Capítulo 15 - 2

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Mas Christopher era mais alto e mais forte, e venceu a batalha.

— Eu disse que você estava ocupada, porém ele recusou me ouvir. Quer que eu chame o segurança? — Phillip indagou.

Christopher lançou a Dulce um sorriso charmoso.

— Não, não se dê ao trabalho — ele disse a Phillip.

— Lavarei as janelas e lustrarei o chão, se for necessário. - Phillip sorriu.

— Só chamarei o segurança se Dulce desejar jogá-lo para fora da sala.

— Tudo está bem, Phillip. Cuidarei disso... — Dulce respondeu.

— Seria necessário mais do que um segurança para me arrastar daqui, rapaz — Christopher protestou.

Dulce levantou-se e foi até a porta.

— Estou perfeitamente segura, Phillip — murmurou. — Por favor, volte a seu trabalho, ok?

Phillip começou a falar alguma coisa, mas Dulce fechou a porta na cara dele. De terno cinzento, camisa branca e gravata vermelha, Christopher parecia ter saído de uma revista de moda masculina. Os brilhantes olhos azuis e a tez bronzeada estavam salientados por seu sorriso de homem, homem quase garoto. Dulce entrou em pânico. Desejara de todo seu coração e alma vê-lo naquele lugar, a cada segundo dos dias desde sua chegada. Agora que seu desejo se realizava, ainda queria que algo de bom acontecesse.

— O que você deseja? — ela perguntou.

— Falar com você. — Christopher sentou-se à escrivaninha. — Não respondeu a meus telefonemas, recusou as flores que mandei, e a joalheria informou-me que devolvera a pulseira.

Dulce gostara muito da pulseira de diamantes. Mas não era igual à mãe. Tinha princípios.

— Ouvi tudo o que precisava ouvir da conversa entre você e Cissy, no banheiro feminino — ela revelou.

— Ouvindo atrás das portas num banheiro!? Incrível! O que diria Faith?

— Vamos deixar minha mãe fora disso, ok? Acho que ela já causou bastante mal para nós dois, males que podem durar por toda nossa existência.

— Quer dizer que sabe o que ela e meu pai fizeram?

— O que seu pai fez? O que está falando? — Dulce perguntou.

Christopher ficou sério. Apoiando os cotovelos na escrivaninha, segurou a cabeça com ambas as mãos e enfiou os dedos pelos cabelos. Depois, fitou-a bem nos olhos e disse:

— Nada. Nem sei mesmo o que estou fazendo aqui. Não devia ter vindo.

Ele levantou-se e foi para a porta, mas Dulce chegou antes, bloqueando-lhe a saída.

— Oh, não, não vai sair. Agora que está aqui, não antes de me dizer por que veio.

— Estou aqui por acreditar que pudesse convencê-la a me perdoar. Quero que as coisas voltem a ser como eram entre nós no Club Paradise. Senti falta de você, Dulce. O que mais deseja de mim?

— Oh, Christopher. Tudo o que desejo é a verdade.

— Tudo o que eu disser parecerá infantil.

— Deixe-me ser o juiz, Christopher.

Ele começou a andar pela sala.

— Cissy alimentou a ridícula idéia, em sua cabeça do tamanho de um amendoim, que eu era um conquistador de mulheres. Estava furiosa porque, de acordo com suas conclusões, eu levava para a cama dúzias de mulheres e nenhuma dessas mulheres era ela.

Lance Indecente - VONDY [ FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora