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Lucca












— Eu não o matei. _Admito.

— Não matou? Acha mesmo que eu acredito em um pilantra como você? Lucca, caramba! Eu vi que você o seguiu com o policial. Conta o que você realmente fez.

— Eu não estou mentindo. Eu não o matei.

— Alguém matou e capou o filho da puta.

— Ele esteve em meu poder e sofrendo. Mas de resto... Não foi eu.

— Não? _Me encarou, levantando-se da cadeira. — Você pagou para alguém fazer isso. Puta merda! Você é um desgraçado. _Cobriu o rosto, caminhando nervosa pelo meu escritório. — Você disse que ele era da pesada... E agora? _Se desesperou.

— Pesado só se for no inferno. _Arrumo umas folhas em minha mesa. — Agora. Vamos seguir nossas vidas como se esse lixo não existisse. Ele teve o que merece.

— E se alguém descobrir o que você fez? _Ficou apreensiva.

— Confie em mim. Eu estou limpo, isento de qualquer coisa. _Por um segundo sorrio.

— Quem te ajudou com essa merda? _Piscou, aproximando, de repente teve um sobressalto. — O Gab. O policial. Ele ligou hoje e disse que se deu férias e está na França. _Semicerrou os olhos. — Você subordinou o homem mais honesto que conheço. Meu Deus! Você é um crápula.

— Ele era policial e tinha carta branca para matar o miserável fora da lei. Eu só comprei uma bela morte para o infeliz que ousou a tirar a Emma de mim.

— Bingo. _Arregalou os olhos. — Você está fazendo tudo isso por essa menina. Está se sujando por alguém que vai se voltar contra você e desaparecer com o primeiro homem por quem se apaixonar. _Eu fico de pé, cerrando os punhos na mesa. — Lucca, está completando cego se acha que ela vai ficar com você para sempre.

— Cala a boca.

— Ela não gosta de você. Só está deslumbrada porque você a cuida, ela tem afeto por você, somente isso. Abre o olho e esquece essa menina. Não vale apena se sujar por alguém que não sabe o que quer. Está cavando a sua própria cova. No final, ela vai cuspir em você e dizer que nunca quis está contigo.

Dou a volta na mesa, avançando em seu pulso e a empurrando contra a parede.

— Eu a amo. _Revelo.

A Allana esbugalha os olhos.

— Lucca, para de ser estúpido. Essa garota está se fingindo de boa samaritana para te seduzir e te controlar. Você está lambendo o chão que ela pisa.

Literalmente.

— A Emma não é assim. _Dou um murro na parede, furioso.

— Aposto que ela já te ludibriou com uma noite de sexo... Eu vi suas costas. Viu, meu irmão? De boa samaritana ela não tem nada.

— Ela era virgem.

Minha irmã se cala, pisca desentendida e olha entre os lados, perdida.

— Esperta. _Me olhou firmemente. — O truque da virgindade. Agora você vai se sentir responsável por ter sido o primeiro... Não percebe que ela pensou em tudo? Para de ser trouxa! Ela tem mais a ganhar estando aqui nessa mansão e com você ao lado dela. E eu, idiota. Acreditei nela quando a vi na delegacia chorando. Nada burra! A safada foi logo fisgando o juíz.

Não suportando mais ouvir tamanha barbaridade, a arrasto para fora do escritório e chego a porta da entrada.

— Lucca? _É a Emma.

— Está tudo bem. _Digo. — Ela já está de saída. _Abro a porta e a empurro.

— Depois não diga que eu não avisei. _Minha irmã alertou e fitou a Emma que ficava ao meu lado. — Sua aproveitadora... _Eu bato a porta, grudando as costas na mesma e fitando a Emma, que piscava absorta. — Já comeu?

— Sua irmã me olhou feio e me chamou de aproveitadora com muita grosseria. _A Emma deu um passo atrás, cruzando os braços. — Por que ela disse isso?_Seu olhar perdia o brilho. — Eu achei que ela tivesse ido com a minha cara. _Indagou triste.

Desprendo da porta e chego perto, colhendo seu rosto bonito.

— Esquece a Allana. Você tem a mim e eu vou muito com a sua cara. _Segurei seu queixo, o levantando e dando um selinho. — Janta comigo fora?

— Jantar? _Eu concordo baqueado pelo seu olhar fixo. Era de um encantamento quase sublime. — Está me convidando para sair com você? Tipo um encontro? _Era notável sua empolgação.

— É, pitica. Tipo um encontro. O que acha de sair comigo e espairecer?

— Eu acho muito interessante. _Sorriu, laçando meu pescoço e ficando na ponta dos pés, olhou entre os lados e veio com a boca para minha orelha esquerda. — Quando voltarmos, bem de noitinha. Eu quero você.

Meu pau lateja no automático.

Puta merda!

— Me quer como? _Estou rouco demais por simplesmente imaginar no quanto foi perfeito a ter tido em meus braços.

— Eu quero dentro. _Confessou, riu timidamente e deitou a cabeça em meu ombro, envergonhada. — Foi ruim só no começo. Depois foi melhor que me tocar. Você é bom usando sua tora.

— Essa garota está se fingindo de boa samaritana para te seduzir e te controlar.


Com as palavras intrigantes da Allana maltratando meus pensamentos, torno a segurar o rosto da Emma e a encaro com seriedade.

— O que foi? _Perguntou.

Eu abro a boca para confronta-la, mas percebo que isso é um absurdo sem fundamento.

A Emma é o ser humano mais puro que conheço e tudo que sabe está aprendendo comigo, seu instrutor.

Ela não usaria sua virgindade, até porque nem sabia que ainda era.

A Allana está equivocada em seus julgamentos.

Só me beija. _Colei nossas bocas.











CONTINUA...

🙄Allana🙄

A Protegida do Juiz #SérieFilhos(10)Onde histórias criam vida. Descubra agora