Por insistência de Christopher, Dulce tomou banho antes.
— Mulheres — ele disse — sempre precisam de mais tempo para se vestir do que homens. Enquanto elas arrumam os cabelos e pintam os lábios, um homem toma banho, faz a barba, veste-se e assiste a uma partida de tênis. — Ele usava Claire como exemplo, mas Dulce suspeitava que Christopher tinha experiência disso esperando por muitas outras mulheres.
Assim que terminou de tomar banho, Dulce enrolou-se em um dos robes pendurados na porta do banheiro e olhou-se no espelho. Depois de colocar um pouco mais de gel nos cabelos foi à saleta. Bateu na porta do quarto de Christopher para informá-lo de que o chuveiro estava desocupado. Mas, quando ele abriu a porta, Dulce corou. Ainda usando o calção de banho, ele percorreu-a com o olhar até a abertura do roupão.
— Obrigado — disse.
— Vista-se então agora. Temos quase uma hora.
— Preciso só de alguns minutos — ela respondeu, fechando a abertura do roupão.
— Tudo bem.
Dulce correu para o próprio quarto. Christopher agira, ela pensou, como se ela fosse a boneca Barbie se preparando para sair com o namorado. Mas quase nunca fizera isso em sua vida, pois poucas vezes tivera encontro com namorados.
Tudo o que teria de fazer agora era pôr um dos dois vestidos que Eloíse colocara na mala, e calçar os sapatos. Não experimentara nenhum deles e pedia a Deus que ficasse apresentável.
Ao abrir o armário notou que havia três vestidos lá, e não dois. O amarelo, o preto... e o turquesa pelo qual se apaixonara na loja do hotel. Lembrava-se de ter dito à vendedora que o vestido não lhe ficara bem. Como fora parar lá? A resposta atingiu-a como uma tonelada de tijolos. Christopher.
Depois de ela ter saído da loja, ele com certeza adicionara o vestido a suas compras a serem entregues na suíte. Era a única possibilidade lógica. Sentou-se na beirada da cama e engoliu um tremor de frustração. Toda a viagem fora, até agora, uma sequência de emoções.
Primeiro, suas amigas planejaram umas férias para ela que teriam deixado sua mãe desesperada. Depois lhe comunicaram sobre o leilão. Alcançara um lance fabuloso dado por um homem com quem não estivera havia doze anos. Isso a fizera imaginar que ele desejara muito estar com ela. Mas não, pois agia como se fizesse um grande sacrifício. Até agora, não tinham entrado em acordo sobre coisa alguma: a hora em que deveriam jantar; o tipo de atividades que preferiam; quanto tempo levariam para se arrumar a fim de sair. Para tornar as coisas ainda mais confusas, Christopher a convidara a almoçar e lhe oferecera aulas particulares de tênis.
Agora isso. Ela tornara bem claro que não tinha condições de comprar óculos de sol para a viagem, portanto Christopher sabia que ela não poderia comprar o vestido. O que lhe dava o direito de lhe dar um presente tão extravagante?
Ainda de roupão, entrou na saleta. O ruído do chuveiro a fez se lembrar de onde estava. Fechando os olhos para ignorar a visão de Christopher sob a água correndo, seu maravilhoso físico envolvido em espuma de sabão, ela respirou fundo.
Santo Deus, o que lhe acontecera?
Teria sido influência de Anahí e seus pensamentos sugestivos? A mulher praticamente admitira que ela e Manuel estavam lá num lugar de encontro ilícito. E pusera a ideia na cabeça de Dulce, insinuando que ela e Christopher estavam nas mesmas condições.
A porta do banheiro se abriu. Usando um robe também, Christopher entrou na saleta. Barbeado, penteado. Parou e com expressão serena disse:
— Vejo que encontrou minha surpresa — disse, chegando mais perto.
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Lance Indecente - VONDY [ FINALIZADA]
RomanceAté que ponto seria aceitável ser leiloada para salvar uma escola de falência? Vinte mil dólares! Esse foi o lance que Christopher ofereceu para ter um encontro intimo com a sensual professora Dulce. Passaria sete dias numa paradisíaca ilha nos tróp...