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Lucca















Na madrugada, acordei e tentei abraça-la e quase tive um troço quando não senti seu corpo do lado do meu como havia deixado.

Imediatamente, sentei na cama e liguei o abajur, a procurando em volta e me desesperando por não encontrá-la.

Para o meu alívio, ouço o barulho da ducha e fico de pé, dou a volta na cama, chego à porta do banheiro, passo uma mão sobre meus cabelos e volto alguns passos.

E se eu estiver sendo inconveniente?

A menina precisa de espaço para lidar com o inferno mental.

Continuo caminhando e bagunçando meus cabelos, muito preocupado.

Eu deveria ter parado no momento em que ela revelou que aquilo não era verdade.

Que desgrama...

Não fui contido e isso está me matando.

Porque, obviamente plantei muitas coisas em sua cabeça e tudo de uma vez só.

Porra, Lucca!

Não custava nada ter escondido seu verdadeiro instinto e revelado aos poucos depois.

Descontrolado para saber do seu estado, dou meia volta e chego à porta, abrindo-a cuidadosamente e entrando, lamentando-me por ouvir seu choro baixinho junto os pingos que caem do chuveiro.

Vendo-a sentada no chão e abraçada as pernas, meu coração retorce.

Não era preciso ser nenhum gênio para entender que aquelas lágrimas era de arrependimento.

E tudo por minha culpa.

Lentamente, caminho e deslizo o box para o lado, entrando e nos fechando dentro. Ela não eleva o rosto, mas o som do seu choro não é tão baixinho, na verdade, ficava mais intensivo e doloso.

Nada incomodado com as gotas mornas respingando em mim, me agacho.

— O que houve? _Pergunto, mas não a toco.

Enfim, ela me olha, solta suas pernas e engatinhando, entra em meu abraço, molhando-me.

— Me ajuda...

Assustado, a avalio e logo estou acariciando seu rosto vermelho.

— O que foi? _Questiono, não vendo nada fisicamente nela que pudesse ser responsável por um possível hematoma.

Vai saber... A pitica poderia ter caído no banheiro.

Eu estou confusa senhor... _Fungando, ela se afastou e ficou de joelhos, da minha altura por eu está agachado. — Acho que não deveríamos ter feito aquilo... _Seus olhos ficavam grandes. — Minha consciência está me matando. _Confidenciou.

— Se te serve de consolo. _Arrumei seus cabelos. — Não fizemos quase nada. _Sorrio.

Ela engolia em seco, sentando sobre os calcanhares, a água do chuveiro varria suas lágrimas.

A Protegida do Juiz #SérieFilhos(10)Onde histórias criam vida. Descubra agora