Após o filme mamãe se despediu e seguiu para o seu quarto. Nós ainda ficamos pela sala até umas 23:00 jogando conversa fora, até Emma se aconchegar ao meu corpo e pedir a chupeta.
- Acho que já vamos indo meninas. Eu tenho uma bebê sonolenta aqui. Disse me levantando e pegando Emma nos braços.
- Nós vamos também. Zel disse me seguindo com Ruby ao seu lado sonolenta.
Nos demos boa noite e deitei Emma na cama, separei um pijama para nós duas e arrumei sobre a cama os itens para o meu bebê.
- Vamos banhar meu amor? Falei já tirando a roupinha dela.
- Vaaa-vaaamo mommy. Ela disse bocejando.
Entrei no box com ela nos braços e nos limpei, sai nos enrolando nas toalhas e nos vesti com Emma quase dormindo.
Apaguei as luzes e deixei um abajur aceso. Achei que ela já estava muito sonolenta para prestar atenção nas coisas e esse foi meu erro.
- Dorme bem meu bebê. Disse beijando a testa dela. Depois disso Emma coçou os olhinhos e sentou na cama com dificuldade pois ela estava com sono.
- Nonono, e não vai dumi. Disse fazendo bico e ficando em pé na cama, para depois cair de bunda no colchão.
- Vamos descansar um pouco. Você tá com soninho meu amor. Disse puxando ela para junto do meu corpo e sentindo ela relaxar.
Dois minutos ela se agitou novamente.
- No té dumi mommy. No té! Foi até a ponta da cama arrastando a barriguinha no colchão, mole de sono.
- Nananinanão. Disse puxando ela novamente.
- Vai cair aqui na ponta bebê.
- Desce! Desce! Começou a chorar.
Sentei encostada na cabeceira da cama e a trouxe para o colo. Emma estava com os olhos vermelhos, a voz mole de sono e chorando porque queria descer. Tirei a blusa do pijama e segurei o seio passando na boca dela. Ela fechou a boca em torno do bico e senti ela sugando meu leite. Ela estava tão disposta a não dormir que mamava e choramingava ao mesmo tempo fazendo o leite escorrer da boquinha – isso com os olhos turvos de sono.
Pensei “obrigada Ruby”.
Ficamos quase uma hora assim. Zel abriu a porta do quarto com Ruby atrás e Emma nem reparou.
- Difícil a noite hein. Zel disse.
-Me desculpe Regina, achei que ela esqueceria essa história quando o sono batesse. Falou fazendo cara de cachorro que caiu da mudança.
- Não precisa ficar com essa cara. Ela só está manhosa porque já passou da hora dela dormir. Eu disse vestindo a blusa e deitando Emma na cama.
- Qualquer coisa só nos chamar, ok? Ruby disse, Zel acenou e elas saíram.
Cinco minutos depois Emma acordou.
- Desce! Desce, mommy! Pu favô, desce. Voltou a chorar. Estava irritava de tanto sono.
- Meu amor, você tá cansada. Vamos dormir um pouquinho. Fiz carinho nos cabelos dela.
- Nonono mommy. Dumi não. O dinti vai leva o natal. Não pode mommy. Ela falou chorando muito, as lágrimas desciam pelo rostinho dela.
- Não chora amor. Peguei ela nos braços e comecei a nina-la.
- Não pode mommy. Tenão o Papai Noel não vem, nem Rudolph. Emma chorava de soluçar.
Resolveria isso agora.
Peguei edredom e sai do quarto com Emma agarrada ao meu pescoço e sentindo meu coração pequeno pelo choro dela.
- Calma meu bebê.
Nós enrolei no edredom e sentei no sofá em frente a árvore de natal.
- Ei meu amor – puxei o rostinho dela que estava escondido no meu pescoço – olha lá, a nossa árvore.
Ela olhou para a árvore parando de chorar.
- Te-temm es-estelinha mommy, o dinti não pegou. Ela disse fungando.
- Tem meu amor. Beijei-a, aninhando minha bebê no meu colo.
- Pode dormir, a mommy vai cuidar de tudo. Ninguém vai pegar nossa árvore nem nossa estrelinha.
Ela levantou a cabecinha me olhando nos olhos e deitou novamente no meu peito.
Como num passe de mágica, minha bebê se acalmou e dormiu aninhada ao meu lado no sofá.