e você poderá sair se quiser, se ficar, saberá que o que fica dentro desse quarto é dor, prazer e obediência.
— Eu sei o que você é. _Elevo o olhar, esperando ela confessar com a própria boca. — Você é um sadomasoquista. Sua postura, seu olhar, o caminhar dono de si e esse lugar... Com certeza é um sádico.
Pego um chicote e chicoteio o chão, entre um lado e outro.
— Se eu for, você vai ficar? _A olhei nos olhos.
— Meu sonho era ser possuída por um e pisoteada. _Jogou a bolsa longe e tirou o vestido, alegrando-me a palma da mão e até a cabeça do membro. — Tentarei ser a melhor submissa que já cruzou o seu caminho escuro.
Olho para teto e fecho os olhos, abrindo a boca e deixando o ar escapar, não negando o prazer que era ouvir aquelas palavras.
CONTINUA...
TÔ CHOCADAAAAAA COM ESSE CAPÍTULO. QUANTA INFORMAÇÃO.
VOLTO AMANHÃ.
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A Protegida do Juiz #SérieFilhos(10)
RandomEmma Thompson não sabe, mas acabará fazendo com que nós voltemos às raízes. Se "Virgem Pecaminosa" nos trouxe até aqui, "A Protegida do juiz" nos fará fechar a série com chave de ouro. Prepare-se, entraremos onde tudo começou. START ->