Reencontro.
É exatamente isso o que está acontecendo.
Eu nunca fui de acreditar muito em destino. Para mim, temos o que merecemos, nem mais nem menos. Nunca pensei que tudo o que eu fizesse era porque estava escrito em algum lugar e eu só estaria traçando um caminho que alguém já havia decidido para mim.
Mas, olhando para esses olhinhos verdes, cheios de lágrimas, e os olhinhos olhando de volta para mim. Não consigo pensar em outra explicação.
Eu não consigo tirar meus olhos dela. Meu coração bate em meu peito desenfreadamente e eu sinto lágrimas rolando pelo meu rosto.
E, quando ela aperta meu dedo com toda a sua mãozinha, sinto como se minhas preces tivessem sido atendidas. Como se fosse uma resposta a uma pergunta que eu havia me feito por muito tempo.
A certeza que eu precisava.
A certeza de que tudo que eu fiz em minha vida, cada decisão que eu tomei, cada passo que eu dei até hoje, era somente para que eu chegasse a esse momento. A ela.
Como se, finalmente, depois de tanto buscar, eu a reencontrei.
Todas essas sensações chegam de uma vez. Eu preciso me sentar.
Quando percebo, Kerem, que eu não me lembrava mais, está me ajudando a sentar em uma cadeira da cozinha.
-Hm. - Ele diz sem graça. – Tudo bem?
Eu balanço a cabeça. Não sei se afirmei ou neguei. Ele limpa a garganta.
-Você quer uma água?
Eu afirmo com a cabeça, e ele sai de perto.
A bebê ainda segura o meu dedo firmemente e eu me dou conta de que eu nem sei seu nome. Como posso me sentir assim? O que está acontecendo comigo?
Kerem volta da cozinha e, pela primeira vez, desde que a peguei no colo, eu o olho. Ele vê que ela ainda segura meu dedo e coloca o copo em cima da mesa.
-Hm. Então... Bom... – Ele está perdido. Será que foi algo tão grande que até ele conseguiu sentir?
-Qual é o nome dela? – Eu pergunto e ele parece aliviado por não precisar tocar no assunto.
-Ayla.
-É um nome bonito.
-Sim. Mas foi a mãe dela que escolheu. – Ele diz, mas não consigo detectar o que há de errado com o seu tom.
-Onde ela está? – Pergunto. – A mãe.
Ele suspira e vai até o balcão e pega um papel.
-Aparentemente ela tem prioridades maiores que a própria filha.
Kerem coloca a carta na minha frente para que eu possa ler.
-Ela simplesmente a deixou aqui? Sem falar nada com você?
-Sim. E sinceramente eu não sei se ela tivesse ficado teria sido melhor. - Ele se senta e passa a mão no rosto. Está exausto. – Ela simplesmente abandonou a filha comigo, que tipo de pessoa faz isso?
-Sua filha. – Eu o corrijo.
-Sim. – Ele diz com pesar pelo ato falho. – Minha filha.
-Você se lembra dela? – Eu pergunto, não é o mais importante agora, mas não sei o que falar.
-O que?
-Ela disse na carta que talvez você não se lembraria dela. Você se lembra?
-Porra, que tipo de imagem você tem de mim? – Ele pergunta e sorri um pouco.
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Someone to you
FanfictionKerem Bürsin é um dos maiores empresários da Turquia. Completamente viciado em trabalho, que não aceita erros ou brincadeiras que possam interferir em seu desenvolvimento profissional. Hande Erçel é totalmente o oposto, mas, por ordem do destino, se...