Capítulo 2

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 Dulce foi ao balcão da recepção enquanto Christopher cuidou da bagagem. Mesmo sem os óculos, pôde ver que o hotel era magnífico. Perto do mar, todo de mármore, assemelhava-se a um palácio. Nunca estivera em lugar tão lindo, com aroma tão agradável.

A ideia de tirar férias começou a parecer-lhe interessante, uma vez que tudo lhe fora preparado. Depois de descansar um pouco, talvez fizesse o que o motorista lhe recomendara. Tentaria se divertir.

— Bom dia — Dulce cumprimentou o recepcionista do hotel, um jovem sorridente. Leu o nome dele na lapela do paletó: Júnior, assistente do gerente. — Sou Dulce Savinon. Acredito que tenha uma reserva em meu nome.

— Deixe-me ser o primeiro a lhe dar as boas-vindas no Club Paradise, sra. Savinon. — Ele puxou uma ficha do registro do hotel. — Ah, sim, a senhora e seu companheiro têm uma suíte de dois quartos com brisa tropical e terraços dando para o mar.

— Eu gostaria de trocar as reservas, por favor — Dulce disse, com inflexão firme na voz. — Queremos dois quartos de solteiro.

— Quartos separados? Sinto muito, mas será impossível. O hotel está lotado e não temos quartos de solteiro no Club Paradise, a menos que se refira aos chalés localizados na praia. Mas nenhum deles se encontra vago.

— Trata-se de um hotel muito grande. Tem certeza de que não há nenhum quarto que eu possa ocupar? Talvez um quarto de empregada ou... Christopher aproximou-se do balcão.

— Algum problema? — perguntou.

— O senhor é o companheiro da sra. Savinon? — o recepcionista perguntou.

— Sim. Meu nome é Christopher Uckermann. — Christopher mostrou-lhe o passaporte.

Júnior copiou o nome de Christopher no cartão de registro e disse:

— Desejamos-lhe uma alegre temporada. Eu acabava de informar à sra. Savinon que não temos quartos de solteiro, tampouco acomodações outras que não a reservada. O hotel está lotado.

— Que tipo de quarto temos? — Christopher perguntou.

— O da ala tropical, uma das melhores suítes, com dois quartos separados por uma saleta com terraços de frente para o mar. Posso ver se há outro hotel na ilha com vaga, mas devo preveni-lo de que estamos na temporada.

— Talvez possa encontrar um quarto na aldeia — Dulce sugeriu.

— Dê-nos um minuto para conversar, ok? — Christopher pediu ao recepcionista. Puxou-a para um lado antes que ela começasse a brigar

— A suíte tem quartos separados, Dulce, e garanto que há muito para se fazer aqui. Posso me manter ativo fora da suíte e você poderá se ocupar... com o que quiser. Acho que seria rude rejeitar o presente de seus amigos, em especial quando tiveram de vencer tantos obstáculos para arranjar esta surpresa.

— Bem, suponho que eu possa encontrar algo com que ocupar meu tempo. O que você pretende fazer?

— Bem, além de jogar tênis e andar pela praia, mergulhar e dedicar-me ao windsurfing. E você, Dulce?

— Andar pela praia, talvez. Mas nunca tive muito tempo para fazer nenhuma das coisas que você mencionou, além de andar.

Christopher sorriu.

— Talvez eu possa lhe ensinar a jogar tênis, em retribuição às aulas de álgebra que me deu.

Não sem meus óculos, ela pensou logo. Dulce não se lembrava muito do tempo em que ela e Christopher passaram juntos estudando. Tivera tamanha paixão por ele, na maioria das tardes, que mal conseguira falar. Mas lembrava-se do sorriso fácil e da popularidade de Christopher entre os alunos, em especial as alunas. Fora sempre charmoso, convencendo-a a fazer muitos de seus trabalhos escolares para que ele passasse de ano. Dulce concordou, e Christopher voltou para a recepção.

Lance Indecente - VONDY [ FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora