No carro Emma chorava baixinho encolhida no banco.
- Cale essa boca! Ou darei motivos para você chorar de verdade! David gritou.
Emma se encolheu mais ainda, estava com medo.
Rodaram por um tempo até chegar na pracinha.
- Vamos desça dai. Ele disse puxando-a de dentro do carro e seguindo em direção a um banco.
- Querida. Cheguei!
- Que demora meu príncipe! Emma levantou a cabeça ao ouvir aquela voz.
- Emma Swan! Que desprazer. Ingrid disse para a menina se virando pra beijar David.
- Cuidado com o que fala Ingrid!
- Ela é idiota. E logo estará em casa também.
-Casa? Mommy? Emma perguntou com esperança na voz.
- Que coisa ridícula. Ela não é sua mãe idiota! Ingrid disse dando um tapinha na testa dela.
- Ouch! Emma passou a mão pela testa.
- Ela não pode estar machucada ok. A assistente social vai vir aqui ver como ela está. David disse.
- Que conversa é essa de assistente social? Ingrid questionou.
Emma ficou ali em pé enquanto Ingrid e David falavam sobre tudo que tinha acontecido.
- Você é uma sortuda não é idiota? Regina Mills caiu de amores por você!
- Mommy!
- Pare de falar assim! Me irrita! David falou.
- Como faremos para ficar com o seguro que seus pais fizeram pra ela se a Mills ficar com ela?
- Ela não ficará com a Mills! Minha irmãzinha me deve muita coisa que foi tirada de mim quando os meus “amados pais” resolveram ter essa peste.
- Você sabe que podemos arrumar uma grana boa com essa versão babygirl da sua irmãzinha idiota?
- Como? David se interessou.
Ingrid se aproximou de Emma andando ao redor da pequena que tremia de medo.
- Tem muitas pessoas que têm fetiches com infantilismo. Falou passando a mão pelo rostinho da menina.
- Você conhece alguém?
- O seu “médico” Harris, curte por exemplo.
- E de quanto dinheiro estamos falando Ingrid?
- David meu querido entenda: gostos exóticos são caros!
Ambos olharam para Emma que estava quieta desde que chegou.
- De um jeito ou de outro meu príncipe. Não disse. E começaram a conversar sobre o que fariam com o dinheiro.
Ficaram conversando por um bom tempo, ignoraram a menina quase o tempo todo e só lhe dirigiam palavras para insulta-la. Nem ofereceram um lugar no banco para que ela se sentasse então depois de ficar em pé por um longo tempo as perninhas já cansadas, ela se sentou no chão.
- Já deve estar quase na hora daquela assistente social aparecer por aqui. David disse.
- E o que tem? Ingrid perguntou.
- Às vezes você é tão burra. Preciso ser o “irmão amoroso e preocupado” dessa dai. Senão tchau grana. E tchau David.
- Greg entrou em contato? Ingrid perguntou.
- Não. Ele é sistemático com prazos, então não aparecerá até lá.
- Ele me dá arrepios.
- Me dê algum dinheiro. Preciso comprar sorvete pra essa peste. David falou.
Ele foi até a sorveteria e comprou um potinho de sorvete de morango.
- Aqui. Seu sorvete. Entregou o pote nas mais da menina.
Como estava com sede e fome Emma nem se importou por não ser de chocolate e começou a comer rapidamente. E como esperado fez a maior bagunça. Sujou roupa, o rosto, as mãozinhas.
- Mas que idiota! Ingrid deu um tapa na testa de Emma pela bagunça feita com o sorvete.
- Pqp! Você não sabe nem comer? David disse com raiva e puxou ela pela camisetinha, dando um solavanco na menina pra frente – assustando Emma – e rasgando a gola da camiseta.
- Temos que dar um jeito nisso. A assistente social vai chegar e encontrar ela desse jeito.
- Que raiva! Aquela Mills me ofereceu uma bolsa mas eu não peguei.
- Idiota! Ela devia saber que isso aconteceria e você quis ser esperto. Olha ai no que deu.
- Não fale assim comigo Ingrid! Foi você que arrumou essa confusão ao deixar ela sair da clínica!
Os dois começaram a discutir e não repararam numa pequena loira que já saia da praça a procura da mommy.