Emma se agarrou a mim e eu a ela.
- Dodói mommy! Me mostrou o bracinho e a cabeça.
Antes que eu falasse qualquer coisa Astrid me chamou.
- Preciso que vá com ela para engessar o braço. Acenei que sim e segui a enfermeira. Mamãe foi nos esperar na recepção.
Quando chegamos na sala Emma foi anestesiada pois passou algum tempo com o braço quebrado sem o gesso por causa da tomografia e tiveram que “arrumar os ossinhos” antes e depois colocar o gesso no bracinho esquerdo do cotovelo a palminha da mão. Pelo menos anestesiada ela não sentiu nada durante todo o procedimento.
- Pronto Srta Mills. A Dra Astrid pediu para levá-la ao quarto para descansar e já irá até lá com os exames.
No quarto - que tinha somente uma cama, uma poltrona, uma mesinha com cadeira e um banheiro – coloquei Emma adormecida na cama e a enfermeira ajeitou ela nos deixando sozinha em seguida.
Astrid chegou com mamãe e Belle logo após.
- Como ela está? Eu questionei.
- Ela tem algumas escoriações pelo corpo e um inchaço na testa mas nenhum trauma. Foi feita radiografia e tomografia, mas ela está bem pode ficar tranquila.
- Bem?
Pensei: a última coisa que ela está é bem!
- Regina, ela está bem! Poderia ter sido pior, não ouviu Astrid? Mamãe me lembrou.
- Sim. É verdade mamãe.
- Quando ela poderá ir pra casa Astrid? Eu falei.
- Se pela manhã ela não apresentar nada de alteração já será liberada.
- Que bom.
- Farei outra visita mais tarde. Se ela acordar Regina, você pode alimenta-la. Piscou para mim.
Astrid saiu sendo acompanhada por Belle.
Fui para perto da cama e fiquei observando meu bebê. Toda machucada. Isso não estava certo!
Mamãe sentou-se na poltrona e estava trocando mensagem com alguém pelo celular.
- Avisei Zelena e Ruby, George e Granny.
Eu acenei mas não falei nada. Só olhava para Emma ali deitada, tão frágil.
- Acalme-se querida. Ela está bem agora.
Ia falar sobre isso mas Emma começou a se mexer na cama e a chorar.
- Bebê.
- Mommy! Mommy! Se agitou ao ouvir minha voz.
- Aqui. A mommy tá aqui.
Ela ainda estava sob efeito da anestesia pois os olhos estavam desfocados.
-Tolinho. Começou a se sentar na cama.
- Não amor. Deitadinha.
- Nãooooo. Duntinha. Chorou mais.
- Deite com ela querida
Deitei ao lado dela e no mesmo instante ela ficou quieta.
- Cheiro de mãe! Mamãe me disse.
Depois de duas horas ali fiz mamãe ir embora, afinal era cansativo e ela é uma senhora. Depois de uma hora que mamãe havia saído Zelena entrou.
- Como ela está?
- Dormindo desde que engessou o bracinho. Eu disse passando a mão no cabelinho dela.
- Eu trouxe a bolsa com as coisas dela e algumas pra você.
- Obrigada Zel.
- Ruby mandou um beijo, ela está lá fora.
- Fala que mandamos outro.
- Eu já vou, vocês precisam descansar e eu preciso resolver algumas coisas e falar com a Dra Astrid. Zel disse já me abraçando e deixando um beijo nos cabelos de Emma.
Como Emma ainda dormia tomei um banho no banheiro que havia no quarto dela e me ajeitei na poltrona. Fiquei olhando Emma por muito tempo até que adormeci.
Acordei com Emma se movimentando na cama. Abri os olhos e vi que ela estava sentada olhando ao redor até me ver.
- Ei meu amor. Fui até ela.
- Mo-mommy ! Começou a chorar.
- Shishi mommy tá aqui.
- Dodói! Apontou o braço. Depois a cabeça.
- Tá doendo muito meu bebê?
- Taaaaa! Tremeu os lábios.
Apertei o botão chamando a enfermeira e logo ela veio com uma bandeja nas mãos.
- Nossa paciente acordou!
- Sim, e está com dor.
- Dra Astrid deixou prescrito um remédio para quando ela acordasse.
Emma estava agarrada ao meu pescoço em pé sobre a cama choramingando e ao ver a seringa na bandeja passou a chorar com vontade.
- Nonono! Deção não mommy!
- É remedinho meu amor.
- Não! Dodói. Os olhos verdes estavam vermelhos pelo choro.
- Calma meu amor. Por favor, não tem outro jeito? Perguntei apontando para a seringa.
- Infelizmente não.
- Olha aqui pra mommy – peguei no rostinho dela – é pro seu bem, pra sarar! Tá bom, beijei o narizinho dela.
- Tá-a bo-booom. Ela disse gaguejando.
- Sente-se e deite-a de barriga pra baixo nas suas pernas. A enfermeira orientou.
Fiz o que ela disse e Emma tremia de medo, a enfermeira puxou a camisola pra cima e eu já desprendi a lateral da fralda.
Ela passou o algodão com álcool na pele da nádega direita e Emma se contraiu tentando olhar para trás.
Quando a agulha entrou na pele dela meu coração doeu. Ela chorou e se debateu.
- Pronto.
- Pronto bebê. Já passou. Trouxe ela para meus braços e ela se escondeu no meu pescoço chorando alto e sentido.
– Mãe, o local ficará dolorido e levemente inchado. Passará em 1 dia no máximo.
Ela saiu e levei Emma para a poltrona. Sentei e coloquei ela sentada em uma das minhas pernas – com a perna direita esticada para baixo – para não pressionar o local da injeção.
- Do-dodói!
- A mommy sabe, mas vai sarar agora. Meu bebê foi corajoso com a injeção. Beijei a testa dela.
Desabotoei a blusa toda, tirei a camisola dela tomando cuidado com o bracinho engessado e trouxe Emma para perto.
Contato. Nós duas estávamos precisando de contato.
Ela se ajeitou no meu corpo colando nossas barrigas e descendo a boca até achar o bico do seio. Ela não havia mamado hoje e pude ouvir nitidamente um suspiro satisfeito vindo dela e eu já sentia a sensação de amor incondicional me dominar.
- Tanta bila bila mommy? Ela perguntou soltando o seio.
- Só pra você!
Ela voltou a mamar vidrada no meu rosto enquanto me ouvia cantando baixinho pra ela.