Durante a madrugada acordei com Emma agitada, mas ainda dormindo. Assim que a toquei, senti a pele dela úmida e quente.
- Ei meu amor? Passei a mão na testa dela tirando o cabelo loiro que tinha grudado ali e puxando o edredom que a cobria para os lados. Ela gemia ainda dormindo.
Fui até o quarto de mamãe, precisava de ajuda.
- Mamãe?
- Oi minha querida.
- Emma está quente. Tem um termômetro aqui em casa?
- Na gaveta a direita no banheiro no kit de primeiro socorro, é uma chupeta termômetro. Disse mamãe já levantando e seguindo para meu quarto.
Quando entrei em meu quarto novamente, mamãe estava puxando as cobertas de cima de Emma que havia se escondido no meio da cama.
- Ela precisa sair dai debaixo querida.
- Ela entrou novamente, eu tinha tirado tudo.
- Emma? Vem com a mommy meu amor. Falei já puxando ela para meu braços e colocando a chupeta termômetro na boca dela.
Ela estava tremendo de frio nos meus braços e ainda estava meio dormindo.
Mamãe se sentou ao meu lado.
- O termômetro está marcando trinta e nove Regina, precisamos baixar a febre dela.
- E o que eu faço?
- Eu vou pegar um antitérmico lá na cozinha para ela tomar e você pode dar um banho nela, do morno para o frio.
- Mas ela está com frio mamãe.
- Por isso mesmo querida.
- Certo.
Enquanto mamãe descia, eu segui para o banheiro e enchi a banheira, logo fui buscar Emma.
Tirei toda a roupa dela e a fralda, meu bebê tremia tanto que dava dó. Assim que a coloquei na banheira ela gritou e se agitou toda nos meus braços, parecia um gatinho nervoso.
- Não, dodói! Dodói!
- Calma meu amor, isso é pro seu bem.
- Té mommy! Té mommy! Ela chorava e se debatia.
Eu já chorava junto com o meu bebê, mas consegui mantê-la dentro da banheira por mais algum tempo e senti a temperatura dela baixando um pouco. Sai do banheiro com Emma enrolada numa toalha grande e felpuda e batendo o queixo de frio.
- Minha querida você tem que se controlar para cuidar dela. Disse mamãe enxugando as minhas lágrimas.
- Eu sei mamãe, mas não consigo quando vejo que ela está chorando com dor.
- Eu sei querida, mas agora já passou. Coloque o termômetro novamente.
Emma estava irritada pelo banho frio e agora não queria aceitar a chupeta.
- Coloque na boca dela e segure querida.
Ela se debateu um pouco mas eu levantei com ela no colo e fiquei ninando ela.
- Shi shi shi é a mommy bebê. Tá tudo bem. Calma, a mamãe tá aqui.
E assim ela acalmou um pouco e se agarrou no meu pescoço, fungando.
- Traga ela aqui Regina.
- A febre baixou um pouco e com o antitérmico acredito que ela melhore. E se estiver com dor esse remédio é analgésico também.
- Ela não vai querer tomar mamãe, o gosto disso é horrível.
- Ela mamou antes de dormir?
- Não, ela apagou assim que deitou na cama.
- Ótimo, ela deve estar com fome. Pingarei o remédio na boca dela e você pode dar o peito que ela aceitará e ficará calma.
- Ok.
- Mas preciso que segure os bracinhos dela pra que ela tome o remédio. Acenei que sim com a cabeça.
Mas falar foi fácil, difícil foi segurar ela quieta.
Eu a abracei segurando os bracinhos e mamãe apertou de cada lado das bochechas vermelhinhas dela formando um biquinho nós lábios rosados. Pingou umas vinte gotas do remédio e meu bebê já chorava novamente.
- Não vovó! É uim.
- Eu sei querida, já vai passar. Pronto Regina.
Puxei Emma para deitar na cama e a aninhei ao meu redor tirando ela da toalha úmida e colocando o seio na boca dela. Ela passou a sugar e se apertar mais a mim. Pude sentir a respiração dela acalmando e aos poucos a temperatura dela baixando enquanto ela mamava.
- Mamãe pode pegar uma fralda e uma camiseta para ela, por favor.
Mamãe somente confirmou com a cabeça e foi buscar o que pedi.
- Aqui querida. Vou me recolher, qualquer coisa me chame.
- Obrigada mamãe. Boa noite.
Emma já dormia então tirei ela do seio, coloquei a fralda e vesti a camiseta. Me deitei a seu lado e demorei a pegar no sono, estava com receio dela acordar com dor ou com febre novamente. Mas o cansaço se fez presente e acabei adormecendo.
