Dulce e Christopher acordaram com o nascer do dia ao som do helicóptero, e souberam imediatamente que sua condução chegara. Em segundos saíram da caverna e foram ao encontro do piloto, que lhes garantiu que o hotel faria qualquer coisa para amenizar a inconveniência.
O jovem piloto, que estava de fato se desculpando, confessou que dormira e que não tinha ideia sobre quem se ocupara do voo. Não dissera propriamente, mas sua voz e expressão fizeram Dulce acreditar que ele havia sido despedido, como também o guia.
Dulce ficou triste, pois fora quem insistira em ficar mais tempo no lago. Agora, sentada perto de Christopher no escritório esperando pelo gerente do hotel, ela desejou que Júnior fosse a pessoa a tratar do caso em vez do gerente. O que Dulce queria mesmo era tomar um banho quente, saborear um reconfortante café da manhã, e dormir algumas horas num bom colchão.
Mais tarde, já em casa, poderia distrair suas amigas contando-lhes sobre a aventura. No momento, lembrava-se pouco mais do que ter dormido nos braços de Christopher, conforme fizera nas últimas noites. Interessante como era fácil acostumar-se a coisa tão simples.
— O que acha que eles vão dizer? — ela perguntou a Christopher.
— Vamos descobrir num minuto — Christopher respondeu. — Deixe-me cuidar do caso, eu mesmo.
— Não vai gritar, vai? Detesto quando as pessoas gritam.
— Não vou gritar. Prometo. — Christopher tomou-lhe a mão e apertou-a.
A porta se abriu e o homem esperado entrou, com ligeiro sorriso nos lábios.
— Sra. Savinon, sr. Uckermann, sou o sr. Mahlo. Deixem-me começar por dizer-lhes como sinto pelo que aconteceu. Estou aqui para ver o que poderemos fazer para compensar o infeliz ocorrido.
Dulce estava pronta a dizer que qualquer coisa seria ok, mas queria ter certeza de que tanto o guia como o piloto não perderiam o emprego. Porém Christopher antecipou-se a ela.
—Vamos começar por esclarecer as coisas. Nosso incômodo não teria ocorrido se seu pessoal fosse mais competente. Tivemos sorte era encontrar abrigo, do contrário meu advogado já teria entrado em contato com o senhor, aqui no hotel.
— Bem. De acordo com o guia, o senhor pediu para ficar mais tempo no lago. Se os dois estivessem prontos para partir com o resto dos hóspedes...
— Seu piloto chegou muito mais cedo que o esperado. Teria sido muito simples seus homens nos terem avisado da chegada enquanto os outros embarcavam.
— Concordo. Desnecessário é lhes dizer que ambos os homens foram punidos por isso.
— Não os despediu, certo? — Dulce tomou a palavra imediatamente.
— Porque...
— Sim, claro, o que mais poderia eu fazer?
— Com licença — Christopher interrompeu-o. — Estamos aqui para conversar sobre um acordo entre mim, a sra. Savinon e o Club Paradise. Correto?
— Correto — confirmou o gerente. — Bem. Aqui vão nossas condições. Primeiro, a sra. Savinon deseja um dia inteiro de atendimento no spa do hotel. Segundo, queremos mais uma semana de estadia, livre de ônus, no Club Paradise. E terceiro, queremos que tanto o guia como o piloto continuem com seus cargos.
Dulce não podia acreditar no que ouvia. Christopher era, de fato, formidável. Agira como um profissional. O sr. Mahlo sorriu.
— Se têm certeza de que isso é satisfatório...
— Temos — Christopher respondeu.
— Então tudo ficará resolvido, depois que o senhor e a sra. Savinon assinarem esse acordo para impedir que o Club Paradise tenha futuros problemas legais. Se o senhor quiser, pode também usufruir das vantagens no tratamento do spa.
— Obrigado por ter sido tão compreensivo — Christopher agradeceu ao gerente.
Dulce e Christopher seguiram para o chalé.
— Foi maravilhoso — Dulce se manifestou enfim. — Em especial quando você exigiu que o guia e o piloto não fossem despedidos.
— Achei que isso era importante para você.
— Onde aprendeu a negociar assim?
Eles entraram no chalé. Sorrindo, Christopher respondeu:
— Durante anos ouvi os vendedores de nossa firma discutirem sobre esse assunto. Senti-me muito bem em poder finalizar um acordo, a meu modo.
— Mas pensei que você tivesse feito isso o tempo todo. Deu essa impressão.
— A coisa é complicada. Eu faço os contatos iniciais e sugiro um plano que satisfaça as exigências de ambos os lados, em geral durante um almoço ou um jantar. O vendedor assina o acordo. O contrato final passa pelas mãos de meu pai antes de ir ao departamento legal, onde os advogados aprovam e o enviam de volta ao vendedor.
— Todo esse vai-e-vem me deixaria louca. Será que você poderia me ajudar com isso quando voltarmos? Seria importante para a escola.
— Claro... se você... quiser. Agora, que tal um chuveiro?
— Pode me fazer um favor? Encontre o prospecto sobre os serviços oferecidos pelo spa. Acho que estão na escrivaninha. Não entendo nada sobre alguns deles.
— Não seria preferível que você mesma os lesse?
— Eu poderia. Mas, pensando melhor, que tal se fôssemos lá e decidíssemos juntos o que fazer? Assim, pode ir comigo ao chuveiro agora.
— Ótimo. Estarei com você num minuto.
E assim, Dulce não apenas conseguira que ele lesse o prospecto do spa, mas o fizera concordar em ajudá-la a organizar uma lista de possíveis doadores para a escola. A próxima coisa, pediria a ele para redigir apólices solicitando auxílio financeiro. Christopher foi ao telefone e pediu o café da manhã antes de entrar no chuveiro com Dulce. O melhor de tudo era que estariam escondidos no spa durante toda a tarde. Cissy nunca os encontraria. Além do mais, isso lhe daria outro dia para tentar explicar a Dulce a aposta idiota e os boatos que circulavam na escola. E mais uma noite a teria em sua cama.
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Lance Indecente - VONDY [ FINALIZADA]
RomanceAté que ponto seria aceitável ser leiloada para salvar uma escola de falência? Vinte mil dólares! Esse foi o lance que Christopher ofereceu para ter um encontro intimo com a sensual professora Dulce. Passaria sete dias numa paradisíaca ilha nos tróp...