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 - Estamos indo!
Ouço mamãe responder a alguém e sinto meu coração pulsar mais rápido ainda.
- Regina.
- É Emma? Eu tremia.
- Sim. Vamos para o hospital.
- Não! Ela está bem? As lágrimas já desciam pelo meu rosto.
Saímos de casa rapidamente indo em direção ao hospital.
Quando entramos no hospital Belle veio ao nosso encontro.
- Srta Mills.
- O que aconteceu? Ela ficou fora por menos que duas horas Srta French!
- Calma Srta Mills. Preciso que alguém preencha a ficha dela na recepção pois o Sr Swan não foi de grande ajuda com as informações.
- Eu irei querida. Me dê a carteira com os documentos dela. Mamãe disse já se encaminhando a recepção.
- O que aconteceu com ela? Onde ela está? Alguém me diga o que aconteceu!
- A médica a levou para fazer exames. Acalme-se, ela já está com medo e chamando por você.
- Me acalmar Srta French? Ela saiu de casa com aquele imbecil por ordem sua! Então a culpo pelo que quer que tenha acontecido, fique ciente! Ela não teve coragem para retrucar depois disso.
Eu já estava agoniada ali sem notícias.
- Meu bebê! Eu chorava já.
Olhei em direção a sala de espera e para minha surpresa a Dra White estava sentada ali com cara de tédio.
- O que faz aqui? Eu perguntei curta e grossa.
- Olá Srta Mills. Ela disse cínica.- Estou acompanhando David, ele está muito triste pelo que aconteceu!
Eu não via tristeza nenhuma.
- O que aconteceu exatamente?
- Ela estava aqui do nosso lado e no minuto seguinte tinha sumido. Ele disse olhando para trás de mim, ou seja falando para a Srta French.
- Ela nunca sairia sozinha! Alguma coisa aconteceu para ela fugir!
- Não aconteceu nada. Ela que não sabe nem atravessar uma rua! Disse revirando os olhos.
- Ela foi atropelada? Eu disse com a voz sufocada.
- O que você acha? Ingrid me respondeu.
- E ONDE EMMA ESTÁ?
- Regina? Astrid chamou.
- Astrid. Como ela está? Posso vê-la?
- Não vou mentir pra você, poderia ter sido um acidente fatal.
Senti minha cabeça girar e Astrid me empurrar para sentar.
- Estou bem. Falei assim que vi ela tirar o aparelho para medir pressão do bolso do jaleco.
- Posso vê-la Astrid?
- Pode sim. Na verdade preciso da sua ajuda. Ela precisa ficar calma no aparelho de tomografia e parece que o irmão dela não se deu bem nessa função.
- Doutora? Sou Belle French, assistente social designada para Emma Swan e o que a senhora quer dizer com ele não se deu bem? E preciso vê-la também.
- Claro. Sigam-me. Astrid disse nos encaminhando para dentro do hospital.
Ingrid se levantou para nos seguir porém antes que eu falasse alguma coisa Astrid foi categórica.
- O limite de acompanhantes dos pacientes são duas pessoas. Estou abrindo um “exceção” para a assistente social. Ela disse apontando para mamãe e eu, e Belle.
- Ótimo! Ela fez cara feia para nós.
- Doutora, podemos conversar após verificar a Srta Swan? Belle perguntou a Astrid que somente acenou confirmando.
Não sei se foi impressão minha mas Ingrid engoliu seco a troca de olhares entre elas.
Astrid entrou primeiro numa sala e nós três em seguida, tendo o desprazer de encontrar David Swan ali aparentemente falando com Emma e a fazendo chorar.
- Emma, deita nessa máquina e fica quieta! Anda!
- Meu bebê! Eu disse alto fazendo David se calar e indo até uma janela com vidro podendo ver Emma chorando do outro lado com uma tala no braço e sentada na máquina para fazer o exame e não deixando a enfermeira chegar perto.
- O que aconteceu Astrid? Mamãe questionou.
- Ela foi atropelada. Quebrou o braço esquerdo – ainda não engessamos porque a tomografia é mais importante e é pra isso que preciso de sua ajuda Regina.
- Ela está com medo Astrid. Posso ficar com ela?
- Sinto muito mas não. Porém ela pode te ouvir, consegue acalma-la? Preciso dela deitada na máquina para o exame.
Acenei que sim.
- Sr Swan, obrigada pela “ajuda” mas agora preciso que nos espere na recepção.
- Já estava resolvendo Dra Astrid.
- Eu preciso desse exame Sra Swan para poder cuidar do braço dela. Sabe, tirar a dor e não estava surtindo efeito o senhor esbravejando com ela. Ele fechou a cara e saiu.
- Vamos lá. Regina, faça sua mágica. E apontou um interfone.
- Emma.
Ela virou a cabecinha me procurando e se agitando ao som da minha oz.
- Mommy! Chorou tentando descer da máquina.
- Não amor. Quietinha. Ela ainda chorava mas parou de se mexer.
- Essa moça ai do seu lado é amiga da mommy e ela precisa deitar você nessa máquina legal. Você pode fazer isso pra mommy? Ela balançou a cabeça concordando e deixando a enfermeira ajeita-la para o exame.
- Regina, ela precisa ficar deitada para o exame. Astrid me disse.
- Meu bebê, você tem que fixar deitadinha ai, tá bom? Assim que acabar a mommy vai abraçar você.
A máquina foi ligada mas ela estava com medo e se levantou
- Não amor, deitadinha.
- Dodói mommy!
- Eu sei amor. E fiz a única coisa que podia no momento para ela ficar quietinha.
♫ Brilha Brilha Estrelinha, quero ver você brilhar♬ Lá no alto, lá no céu, num desenho de cordel♫ Brilha Brilha Estrelinha, baila linda bailarina♬
Astrid sorriu pra mim, levantando o polegar. O exame foi finalizado e a enfermeira trouxe Emma pra mim.

MOMMYOnde histórias criam vida. Descubra agora