#37. H

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Estendo o braço para pegar a babá eletrônica assim que ouço Ayla se mexer e murmurar alguma coisa. Abro os olhos com dificuldade e olho para o vídeo do aparelho. Eu sorrio, ela está segurando as grades do berço, tentando se levantar. Fico observando por um tempo para ver se ela conseguirá, mas nada acontece. 

Kerem continua dormindo ao meu lado, deitado de bruços, com uma mão na minha cintura e a outra debaixo do travesseiro. Chegamos tarde da festa e fomos dormir mais tarde ainda. Quando acordei, há algumas horas atrás, fiquei observando enquanto ele dormia, sentindo meu coração bater acelerado só de olhar para ele. Então, assim que ele abriu os olhos, despejei tudo o que estava dentro de mim há um tempo, e ele me mostrou exatamente o quão feliz ele ficou e o quanto ele me ama de volta. E então nos permitimos dormir mais um pouquinho.  

Sorrio, deixando um beijo na sua mandíbula e sua mão me segura quando tento sair da cama.

-Onde você vai? - Ele pergunta, com a voz rouca.

-Buscar Ayla - Respondo - Ela acordou.

Mas ele não me solta, apenas me abraça mais e beija o encontro do meu pescoço com meu ombro.

-Nós vamos passar o dia juntos hoje, certo? - Pergunto e Kerem balança a cabeça, afirmando. - O que pensou em fazer? 

-Pensei que poderíamos tomar café juntos e então trazer suas coisas para cá. 

Eu sorrio para ele, incapaz de esconder a empolgação. 

-Você acha que tem espaço suficiente para minha coisas? Seus ternos não ficarão ofendidos, não?

Ele ri, fazendo cosquinhas na minha cintura. 

-Engraçadinha. Mas para sua informação, eu já organizei tudo. Limpei metade do closet para você, se precisar de mais espaço, daremos um jeito. Além do mais, você já tomou posse de metade do banheiro nos últimos dias mesmo. 

Eu passo meus braços pelo seu pescoço e o puxo para um abraço. 

-Ok. 

Ele sorri, me dando um beijo rápido. Ayla faz um barulho e nós dois olhamos para a câmera da babá e ficamos a observando. Kerem ri, quando ela tenta ficar em pé mas acaba caindo de bunda.

-Eu vou buscá-la, e te espero lá embaixo para comermos. 

Eu lhe dou um selinho rápido e me afasto, me levantando da cama. Quando chego na porta me viro para ele sorrindo, e recebo uma piscada em troca.

 Vou até o quarto de Ayla e ela sorri quando me vê, esticando os bracinhos. 

-Oi, meu amor! - Eu falo, a pegando do berço - Será que hoje você vai conseguir se levantar sozinha? 

Ela resmunga para mim, enrolando os bracinhos no meu pescoço. Pego o pequeno cesto de roupas sujas do seu quarto e desço. 

Na lavanderia, tiro as roupas que estavam prontas e coloco as sujas na máquina. Vou para a cozinha e preparo sua mamadeira e o café. 

Como Kerem ainda não desceu, coloco a bebida em uma xícara e entrego a mamadeira para Ayla, que segura com as duas mãozinhas antes de colocar na boca enquanto subimos. Abro a porta do quarto e o encontro dormindo, de costas. 

-Seu pai é um dorminhoco - Eu falo para ela, rindo.

Ela se estica no meu colo para olhar dentro do quarto, procurando pelo pai. Eu tenho que fazer um malabarismo para segurá-la, já que estou com o cesto com as roupas limpas debaixo do braço e a xícara na mão. 

Ayla solta um grito e gargalha, esticando os bracinhos para um Kerem desmaiado no colchão. 

Eu rio da sua animação, entrando no quarto com ela. Coloco a xícara na mesa de cabeceira e a cesta na poltrona antes de deixar Ayla sentada na cama. Ela esquece a mamadeira de lado e engatinha até chegar nas costas dele e deita em cima, como se fosse seu travesseiro. 

Someone to youOnde histórias criam vida. Descubra agora