Capítulo 30

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Helena entrou no consultório médico:

- Bom dia!

Ela cumprientou a médica que lhe respondeu com um sorisso:

- Bom dia, dona Helena. Eu sou a Jéssica. Em que eu posso ajudá-la?

- Bom doutora, é que já faz alguns dias que venho sentindo enjoos, tonturas, não consigo me alimentar direito.

Explicou a esposa de Celso. A médica ficou analisando a situação:

- O seu ciclo menstrual está normal?

- Não. Faz alguns dias que ela não vem.

Disse a esposa de Celso.

- A senhora tem todos os sintomas de uma mulher grávida.

Respondeu a médica.

-Desculpe Jéssica, quero dizer doutora Jéssica, mas, eu acho que não... Fazem três anos que eu e meu marido estamos casados e eu venho tentando engravidar desde então, mas, sem sucesso.

Explicou Helena.

- A senhora já fez algum daqueles testes de farmácia?

Perguntou a médica.

- Não.

Respondeu Helena.

- Vamos fazer o ultrassom e tirar essa dúvida.

Disse Jéssica.

- Eu posso chamar o meu marido para ele acompalhar o ultrassom?

Perguntou Helena.

- Sim senhora.

Respondeu Jéssica. Helena chegou perto do marido:

- A médica pediu para que eu fizesse um ultrassom. Eu quero que você assista.

Ela disee e muitas perguntas surgiram na cabeça de Celso, mas, ele preferiu seguir a esposa e fazer suas perguntas depois.

Já no consultório, o casal estava apreensivo:

- Pronto! Já tenho o diagnóstico.

Disse a médica.

- É alguma coisa grave?

Perguntou Helena. Jéssica olhou para o casal e num sorriso respondeu:

- Parabéns papais!

Celso e Helena não podiam acreditar no que haviam acabado de ouvir:

- Doutora... Doutora, a senhora está falando sério?

Perguntou Celso.

- Sim senhor... Vocês vão ter um filho ou uma filha.

- Eu não acredito... Essa é a frase que sonho ouvir a muitos anos e aqui agora estou ouvindo.

Tem uma vida sendo gerada dentro de mim.

Confessou Helena.

- Eu peço que tome muito cuidado. É uma gravidez que precisa ser tratada com bastante delicadeza, visto que você mesma me relatou que não conseguia engravidar, então não se esqueça:

Bastante repouso e nada de faltar a consultas e exames pré-natal, ok?

Perguntou a médica.

- Sim doutora.

Disse Helena e junto com Celso saiu do consultório:

- Isso só pode ser um sonho.

Disse a mulher com lágrimas que desciam incontrolávelmente pelos seus olhos.

- Vamos contar para todo mundo. Eu mal posso esperar para contar para os quatro cantos que vamos ser pais...

Aliás, você acha que vai ser um menino ou uma menina? E se for os dois? Gêmeos? Trigêmeos?

Celso estava eufórico.

- Calma, meu amor, vamos deixar o tempo passar.

Pediu Helena.

- Eu sei, desculpa meu amor. É que a minha felicidade é tanta que parece que meu coração vai sair pela boca.

Confessou o marido. Aquele dia foi bem diferente dos que o casal havia passado. Na cabeça de Helena se passava um filme, desde o primeiro dia em que fizera um teste de gravidez e o resultado negativo a fizera chorar tanto e na qual ela se perguntou:

- Será que um dia vou poder ser mãe?

E hoje esse dia havia chegado:

- Eu sei que não mereço tanta alegria, mas, fui tão honrada. Nada que eu fizer é suficiente para agradecer.

Ela dizia a si mesma. Celso ligou novamente para Eva:

- Oi!

Ela cumprientou sem muita impolgação.

- Mãe, eu acabei de chegar do consultório com a Helena.

Ele disse.

- Sim e daí? Eu já deixei bem claro que não quero saber nada sobre essa mulher.

Disse a mãe do homem.

- A Helena está grávida, mãe. Você tem noção de como eu me sinto?

O filho perguntou.

- Não tenho noção, Celso, mas, se eu fosse você estaria em desespero.

Eva disse com deboche.

- Que isso, mãe? Você não tem noção que eu realizei um sonho? Um dos meus maiores sonhos por sinal.

Celso censurou a própria mãe.

- Filho, você não percebe? A Helena com certeza só inventou a essa história de não poder ter filhos para te prender a ela e agora que convém a ela a esperta só deixou tudo acontecer. Justo agora que você está prestes a receber a sua parte na herança do seu pai.

Vai por mim, saí dessa furada enquanto é tempo.

Eva disse e Celso com lágrimas nos olhos por não ter recebido um mínimo parabéns de sua própria mãe lhe disse:

- Quer saber de uma coisa, mãe? Pode ficar com toda a parte da herança do meu pai que cabe a mim se é isso que te impede de abençoar a minha felicidade é essa porcaria desse dinheiro todo para a senhora.

Vai fazer uma boa ação, ajudar crianças carentes, ajudar na distribuição de comida para moradores de rua, faz qualquer coisa, mas, pelo menos finja que está feliz por mim. Eu espero que um dia peça perdão a Helena por tratá-la tão mal e sem o mínimo motivo.

- Esculta aqui, Celso, Eva Machado não pede perdão, até dá, mas, pedir nem pensar.

Meu Deus do céu, só de pensar que seu pai queria te mandar para o colégio militar e eu como uma boa mãe coruja não quis deixar e te mandei para um colégio particular.

O Adolfo deve estar revirando no túmulo. Que vexame, Celso. Que vexame.

- Tchau mãe!

Ele se despediu:

- Celso... Celso não ouse desligar esse celular porque eu ainda não terminei...

O homem desligou e já não ouviu mais nada. Eva dizia consigo mesma:

- Maldita, maldita, maldita Helena. Tanto fez que agora Celso está cego de amores por ela.

Celso por outro lado se perguntava:

- O que será que eu fiz para a minha mãe não ser capaz de abeçoar a minha felicidade?

Ele se perguntou e chorou amargamente.

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Até breve 💖

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