-Ayla! - Eu digo suspirando, assim que pego minha bebê no colo. Aperto-a ainda mais e sinto seu cheirinho de bebê.
Meu Deus, que saudade!
Já se passou quase uma semana desde que a deixei com Ipek, na festa. A minha vontade agora é de não solta-la nunca mais.
Ela começa a me dar beijos molhados na bochecha, mais tentando me morder. Eu limpo as lágrimas do meu rosto, sorrindo.
-Eu também senti sua falta, meu amor.
Ipek sorri. - Desculpa ter demorado tanto, Kerem é bem difícil quando quer.
Eu rolo os olhos. Eu que o diga.
-Por um momento pensei que não conseguiriam convencê-lo.
Ela e Anil demoraram mais do que planejamos para convencer Kerem a voltar para o escritório. Bom, era de se esperar vindo de uma pessoa tão teimosa quanto ele.
Ela bufa. - Bobagem. Vem, entra.
Ipek dá um passo para o lado, me deixando passar.
Sinto uma pontada no coração. Da última vez que estive aqui, tudo estava indo muito bem e é estranho entrar novamente na casa que morei por quase seis meses sem ele aqui. Penso se realmente foi uma boa ideia ter vindo. Todo o avanço que fiz durante a semana, tentando tornar as coisas mais suportáveis, se perdeu. Tudo voltou e está mil vezes pior.
Olho para Ayla sorrindo e brincando com meu cabelo e tiro esse pensamento da mente. Sim, estar aqui novamente vale a pena. Por ela.
-Tudo bem? - Ipek pergunta.
-Sim, claro. É só estranho estar aqui de novo.
Ela faz uma careta. - Eu imaginei. Mas fiquei com medo de sair com Ayla todos os dias para levá-la até você e ele voltar para casa. Acho que surtaria se não encontrasse a bebê aqui.
Eu concordo.
-Não, tudo bem. Eu estou aqui com Ayla e é tudo que importa.
-Certo. Vou terminar o almoço e deixar você aproveitá-la enquanto isso.
Eu sorrio em agradecimento.
-Então? - Eu falo para Ayla. - O que tem acontecido por aqui ultimamente?
Ela faz um barulho de bebê e passa as mãozinhas no meu rosto.
-Vamos dar uma volta.
Eu começo a andar pela casa e vou até o meu quarto de pintura. Ou melhor, o que costumava ser meu.
Abro a porta e tudo está exatamente do jeito que deixei. Até alguns pincéis sujos que havia me esquecido de limpar. Acho que Kerem não deve ter entrado aqui. Coloco-os de molho na água e saio, fechando a porta atrás de mim.
Subo as escadas e passo direto pelo quarto dele e vou para o meu. Paro quando percebo que ele não está como eu deixei.
Um lado da cama está amarrotado e, do outro, alguns documentos junto com brinquedos da Ayla e o notebook. Na mesa de cabeceira um livro com o marcador na metade. E algumas roupas de Kerem jogadas na cadeira de forma organizada.
Franzo as sobrancelhas, em confusão.
-Seu pai está dormindo aqui? - Pergunto, obviamente sem esperar resposta.
Pego uma bolsa no armário e coloco algumas das minhas coisas que deixei aqui e preciso levar embora. Ele não sentiria falta disso, não é?
Ouço Ipek chamar no andar de baixo e saio do quarto rapidamente, não há razão para ficar remoendo isso e aumentando o sofrimento.
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Someone to you
FanfictionKerem Bürsin é um dos maiores empresários da Turquia. Completamente viciado em trabalho, que não aceita erros ou brincadeiras que possam interferir em seu desenvolvimento profissional. Hande Erçel é totalmente o oposto, mas, por ordem do destino, se...