Capítulo 47

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Maurício estava em um hotel da cidade:

- Ah que decadência, francamente. Dormir nesse moquifo que esse povo chama de hotel.

Ah isso aqui não chega nem aos pés da minha suíte, mas, é o que tem para hoje.

Amanhã tudo vai voltar ao normal: Gustavo em casa, Marina morta ou quase isso e eu prestes a lançar um médico no mercado.

Ele disse e se deitou para dormir. Gustavo chegou no hospital e foi até o quarto de sua mãe:

- Oi mãe. Como você está?

Ele perguntou com um sorisso no rosto.

- B... Em filho.

Marina respondeu.

- Que isso, mãe? Você estava bem - ou aparentemente bem- quando saí daqui e agora está com a voz toda cortada, com um cansaço visível. Me conta o que aconteceu, assim eu fico um pouco menos preucupado.

Pediu o filho.

- E... Eu passei um pouco de mal, filho, mas... Mas, agora já está tudo bem.

A mulher tentou confortar o filho.

- Quê?! Como ninguém me avisou nada? Para que eu deixei a droga do meu número de celular com a recepcionista?

Gustavo perguntou irritado.

- Calma, filho. Está tudo bem agora.

A mulher tentava tranquilizar o namorado de Roberta.

- Ai mãe, que pessoal irresponsável, que raiva! Eu vou ir falar com a diretoria e espero que tenham uma ótima explicação para me dar.

O filho disse e saiu de perto da mãe. Enquanto isso, Maurício estava sem sono no hotel:

- Que droga de insônia. Será que eu ligo para Gustavo para dar os pêsames? Claro!

Ele mesmo se respondeu.

Preciso me fazer de bom pai, mesmo que disso não tenha nada.

Preciso fazer Gustavo perceber que só tem a mim e a ninguém mais a partir de hoje.

Maurício pegou o celular e ligou para o filho:

- Atende, moleque imbecil.

Ele pediu oivindo os bips do outro lado da linha. Por fim, ouviu a mensagem eletrônica do outro lado da linha:

" Oi, você ligou para o Gustavo. No momento não posso atender, mas, deixe a sua mensagem que retornarei o mais rápido possível.

Vou tentar de novo. Quero falar agora, não tenho nada que ficar esperando a boa vontade dele.

Gustavo ainda estava conversando com a mãe quando o celular tocou:

- Eu vou lá fora para atender.

Comunicou o rapaz.

Tudo bem.

Concordou Marina e o filho saiu do quarto para atender a chamada:

- Oi pai!

Ele cumprimentou de forma cordial, Maurício por outro lado, fingiu uma voz embargada:

- Oi filho... Eu imagino como está a sua cabecinha... Sinto muito, muito mesmo, mas, olha o papai está aqui, tá bom?

Gustavo estranhou a fala do pai e perguntou sorindo:

- Pai, o senhor está bêbado?

- Que isso, Gustavo? Que falta de respeito é essa comigo? Eu te ligo para te dar os pêsames pela morte da sua mãe e você me trata desse jeito?

Um erro extremamente valorosoOnde histórias criam vida. Descubra agora