- Olha vovó. Emma Miu! Ela mostrou o bloquinho para mamãe.
- Que nome mais lindo! Mamãe disse a ela que sorriu concordando.
- Por falar nisso, Zel pode entrar com os papéis para a adoção?
- Já fiz isso quando assinamos a Ata de audiência.
-Que bom! Não é meu amor? Peguei Emma nos braços.
- Uhum. Mommy, té pepeta. Disse coçando os olhinhos.
- Pega pra mim Zel. Está no meu casaco.
- Olha o que eu tenho aqui. Uma pepeta rosa? De quem será? Ela disse pertinho de nós.
- De Emma!
- Own, bebê lindo da titia. Zel colocou a chupeta na boca dela e ela se deitou meu ombro, fechando os olhinhos.
- O que estão pensando para o Natal? Mamãe, Emma e eu iremos para o rancho. Foi lá que passei quase todos os meus natais quando criança e quero mostrar a Emma.
- Ainda não marcamos nada. Granny irá viajar para a casa de uma amiga. Zel disse.
- Venham conosco. Eu falei.
- Verei com Ruby.
- O que tem a Ruby? A própria perguntou.
- Natal no rancho Mills meu amor. Zel disse.
- Tô dentro.
- Então está decidido. Natal no rancho Mills.
- Que bom! Eu disse feliz, estar com minhas amigas e minha família seria maravilhoso.
- Nós queremos dar um presente para Emma, tudo bem? Zel disse.
- Não precisa Zel, você fez muito por nós hoje.
- Me deixe mimar a bebê mais fofa do mundo, aliás nos deixe porque Ruby é boba em Emma.
- E ama muito as titias delas.
Sorrimos juntas quando Ruby chegou fazendo carinho nos cabelos do meu bebê e nos abraçando.
Acordei com Emma praticamente deitada sobre meu corpo, ressonava baixinho com a chupeta rosa na boca. Duas semanas haviam se passado e Emma estava agitadíssima com o natal. Claro, depois que Ruby explicou a ela o que era “o natal” meu bebê estava em êxtase pela possibilidade de ver o Papai Noel, as renas, o trenó e tudo mais – aliás, renas não, o Rudolph porque obviamente Ruby contou o nome delas e elas assistiram Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho (2 vezes) e agora não podemos falar “renas” tem que ser o nome delas.
Olhei para Emma adormecida por um bom tempo. Ela é encantadora e minha.
Minha pequena Mills.
Lembrar que ela agora é uma Mills sempre faz as borboletas no meu estômago se agitarem e um sorriso surgir nos meus lábios.
O destino é tão imprevisível. Pensando no agora e nos sentimentos que tenho dentro de mim por Emma vejo que minha felicidade o meu felizes para sempre não é um romance – já tive minha cota disso.
Estava destinada a um amor puro e com uma entrega tão grande, que não é algo que me completa mas sim que trasborda.
Amar Emma me faz ser uma pessoa melhor, me faz feliz com tanta intensidade que tenho vontade de chorar. Mas chorar de alegria e felicidade quando ela me de mommy ou quando diz que me ama ou simplesmente quando me sorri.
Cantei baixinho sentindo meu bebê começando a acordar.
“Talvez ela saiba de cor/tudo que eu preciso sentir/pedra preciosa de olhar/ela só precisa existi/pra me completar”
- Budia moooommy. Ela disse bocejando e me olhando com os olhos verdes amorosos e felizes.
- Bom dia meu amor. Puxei ela para um abraço.
- Vamos tanta maisi? Peegubtou coçando os olhinhos.
- E o que você quer cantar?
- Nooootê feeeeeliz...ela começou a cantar mas parou e me olhou pensativa.
- Essa não pode mommy, não tá de noite.
- Hahahaha realmente meu amor. Você é muito esperta, sabia?
- Uhum. Balançou a cabeça com a carinha sapeca e eu apertei ela entre meus braços. Ela se aconchegou e ficamos juntinhas apreciando a companhia uma da outra.
- Já é natal mommy? Ela disse depois de uns minutos. Eu sorri hoje havia demorado mais, normalmente e a primeira coisa que ela perguntava.