Mas Christopher era mais alto e mais forte, e venceu a batalha.
— Eu disse que você estava ocupada, porém ele recusou me ouvir. Quer que eu chame o segurança? — Phillip indagou.
Christopher lançou a Dulce um sorriso charmoso.
— Não, não se dê ao trabalho — ele disse a Phillip.
— Lavarei as janelas e lustrarei o chão, se for necessário. - Phillip sorriu.
— Só chamarei o segurança se Dulce desejar jogá-lo para fora da sala.
— Tudo está bem, Phillip. Cuidarei disso... — Dulce respondeu.
— Seria necessário mais do que um segurança para me arrastar daqui, rapaz — Christopher protestou.
Dulce levantou-se e foi até a porta.
— Estou perfeitamente segura, Phillip — murmurou. — Por favor, volte a seu trabalho, ok?
Phillip começou a falar alguma coisa, mas Dulce fechou a porta na cara dele. De terno cinzento, camisa branca e gravata vermelha, Christopher parecia ter saído de uma revista de moda masculina. Os brilhantes olhos azuis e a tez bronzeada estavam salientados por seu sorriso de homem, homem quase garoto. Dulce entrou em pânico. Desejara de todo seu coração e alma vê-lo naquele lugar, a cada segundo dos dias desde sua chegada. Agora que seu desejo se realizava, ainda queria que algo de bom acontecesse.
— O que você deseja? — ela perguntou.
— Falar com você. — Christopher sentou-se à escrivaninha. — Não respondeu a meus telefonemas, recusou as flores que mandei, e a joalheria informou-me que devolvera a pulseira.
Dulce gostara muito da pulseira de diamantes. Mas não era igual à mãe. Tinha princípios.
— Ouvi tudo o que precisava ouvir da conversa entre você e Cissy, no banheiro feminino — ela revelou.
— Ouvindo atrás das portas num banheiro!? Incrível! O que diria Faith?
— Vamos deixar minha mãe fora disso, ok? Acho que ela já causou bastante mal para nós dois, males que podem durar por toda nossa existência.
— Quer dizer que sabe o que ela e meu pai fizeram?
— O que seu pai fez? O que está falando? — Dulce perguntou.
Christopher ficou sério. Apoiando os cotovelos na escrivaninha, segurou a cabeça com ambas as mãos e enfiou os dedos pelos cabelos. Depois, fitou-a bem nos olhos e disse:
— Nada. Nem sei mesmo o que estou fazendo aqui. Não devia ter vindo.
Ele levantou-se e foi para a porta, mas Dulce chegou antes, bloqueando-lhe a saída.
— Oh, não, não vai sair. Agora que está aqui, não antes de me dizer por que veio.
— Estou aqui por acreditar que pudesse convencê-la a me perdoar. Quero que as coisas voltem a ser como eram entre nós no Club Paradise. Senti falta de você, Dulce. O que mais deseja de mim?
— Oh, Christopher. Tudo o que desejo é a verdade.
— Tudo o que eu disser parecerá infantil.
— Deixe-me ser o juiz, Christopher.
Ele começou a andar pela sala.
— Cissy alimentou a ridícula idéia, em sua cabeça do tamanho de um amendoim, que eu era um conquistador de mulheres. Estava furiosa porque, de acordo com suas conclusões, eu levava para a cama dúzias de mulheres e nenhuma dessas mulheres era ela.
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Lance Indecente - VONDY [ FINALIZADA]
RomanceAté que ponto seria aceitável ser leiloada para salvar uma escola de falência? Vinte mil dólares! Esse foi o lance que Christopher ofereceu para ter um encontro intimo com a sensual professora Dulce. Passaria sete dias numa paradisíaca ilha nos tróp...