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Fui na frente com Emma deitada no meu ombro e cantando alguma música que não identifiquei.
Sentei no sofá e logo Ruby e Zel se sentaram ao meu lado. Mamãe e Granny em outro deixando duas poltronas para o “convidado” escolher onde sentar. Emma desceu e estava sentada no chão entre as minhas pernas brincando com o celular da Zel.
- Então? Eu disse para mamãe.
- David foi atrás da irmã e descobriu na clínica que nós estamos com ela.
- Regina não é? Ele disse.
- Sim.
- Eu agradeço o que vem fazendo pela minha irmã mas agora eu já posso tomar conta dela.
- Você já está totalmente curado para – engoli em seco - cuidar dela? Olhei diretamente em seus olhos.
- Sim.
- Me desculpe David mas não é isso que estou vendo, afinal você saiu de um coma a pouco tempo não?
- Não é você quem tem que julgar se tenho condições de cuidar da MINHA IRMÃ ou não. Ele aumentou o tom de voz.
- Fale baixo dentro da minha casa!
- Mommy? Tolinho. Peguei Emma nos braços.
- Eu conversei com a Dra White e ela me explicou o que aconteceu com ela. Apontou para Emma e eu já fechei a cara ao ouvir aquele nome.
- E ela também me deu sua opinião profissional de que você está prejudicando a melhora dela. Fazendo as vontades dela e toda essa palhaçada que vi aqui hoje.
- Não fale idiotices. Ele trancou o maxilar em minha direção – Não se pode chamar de profissional a Dra White. Hora nenhuma ela visa o bem estar do paciente. Se você tivesse visto como Emma estava quando chegamos lá.
- Ela me disse como era o tratamento.
- E você concorda?
- No pay, no gain. Não é assim que dizem?
- Você não pode estar falando sério!
- Falo. E digo que minha mãe e meu pai foram moles com ela, sempre. Só porque ela nasceu “diferente”. Falou fazendo aspas com os dedos.
- Eu não posso acreditar que você está falando isso.
- Você não precisa entender nada. Só me entregar a minha irmã.
Ele não falava o nome dela e nem falava dela com carinho.
- Vamos nos acalmar.
- David? Granny chamou.
- Sim.
- Tem certeza que quer ficar com ela? Antes de tudo acontecer me lembro bem de você reclamando em como seus pais só pensavam na sua irmãzinha. E agora é isso que você está disposto a fazer? Pensar nela antes das suas necessidades?
- Ela ficará comigo Granny. Sou o responsável por ela e a única família que ela tem agora.
- Pense bem David. Emma agora precisa de mais atenção do que nunca.
- Com todo respeito Granny mas eu e minha irmã é problema meu e de mais ninguém! 
- Não é assim! Ela está bem aqui e gostaria que ela ficasse. Você pode vir visitá-la sempre que quiser. Eu propus.
- Não. Ela vem comigo.
- Por favor, ela já está aqui a quase um ano. Como você acha que ela vai ficar sendo tirada da casa dela assim?
- Aqui não é a casa dela!
- É sim, você não entende desse jeito mas é aqui que ela se sente segura.
- Coloque-a no chão!
- Não grite, ela se assusta.
- Mommy!
- Calma Regina. Mamãe me chamou.
- Eu tenho a guarda dela e se você não me entregá-la chamarei o sheriff para te falar que todos os direitos sobre ela são meus.
- Não estamos falando de um carro Sr Swan e sim de uma pessoa.
- Chega. Preciso ir embora e ela vai junto.
- David, está anoitecendo e querendo ou não você é um estranho pra ela agora. Mamãe disse.
- E eu sou o irmão dela mesmo ela não se lembrando!
- Você é. Só que pra ela você é só um estranho. Granny tentou fazê-lo entender.
- Como se sentiria se tivesse que sair da sua casa com um estranho no meio da noite. Zel perguntou pra ele.
- Ok. Entendi.
- Mas amanhã pela manhã venho buscá-la e irei levá-la.
- Pra quem saiu de um coma ele está bem agora. Ruby disse ao vê-lo sair andando firme e batendo a porta.
- Regina, amanhã não teremos escapatória. Ela terá que ir com ele.
- Ooooh meu Deus! Isso é um pesadelo!
- Eu vou ver pelos meios legais um jeito do nosso bebê voltar pra você Regina.
- Por favor Zel.
-Farei tudo que estiver ao meu alcance para Emma ficar com você. Mas , devo dizer para se preparar para o caso dela ter que ir com ele.
- Mas. Meu bebê. Como?
- Regina, cuide dela agora, e eu farei de tudo para que ela fique. Não fui com a cara dele! 
Somente acenei com a cabeça. Quando todos se despediram. Mamãe veio sentar ao meu lado e estava abatida.
- Nós daremos um jeito meu amor.
- Estou com medo mamãe.
- Ela ficará com medo amanhã minha querida. Temos que ser fortes por ela.
- Mo-mommy. Me chamou bocejando.
- Que tal um banho meu amor.
- Duntinho?
- É uma ótima ideia bebê da vovó. Leva a mamãe lá pra cima e faz ela preparar um banho de banheira pra vocês.
- Vamo mommy?
- Vamos meu amor.
Subi com Emma e apesar de estar devastada, sorri da alegria dela dentro da banheira. São momentos preciosos e afinal hoje ela ainda está comigo.
Eu olhava pra ela ali me chamando, conversando e brincando e eu sentia tanto amor por ela que meu coração poderia explodir só por vê-la sorrir pra mim.
- Emma ama mommy!
- Eu amo você também meu bebê.

MOMMYOnde histórias criam vida. Descubra agora