Sugestão de música: Dandelions– Ruth B
-☆-
4 anos depois...
-Eu com certeza não sentirei falta de ir ao banheiro a cada cinco minutos. – Eu digo.
Kerem resmunga.
-Eu te amo linda, mas eu espero ser o seu guindaste novamente só quando estivermos mais velhos.
Eu belisco sua barriga e ele reclama.
-Estou brincando.
Estamos a um tempo deitados de qualquer jeito nas almofadas do jardim, ou melhor, do jeito que a minha barriga de quase nove meses permite para aproveitarmos os últimos momentos de tranquilidade.
-Você pensou em mais algum nome? – Kerem pergunta, massageando os meus pés e eu suspiro.
-Só para meninos.
Ele revira os olhos. Decidimos não descobrir o sexo dessa vez, as crianças entraram na brincadeira de tentarem adivinhar e achamos legal esperarmos para ser uma surpresa. Segundo Kerem e o que ele diz ser o seu sexto sentido de pai, será uma menina.
-Qual? – Ele pergunta.
-Raif.
Ele ergue a sobrancelha surpreso.
-Eu gosto desse. Podemos deixar para o nosso próximo filho, porque dessa vez será uma menina.
É a minha vez de revirar os olhos.
-Sinceramente Kerem, no estado que eu estou agora, talvez a gente nunca mais faça sexo na vida.
Ele dá de ombro.
-Você disse isso da última vez...
-E olha onde nós estamos novamente, não é?
Kerem ri e segura minha mão, levando até os lábios e deixando um beijo na palma. Esse gesto me transporta para o dia do nascimento do nosso filho.
-☆-
4 anos e alguns meses atrás...
-Kerem! A mala! – Eu grito da cadeira de rodas.
Kerem literalmente me larga e volta quatro passos para pegar a bolsa esquecida. O que é suficiente para minha cadeira de rodas começar a andar sozinha. Ele volta correndo e me segura.
-Não entre em pânico. – Ele diz.
-Eu não estou em pânico. – Respondo achando graça.
-Que bom, porque não é motivo para ter. – Kerem exclama, alto demais para quem diz estar calmo.
Eu rio, mas apenas por alguns segundos antes de uma nova onda de contrações.
-Você está bem? – Pergunta.
-Sim, tudo certo. - Respondo, tentando controlar a respiração.
Do carro até a entrada do hospital, essa pergunta é repetida pelo menos mais cinco vezes.
-Para de me perguntar isso! Você será o primeiro a saber quando eu não estiver bem, eu te prometo.
O silêncio só durou até entrarmos no prédio e Kerem perceber que antes de irmos para a maternidade, era necessário preencher alguns papeis.
-Papelada? – Ele diz alto. – Isso é uma emergência!!!
Eu puxo pela camisa e o faço sentar ao meu lado.
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Someone to you
FanfictionKerem Bürsin é um dos maiores empresários da Turquia. Completamente viciado em trabalho, que não aceita erros ou brincadeiras que possam interferir em seu desenvolvimento profissional. Hande Erçel é totalmente o oposto, mas, por ordem do destino, se...