O mestre-de-cerimônias subiu ao palco. Erguendo as mãos, chamou a atenção dos presentes.
— Senhoras e senhores, tenho o resultado da competição da última noite. Agradecemos pelos votos. Vamos trazer aqui dois casais de cada mesa para a decisão final. Prontos? A audiência rompeu em aplausos. — Da mesa das seis e meia temos os casais doze e quarenta e sete.
Estão aí? Acompanhados de aplausos os dois casais subiram ao palco.
— Agora, da mesa das oito horas. Casais dezesseis e vinte e três, por favor, queiram subir ao palco. Christopher levantou-se e estendeu a mão a Dulce.
— Somos nós — disse. — Vamos.
A turma da mesa aplaudiu muito, junto com a multidão. Dulce ficou em choque quando o mestre-de-cerimônias falou com ela.
— Então, querida, tudo bem? Sente-se ok esta noite?
— Eu... sim... estou bem. Muito bem. — Dulce olhou para Christopher, esperando aprovação à sua resposta.
— Ótimo. Pronta para ganhar a competição? Christopher apertou-lhe a mão, e ela se deu conta de que não tinha ideia de que competição ele falava... e pouco se importava.
— Sim... claro — enfim, respondeu.
O mestre-de-cerimônias pegou o microfone para chamar os dois últimos vencedores. Dulce segurou a respiração, incapaz de acreditar que estava sendo o foco da atenção de muita gente.
Ela e Christopher haviam sido votados como um dos dois casais mais atraentes da mesa deles. Olhou para o seu companheiro, que sorria. E disse a si mesma: Claro! Como seria possível não votar em Christopher? O mestre-de-cerimônias acalmou a multidão.
— Prontos para o que der e vier? — gritou.
Rindo como crianças mal comportadas, Dulce e Christopher foram de mãos dadas para o chalé. Não apenas perderam a competição como foram o primeiro casal eliminado. E não por culpa dela. Eles iam indo muito bem, em todas as provas. Dulce executara uma rumba, dançando com entusiasmo, como também Christopher.
De repente, sentiu que Christopher largava-lhe a mão. Ao se virar, viu-o de comprido na areia, de costas, e toda a audiência vaiando mais alto do que a banda tocava. O mestre-de-cerimônias pulou do palco para ajudá-lo a se pôr de pé, e Christopher mancava. Depois de Dulce o haver conduzido até o local da banda, ele confessou que havia machucado as costas num torneio de tênis alguns anos atrás, e sua coluna nunca voltara a ser a mesma. Não quisera estragar o prazer que Dulce estava tendo e continuou com a dança, acreditando ser possível.
Com toda certeza precisaria consultar o médico do hotel. Dulce chamou o garçom e pediu-lhe que providenciasse um carrinho de golfe. Mas depois de um pouco de alongamento e massagens sentiu-se bem melhor. Só seu orgulho estava ferido. Agora, em pé no pórtico escuro da cabana, olhou para Dulce, sorriu e disse:
— Desculpe-me por ter estragado tudo. Ainda acho que teríamos chance de ganhar se eu não tivesse dado aquele passo errado.
— Nenhuma competição vale a pena o risco do estrago que você sofreu no corpo. Devia ter me falado sobre suas costas em más condições. Escondidos pela escuridão do pórtico da cabana, eles dois escutavam os sussurros dos outros casais que passavam.
À distância a banda continuava a tocar. O aroma sutil das flores tropicais permeava o ar enquanto o canto de um pássaro solitário flutuava na brisa do mar. E no interior de Dulce havia um desejo intenso; sentia que sua vida mudava. Christopher foi mais para perto dela e entrelaçaram os dedos.
— Minhas costas não me incomodaram por anos, por isso não falei nada. Mais ainda, tinha vergonha de mencioná-la.
— E veja onde essa vaidade o levou. Podia ter ficado aleijado. Ou coisa pior. Precisa se deitar um pouco. O erguer de sobrancelha de Christopher revelou seu pensamento antes de responder:
— Sim. Preciso ficar na posição horizontal, tudo bem, e quanto mais depressa, melhor. Estará ele sugerindo o que penso que está?
— Posso dormir no sofá esta noite, assim você ocupará a cama. Ficará mais confortável — Dulce sussurrou.
— Não me importo. Christopher segurou-lhe o queixo e fitou-a bem nos olhos.
— Quero dormir com você esta noite — disse. — Esta noite e todas as noites enquanto estivermos aqui. Ele beijou-a na testa. Depois foi descendo os lábios beijando-a na face e na boca.
Um calor intenso se espalhou pelo corpo de Dulce, que abriu a boca espontaneamente. Christopher então encheu-a com sua língua.
— Você me enlouquece — ele gemeu. — Venho pensando sobre este momento desde que a vi naquele palco da escola.
— Verdade?
— Aquele vestido vermelho foi qualquer coisa de provocante para mim.
— Foi?
— Suas amigas devem ser cumprimentadas pelo excelente gosto. Dulce suspirou. Ela também desejara Christopher, só que seu desejo permanecera adormecido por anos. Na escola secundária, sonhara com aquele momento, lembrara-se dele por tantos anos... Não houvera ninguém nem nada para ela no mundo, exceto a escola.
Não importava que Christopher não houvesse pensado nela até o dia do leilão. Pensava agora. Antes que pudesse lhe contar como se sentia, Christopher conduziu-a para dentro da cabana. O luar entrava pela janela e cobria a cama. As mãos de Christopher moviam-se da cintura para os seios dela, e Dulce tremia. Quando os polegares circundaram-lhe os mamilos, acreditou que fosse pegar fogo.
— O que está fazendo? Sabe o que está fazendo? — perguntou a Christopher.
Lentamente ele soltou o tecido que a envolvia.
— Sim, eu sei o que estou fazendo. Você é incrível. Beijando os mamilos agora rígidos, Christopher provocou uma avalanche de desejos até as entranhas dela. Dulce gemeu e Christopher sugou-lhe os seios com mais força. Aí então despiu sua fantasia e apresentou-se quase nu.
— Um de nós dois está usando roupa demais.
— Serei... eu...? — Dulce indagou, gaguejando.
Em vez de responder, ele arrancou-lhe a faixa que fazia as vezes de calcinha. Nada, mas nada nela o desapontou. Os seios cheios, os mamilos rosados, a cintura e quadris femininos. Apreciou as pernas longas, admirou os tornozelos bem feitos e as coxas roliças. Ele levara à cama dúzias de mulheres, a maioria delas magras. Dulce fora uma mudança de cenário.
Como uma deusa que viera ao mundo para ele apenas, desejou subitamente afogar na suavidade daquele corpo. E pensar que, se não fosse por Cissy e o ridículo leilão, estaria sentado em casa, em vez de lá com Dulce. Olhando para o lado, ela cruzou os braços sobre os seios, e imediatamente Christopher soube o que a preocupava.
— Não se esconda de mim, querida! —
Eu... bem... não sou magra. Preciso emagrecer um pouco para ter um corpo agradável à vista.
— Essa é a conversa de Hollywood — ele comentou. Chegando mais perto, a fez descruzar os braços. — Há milhares de homens que considerariam seu corpo uma joia, incluindo eu.
Lembre-me algum dia de lhe repetir os comentários de rapazes sentados à minha mesa no leilão, quando você entrou com aquele vestido vermelho.
Ela corou, se de prazer ou embaraço, Christopher não sabia. Mas sabia que Dulce não tinha nada de que se envergonhar. Abraçando-a, conduziu-a à cama e sentou-se.
Enfiando os polegares na cintura da minúscula calcinha, a fez escorregar até os calcanhares. Então ficou olhando para os pelos femininos que o aguardavam para ser acariciados com seus dedos e com sua língua.
Dulce agarrou-o pelos cabelos e o trouxe para mais junto de si. Christopher beijou-a em sua parte mais íntima e a fez abrir as pernas, colocando-a em seguida em seu colo.
Dobrando os joelhos, Dulce acomodou o traseiro nas coxas de Christopher, que a penetrou enfim; e estremeceu ante a incrível sensação.
— Não se mova — ele disse. — Quero que isto seja bom para nós dois.
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Lance Indecente - VONDY [ FINALIZADA]
RomanceAté que ponto seria aceitável ser leiloada para salvar uma escola de falência? Vinte mil dólares! Esse foi o lance que Christopher ofereceu para ter um encontro intimo com a sensual professora Dulce. Passaria sete dias numa paradisíaca ilha nos tróp...