O 49 não é capítulo...e não se encaixa hoje que estou reportando no agarrada
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- Eu ouvi os interessados na “guarda” da Srta Swan através de seus advogados que se expressaram sobre a capacidade de zelar pelo bem estar da mesma. Ouvi a assistente social do caso e sua opinião profissional e pessoal sobre esse caso. Porém, ainda não ouvi a pessoa que será afetada diretamente pela decisão que aqui será tomada.
- Meirinho, traga Emma Swan a sala.
- Zel, é normal ela ser chamada? Eu perguntei.
- É sim. Lembre- se querida, é o bem estar dela que o Juiz Solomon quer assegurar. Eu acenei concordando.
O meirinho entrou na sala com Emma a seu lado, segurando sua mão e em passos miúdos. Ela estava com medo, eu podia sentir de longe, pois amassava com os dedinhos a barra do vestido que mamãe havia para ela.
Ela correu os olhos pela sala e assim que me viu, saiu correndo, soltando a mão do meirinho que ainda tentou pega-la, mas o Juiz fez um gesto de cabeça negando.
- Mommy! Jogou- se nos meus braços me esmagando em um abraço apertado e a coloquei sentada nas minhas pernas.
- Ei bebê, tudo bem?
- Nãoooo. Vovó não tis dá a pepeta. Falou cruzando os bracinhos com dificuldade por causa do gesso.
- Daqui a pouco você ganha a sua chupeta. Falei baixinho no ouvido dela, porém a sala em silêncio fez o som se propagar.
- Meritíssimo, é exatamente isso que um cliente quer evitar ao requerer a guarda da irmã. Ele consultou um especialista sobre isso e a resposta para uma cura não é fazer as vontades da Srta Swan. Muito menos infantilizá-la, como vem sendo feito.
- Com sua permissão Meritíssimo, o Dr Archer encontra-se do lado de fora dessa sala e se dispôs a esclarecer possíveis questionamentos sobre a condição as Srta Swan.
- Concedida. Meirinho, chame o Dr Archer.
Após alguns minutos o Dr Archer entrou na sala.
- Mommy o Dôto Ach tamem veio. Disse cochichando no estilo Emma.
- Veio sim meu amor. Agora vamos ouvir o que ele vai falar, ok?
- Kay. Tadê a pepeta? Me perguntou novamente.
Olhei para Zel que deu de ombros. Olhei para o Juiz Solomom.
- Vá em frente Srta Mills. Não se nega um pedido assim.
Tirei a chupeta rosa da bolsa e coloquei na boca dela. Ela se aquietou, aconchegando-se mais ao meu peito.
- Dr Archer, qual a sua opinião profissional sobre o caso da Srta Swan? Ouvi o Dr Stone falar em infantilização. O Juiz Solomon questionou.
- Há casos em que as pessoas infantilizam as outras por fetiche, castigo, etc. Isso existe. Porém, não é o caso da pequena Emma. Nela o infantilismo veio a tona com o trauma que ela sifreu com a morte do Sr e Sra Swan, essa fatalidade fez com que houvesse uma ruptura entre o passado e o presente, ou seja, a vida que ela tinha e não teria mais com os pais, foi apagada ou no mínimo está escondida numa parte da cabecinha dela. A mente dela foi para o momento onde ela era feliz – e quem não é feliz quando criança?
- É reversível? O Juiz perguntou.
- A mente é um mundo ainda muito desconhecido Meritíssimo. Ela pode se recordar dos pais um dia ou não lembra-los nunca mais.
- O tratamento que a Srta Mills dá a Srta Swan é prejudicial a uma possível melhora? Questionou novamente.
- Não. De forma alguma. A Srta Swan é uma criança Meritíssimo. A cabecinha dela é de uma criança. Não trata-la assim é que seria prejudicial, uma vez que ela não entenderia o porque das coisas e se sentiria incapaz.
- Obrigada pelos esclarecimentos Dr Archer.
- Se me permite Meritíssimo.
- Prossiga.
- A Srta Mills levou a pequena Emma para falar comigo várias vezes e venho acompanhando o caso dela de perto. O amor que há entre as duas é lindo. Não é a toa que Emma a chama de Mommy.
- Veja bem Meritíssimo, não é mãe ou mamãe – porque mesmo não lembrando ela já teve a Sra Swan – ela ciou uma forma nova de chamar alguém que ela tem no mais alto patamar, pois para uma criança a personificação de todas as coisas como amor, amizade, lealdade, confiança, segurança e respeito vem da figura materna.
Eu apertei Emma nos meus braços.
- Eu te amo. Falei baixinho no ouvido dela emocionada.
- Obrigada novamente. O Dr Archer sai deixando todos em silêncio novamente.
Zela estava calma e David discutia aos sussurros o Dr Stone.
O Juiz Solomon começou falar depois de separar os papéis do caso sobre a mesa.
- Como sabem uma audiência de guarda é uma, então minha decisão será hoje. Olhou a todos ali. Meu coração batia rápido.
- Emma? Ele chamou meu bebê, que focou a atenção nele com os olhinhos curiosos.
- Pode vir até aqui?
- Pode Mommy?
- Pode meu amor. A coloquei no chão e ela foi a passos lentos ate onde o Juiz estava. Ele a levantou e sentou na mesa de frente para ele e de costas para nós.
- Um matelo! Ela apontou o objeto de madeira.
- sim quer segura-lo?
- Té. Tadê os pegos. Vovó tamem tem pá pende a flor na ceica.
O Juiz sorriu pra ela mas duvido que tenha entendido o que ela falou pois falou rápido e com a chupeta na boca.
- Pode me dar a chupeta um pouco?
- A sua não tá limpinha? Mão suja na pepeta não poooode! Balançou o dedinho na frente do rosto dele.
Zelena engasgou segurando o riso.
O Juiz acenou que sim e ela entregou.
- Quem é Regina Mills?
- Mommy de Emma. Ela virou apontando pra mim e acenando um tchau sorrindo.
- Você gosta dela? Ele perguntou.
- Nonono. Meu bebê cantou o não e meu coração disparou.
- Não? Ele questionou.
- Emma ama Mommy.