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Na manhã seguinte acordei cedo, muito cedo, aliás. Sorri ao ver Emma dormindo a sono solto toda largada como se a cama fosse somente dela - bebê folgado.
Assim que desci encontrei mamãe preparando o café da manhã.
- Bom dia mamãe.
- Bom dia querida. Dormiu bem?
- Sim.
- Ouvi Emma chorar a noite mas depois parou então acho que você se saiu bem com ela na primeira noite?
- Acho que sim. Preciso conversar com a senhora, mas antes praticarei um pouco de yoga no jardim.
- Fico tão feliz que esteja voltando ao normal querida.
- Eu também mamãe.
- Termino o café enquanto isso.
- Pode ficar de olho para ver se Emma não acorda por favor?
- Pode ir tranquila que irei vê-la daqui a pouco.
Quando voltei para dentro de casa fui direto para a suíte que havia no andar de baixo e tomei um banho para relaxar.
Chegando à cozinha ouço mamãe conversando com Emma.
- Você não vai comer nada mesmo? A vovó fez salada de frutas pra você.
- Emma té Gi!
- Ela já vem minha querida. Mas ela vai ficar triste se você ainda não tiver comido nada quando ela chegar.
- Emma té lêtinho!
- Aqui, a vovó fez leitinho com achocolatado para você. Nesse copinho bonito. Mamãe apontou o copinho com o bico furadinho.
- Não vovó, Emma té Gi! Ela falou cruzando os bracinhos e fazendo bico.
- Onde você vai? Mamãe perguntou quando viu Emma andando para sair da cozinha.
- Té Gi. Emma vai bucá!
Vejo o corpinho dela com uma calça legging vermelha e uma blusa das princesas e meias nos pés se precipitar correndo em direção a porta. Peguei-a no meio do caminho e joguei para o alto.
- Aonde vai com tanta pressa?
- Gi!
Ela grita e sinto ela se agarrar ao meu pescoço.
- Bom dia bebê.
E fui entrando na cozinha com ela agarrada ao meu corpo.
- Vovó! Emma bucô Gi!
- Eu vi. Agora vamos tomar café da manhã? 
Coloquei a menina no chão e sentei na cadeira em frente à mamãe. Iria preparar uma xícara de chá quando sinto Emma vir até mim e ficar no meio das minhas pernas me puxando e segurando meu rosto entre as mãozinhas.
- Emma té lête.
- A vovó não arrumou pra você no copinho? 
- Emma não té atele. Ela disse cruzando os braços e fazendo um biquinho lindo com os lábios.
Ela ficava fofa quando era contrariada.
- Certo, e depois do seu leitinho você vai comer as frutas que a vovó preparou?
Ela afirmou balançando a cabeça várias vezes confirmando.
- Então vem aqui.
Puxei-a para o meu colo e como estava de camiseta puxei-a para cima e tirei o seio do sutiã que por ser próprio para amamentação tinha uma abertura facilitando todo o processo. Emma abocanhou o seio e fechou os olhos, feliz e suspirando satisfeita.
 E eu olhei para mamãe, esperando que ela não me matasse.
- Mamãe, eu...
- Eu achei que isso não ia demorar a acontecer meu amor.
- Não está chateada? Sei lá, estranhando?
- Porque estaria?
- Bem mamãe, não é uma situação “normal”, não é?
- O que é normalidade meu amor? Coisas que as pessoas julgam estarem corretas? Mas quem pode me garantir que o certo é o que elas dizem?
- Eu não sei o que aconteceu, de verdade. Só sei que me sinto bem com ela assim, e ela fica feliz também.
- E eu mais feliz ainda. Você está feliz meu amor e isso eu posso ver nos seus olhos.
- E você não acha errado?
- O que exatamente?
- humm eu dar o seio a ela?
- Isso se chama amamentar meu amor. E é um ato de amor.
Mamãe disse essas palavras olhando para Emma. Eu a olhei e ela estava tão linda ali, eu via o biquinho nos lábios dela fechados no bico do meu seio e a sensação de estar ligada a ela me preencheu completamente, me fazendo sorrir.
Emma levantou a mãozinha e passou no meu rosto muito delicadamente, e eu pude ver nos olhos dela o quanto eu era importante pra ela. Beijei seus dedinhos e segurei sua mãozinha.
Ela soltou o bico fazendo um “ploc” baixinho e proferiu quatro letrinhas juntas que fizeram meu coração bater rápido.
- Mommy!
Eu arregalei os olhos e mamãe sorriu para mim.
- Quem é mommy?
- Gi! Mommy de Emma!
- Ah é?
-Uhum.
- Sim meu amor, mommy da Emma! Eu respondi e apertei-a num abraço cheio de carinho e amor.
- Agora que tal as frutas que a vovó preparou?
Coloquei-a na mesa e dei na boca dela toda a salada de frutas. Depois a deixei na sala e liguei a TV no Bob Esponja enquanto eu e mamãe arrumávamos a cozinha.
- Querida, nós temos que levá-la ao médico para ver se está tudo bem com ela e temos que conversar sobre a alimentação dela.
- Você conhece alguém mamãe?
- Vou falar com Astrid e ver se ela tem um horário ainda hoje.
Astrid era filha de uma amiga de mamãe e pelo que sei era a pediatra de Storybrooke.
- Astrid vai nos atender as 10:30 querida. Vou trocar Emma e me trocar para irmos.
- Quer que eu faça isso mamãe?
- Eu faço querida, gosto de vesti-la.
- Ok, espero aqui embaixo então.
Então mamãe subiu conversando com Emma sobre sair de carro e eu já podia sentir a empolgação na voz dela com o “caio” que ela gritou.

MOMMYOnde histórias criam vida. Descubra agora