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Lucca















— Tenho a sensação de que ela gosta de você?

Cesso os passos, olhando para a escada.

Será que a Emma está bem?

— O que disse? _Pergunto.

— Que a moça, ela ficou desconfortável por me ver aqui. Vocês tem algo mal resolvido? _A Clara viu o que era notável.

— Pior que temos. _Sorrio.

— Eu acho tão feio isso, duas pessoas que se gosta não sentar para conversar e resolver as diferenças. _Comentou, ficando de pé e cruzando os braços. — Eu não vim para servir de intriga. Não quero inimizade. Devia ir lá e conversar com ela. Eu senti a tensão de longe. _Falou e passou por mim, alisando meu braço.

Por que inferno eu pareço um idiota? Eu já deveria ter feito algo a respeito, mas quando se trata da Emma, não sei agir com normalidade.

Uma hora quero apresentá-la ao mundo como minha mulher e na outra tenho dúvidas de que ela mereça tal lugar.

Com ela, eu percebi em mim tantas inseguranças.

Esfrego meu rosto e dou movimentos aos pés, tudo bem, é só resolver o que nos queima e cada um vai para o seu lado.

Subo as escadas e chego na porta do quarto, abro-a cuidadosamente e entro.

Ela me olha rapidamente e vira, parece mexer no rosto e volta a me olhar.

— Eu já vou embora, não precisa me expulsar. _A vejo recolher sua bolsa e vir até mim. — Me dê licença, por favor. _Não olhou para cima, para meu rosto.

— Eu quero conversar com você. _Segurei na parte detrás do seu braço direito e a parei, olhando-a nos olhos quando ela elevou a visão e inalando seu perfume. — Estamos parecendo duas crianças. Você e eu já somos bem grandinhos para ficar nesse chove e não molha. _Fechei a porta e vim emoldurar seu rosto com as mãos. — Eu sou fácil, Emma. Quer resolver essa porra como? Conversando ou na cama?

Ela desceu minhas mãos.

— Eu quero conversar. _Molhou os lábios.

— Tudo bem, será como quiser, sempre foi como você quis.

— Mas aqui não. Eu quero que vá até onde moro, o Alfred tem meu endereço.

— Você tem certeza disso, Emma? _A avalio, receoso de que seja um surto e que quando for lá ela me expulse. Afinal, eu fui um babaca com ela ontem.

— Eu tenho, Lucca. _Soltou minhas mãos e se afastou, indo até a porta, parando e voltando. — Você vai me ouvir de coração aberto e vai procurar me entender? _Me olhou aflita.

Me aproximo dela, arrumando sua franja atrás da orelha.

— Eu prometo. _Afirmo, beijando sua bochecha aquecida. — Eu também preciso te contar algo que você precisa saber.

Ela balançou a cabeça positivamente e novamente se afastou e voltou de novo, eu sorrio.

— A Paola te contou que eu fiquei...

A Protegida do Juiz #SérieFilhos(10)Onde histórias criam vida. Descubra agora