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Emma Thompson














No dia seguinte eu acordei mais leve, não sei, caminhava pelo corredor como se me sentisse na minha própria casa.

Casa que eu não tinha.

Chegando na escada, seguro no corrimão e observo lá embaixo e vendo o Lucca com um senhor mais velho, desço e vou cumprimenta-lo.

Acho que não tem mal nisso.

E é bom parecer educada.

É o mínimo.

— Oi. _Sorridente, atraío a atenção de ambos. Por um momento encaro o Lucca e ele me olha com desprezo, parece ver algo que discorda. O que eu fiz? Só estou tentando...

— Quem mandou você descer? _Ele questiona severo e vem até mim, apertando meu braço e me fazendo virar para dar meia volta.

— Lucca? Filho! Acalme-se. _O senhor me tirou das mãos dele. — Vem querida. Sente-se aqui.

Olhando para trás, eu faço careta e aliso meu braço onde ele machucou.

Por que tão agressivo?

Ele muda de repente.

Sou induzida a sentar e o senhor também senta do meu lado. O olho e sorrio.

— Quem é você, moça bonita? _Por um instante, ele olha o Lucca, o ouço bufar e dou de ombros.

— Me chamo Emma e o senhor, quem é?

— Sou o Allan, pai do desesperado. _Gesticulou para o Lucca. Eu não olho, mas fico meia assim. É o pai dele. Ele tem família. Por que é tão estressado se tem uma família? O padre diz que as pessoas revoltadas é aquelas que não tem ninguém, ele até se surpreendeu comigo. Dizia que eu não era assim. — Você está dormindo com...

— Não. _O senhor Lucca interferiu. — Ela não é uma delas.

— E o que é? _O homem de cabelos grisalhos questionou, olhando para trás.

— Uma hóspede. Apenas isso.

— Apenas isso? _O homem me olhou e eu confirmo.

Ouço passadas e sinto que ele está atrás de mim, no sofá. Receosa, o olho e seu olhar desce, não é para minha boca e sim mais abaixo, eu também olho para ver o que tem de errado e nada vejo. Torno a olha-lo.

— Você é uma burra. _Me ofendeu e eu tremo.

— Não brigue com ela. Eu não estou olhando. _O homem interveio.

— Se sabe à que eu me refiro é porque o senhor já viu.

— Sinto muito. Não tem como não ver.

Do que eles estavam falando?

De repente, o senhor Lucca deu a volta no sofá, pegou uma almofada e pousou em pé em meu colo.

— Obrigada, mas não precisa... estou bem assim. _Tento afasta-lo, mas ele a espreme em mim.

— Emma, sobe...

— Mas eu estou entendiada. _Me espreguiço.

O senhor Lucca bate com a almofada no pai.

Arregalo os olhos.

— Para de olhar, seu filho da mãe.

— Ela está fazendo de propósito, não é possível. _O homem diz e eu pisco.

A Protegida do Juiz #SérieFilhos(10)Onde histórias criam vida. Descubra agora