Capítulo 05

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O taxísta a reconheceu Marina:

- Você é aquela mulher que me pediu para levá-la no conselho tutelar outro dia,
não é?

Perguntou ele.

- Sim.

Respondeu ela nada animada com aquela conversa, pois, sabia onde eles chegariam:

- Me desculpe, mas, o que você fazia lá? Estava tão aflita, e me deixou ficar com aquela nota de cinquenta
reais, pode parecer uma "micharia", mas, não é todo mundo que faz uma coisa dessas assim do nada.

Marina estava a ponto de "explodir",então descidiu se abrir com aquele homem que parecia tão estranho e tão familiar ao mesmo tempo:

- É que minha irmã descobriu uma traição do marido, e que ele estava tentando fugir com o filho deles, então ela acabou atitando nele. Meu sobrinho ficou no conselho tutelar e meu cunhado está no hospital até hoje, ele teve uma piora nessa madrugada, eu preciso ver como ela está.

Exclareceu ela.

- Nossa!

Exclamou ele sem cerimônia.

- Que história. Tomara que ele melhore logo. Mas e seu sobrinho? Como ele está com essa história toda?

- Muito mal.

Começou ela.

- Ele tem onze anos, é só uma criança e não devia passar por isso tudo.

Eles chegaram ao hospital:

- Tome moça.

O taxista estendeu um cartão para ela.

- Obrigado, eu acho que vou te procurar muito ainda. Ela pagou pela corrida, e ele foi embora a deixando na porta do hospital. A recepcionista a reconheceu:

- Senhora Marina, o paciente Gilberto teve novamente una congunção e uma crise de ansiedade na qual ele acabou batendo com a cabeça contra a parede, e os médicos acabaram prefirindo levá-lo para a UTI.

Explicou a mulher.

- Quando posso vê-lo?

Perguntou Marina a outra.

- A visitação vai começar ás nove, mas se quiser posso ver se você pode entrar pelo menos uns quinze minutos mais cedo.

Respondeu Fernanda.

Tudo bem, obrigado!
Agradeceu Marina a recepcionista.

- Por nada! Estou sempre a disposição para ajudá-la!

A mulher saiu de trás do balcão, abriu uma porta e somiu por um corredor. Ela voltou cinco minutos depois:

- Pode entrar senhora,
eu consegui uma
autorização.

Informou Fernanda.

Ela indicou a direção e Marina foi em direção a UTI. Quando chegou ao quarto, ela ficou hororrizada: Ele estava pálido, cedado e a cedação parecia estar acabando, pois, o homem já começava a delirar:

- Diego... Diego... Não vai me deixar... Ele é muito apegado a mim... Sem ele eu não vou a lugar nenhum...

Ao ouvir essa frase, o ódio de Marina aumentou:

- Você não presta!

Murmurou ela baixo. Teve vontade de sair daquela sala naquele momento, mas, achou desrespeitoso de sua parte em relação à Fernanda, que conseguira aquela autorização. Ele continuava a delirar:

- Filho... Nunca mais vou deixar você com aquela infeliz... Nunca mais!

Um tempo depois, uma enfermeira chegou a porta da UTI:

Um erro extremamente valorosoOnde histórias criam vida. Descubra agora