- Bom dia, mãe!
O rapaz cumprimentou.
- Bom dia, meu filho. Como você está?
Respondeu a mãe de Gustavo.
- Estou bem, meu filho.
Respondeu a irmã de Elizabeth.
- E o Maurício? Você tem alguma notícia dele?
Perguntou a mulher.
- Ainda não, eu fui cedo lá na sala da assistente social ela foi conversar com a médica dele, mas, ela não avaliou ele ainda.
Apesar do gênio forte dele, eu me preocupo com ele, afinal de contas, apesar de tudo ele é o meu pai.
Disse Gustavo.
- Tenho medo dessa aproximação sua com ele... Tenho medo que você se machuque e que ele se aproveite de você.
Confessou Marina.
- Faz um tempo que eu me aproximei dele, mãe. A senhora não acha que eu já o conheço o bastante para tirar as minhas próprias conclusões sobre as atitudes dele?
Perguntou Gustavo.
- O que tem de "lobo desfarçado em pele de cordeiro" por aí não é brincadeira, meu filho e eu lamento em dizer isso, mas, seu pai - aliás seu pai não, aquele homem lá - é um desses casos.
Alertou a mãe do rapaz.
- Eu sei, mãe, mas, como você e meu pai sempre me ensinaram, todas as pessoas erram e todas merecem uma segunda chance na vida. Quem não errou, que atire a primeira pedra.
Disse o namorado de Roberta.
- Isso se aplica a todas as pessoas do mundo, menos ao Maurício.
Disse Marina com deboche.
- Eu quero te contar uma coisa...
Começou Gustavo, mudando completamente o rumo da conversa entre mãe e filho:
- O que houve?
A mãe de Gustavo perguntou um pouco preucupada e curiosa:
- Hoje eu vou tentar contato com o hospital onde eu e meu pai ficamos internados na época do acidente.
Eu não me conformo com o que diz na certidão de óbito.
Para mim, aquele diagnóstico foi muito vago. Quero conversar com os legistas que elaboraram a certidão.
Explicou Gustavo.
- Você tem certeza disso, meu filho? Remexer nessa história vai te machucar muito, sem contar, que nem sabemos se surtirá algum efeito.
Infelizmente ele se foi e não podemos nada para que ele volte.
Disse Marina.
- Eu sei, mãe, mas se trata do meu pai e eu tenho obrigação de honrar a memória dele.
Disse Gustavo.
- Tenho medo, meu filho... Medo do que você pode descobrir... Medo de passarmos pela mesma dor de seis anos atrás e não valer de nada.
Disse a irmã de Elizabeth.
- Eu sei disso, mãe, tenho conhecimento de todo esse risco, mesmo assim, eu quero tentar e tenho certeza que vou achar uma resposta... Seja ela tranquilizadora ou apavorante.
Respondeu o rapaz.
- Credo, meu filho. Não fale...
Marina foi interompida por Thaís que chegou na porta do quarto:
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Um erro extremamente valoroso
RandomEles pareciam uma familia feliz, mas, na verdade, cada um tinha o seu segredo: A esposa que escondera uma gravidez do marido por medo de ser abandonada... O marido que imaginando que Diego era seu primeiro filho e sem saber que já tinha uma filha ad...