Dulce foi ao balcão da recepção enquanto Christopher cuidou da bagagem. Mesmo sem os óculos, pôde ver que o hotel era magnífico. Perto do mar, todo de mármore, assemelhava-se a um palácio. Nunca estivera em lugar tão lindo, com aroma tão agradável.
A ideia de tirar férias começou a parecer-lhe interessante, uma vez que tudo lhe fora preparado. Depois de descansar um pouco, talvez fizesse o que o motorista lhe recomendara. Tentaria se divertir.
— Bom dia — Dulce cumprimentou o recepcionista do hotel, um jovem sorridente. Leu o nome dele na lapela do paletó: Júnior, assistente do gerente. — Sou Dulce Savinon. Acredito que tenha uma reserva em meu nome.
— Deixe-me ser o primeiro a lhe dar as boas-vindas no Club Paradise, sra. Savinon. — Ele puxou uma ficha do registro do hotel. — Ah, sim, a senhora e seu companheiro têm uma suíte de dois quartos com brisa tropical e terraços dando para o mar.
— Eu gostaria de trocar as reservas, por favor — Dulce disse, com inflexão firme na voz. — Queremos dois quartos de solteiro.
— Quartos separados? Sinto muito, mas será impossível. O hotel está lotado e não temos quartos de solteiro no Club Paradise, a menos que se refira aos chalés localizados na praia. Mas nenhum deles se encontra vago.
— Trata-se de um hotel muito grande. Tem certeza de que não há nenhum quarto que eu possa ocupar? Talvez um quarto de empregada ou... Christopher aproximou-se do balcão.
— Algum problema? — perguntou.
— O senhor é o companheiro da sra. Savinon? — o recepcionista perguntou.
— Sim. Meu nome é Christopher Uckermann. — Christopher mostrou-lhe o passaporte.
Júnior copiou o nome de Christopher no cartão de registro e disse:
— Desejamos-lhe uma alegre temporada. Eu acabava de informar à sra. Savinon que não temos quartos de solteiro, tampouco acomodações outras que não a reservada. O hotel está lotado.
— Que tipo de quarto temos? — Christopher perguntou.
— O da ala tropical, uma das melhores suítes, com dois quartos separados por uma saleta com terraços de frente para o mar. Posso ver se há outro hotel na ilha com vaga, mas devo preveni-lo de que estamos na temporada.
— Talvez possa encontrar um quarto na aldeia — Dulce sugeriu.
— Dê-nos um minuto para conversar, ok? — Christopher pediu ao recepcionista. Puxou-a para um lado antes que ela começasse a brigar
— A suíte tem quartos separados, Dulce, e garanto que há muito para se fazer aqui. Posso me manter ativo fora da suíte e você poderá se ocupar... com o que quiser. Acho que seria rude rejeitar o presente de seus amigos, em especial quando tiveram de vencer tantos obstáculos para arranjar esta surpresa.
— Bem, suponho que eu possa encontrar algo com que ocupar meu tempo. O que você pretende fazer?
— Bem, além de jogar tênis e andar pela praia, mergulhar e dedicar-me ao windsurfing. E você, Dulce?
— Andar pela praia, talvez. Mas nunca tive muito tempo para fazer nenhuma das coisas que você mencionou, além de andar.
Christopher sorriu.
— Talvez eu possa lhe ensinar a jogar tênis, em retribuição às aulas de álgebra que me deu.
Não sem meus óculos, ela pensou logo. Dulce não se lembrava muito do tempo em que ela e Christopher passaram juntos estudando. Tivera tamanha paixão por ele, na maioria das tardes, que mal conseguira falar. Mas lembrava-se do sorriso fácil e da popularidade de Christopher entre os alunos, em especial as alunas. Fora sempre charmoso, convencendo-a a fazer muitos de seus trabalhos escolares para que ele passasse de ano. Dulce concordou, e Christopher voltou para a recepção.
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Lance Indecente - VONDY [ FINALIZADA]
RomanceAté que ponto seria aceitável ser leiloada para salvar uma escola de falência? Vinte mil dólares! Esse foi o lance que Christopher ofereceu para ter um encontro intimo com a sensual professora Dulce. Passaria sete dias numa paradisíaca ilha nos tróp...