#35. H

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Sugestão de música: You are the reason - Calum Scott

p.s.: volto a dizer, não sou médica, mas claro que fiz uma pesquisa no Dr. Google antes e por experiência própria. Então só embarquem comigo, ok? 

-☆-


-Oi. - Digo abrindo a porta da sala.

-Oi. - Kerem responde levantando o rosto sorrindo, mas quando vê o estado que provavelmente estou, franze a testa e vem em minha direção. - O que aconteceu?

Me sento na cadeira e apoio minha cabeça nas mãos. 

-Não estou me sentindo muito bem. 

-O que você tem? - Pergunta, jogando meu cabelo para trás e apertando levemente o meu ombro. 

-Minha cabeça parece que vai explodir. Acho que só estou cansada, com toda essa correria da festa. 

A festa de Halloween que Ipek decidiu fazer é no próximo final de semana e tudo que planejamos está dando errado agora. Nos últimos dias eu, ela e Gamze ficamos até tarde tentando resolver tudo, comprando ou arrumando o que falta. 

Kerem me observa por um instante. 

-Você não acha que tem que diminuir o ritmo não? Você tem se queixado muito ultimamente. 

Balanço a cabeça. - Eu vou ficar bem, só preciso dormir um pouco, parece que não durmo há dias. 

 -Tudo bem. Você está com fome? O que acha de uma sopa?

Faço uma careta só de pensar.

-Urgh! Não mesmo. 

Ele sorri um pouco, se aproximando mais de mim. Eu passo os braços ao redor dele e encosto minha cabeça na sua barriga. Kerem faz um carinho no meu cabelo antes de se abaixar e deixar um beijo na minha testa. 

-O que você quer comer então?

-Você vai preparar? - Pergunto, mantendo meus olhos fechados. 

Seu abdome treme com a risada. 

-Não, eu ia pedir. 

Balanço a cabeça. -Eu não quero nada agora. Só a minha cama. 

-Tudo bem. - Kerem diz, passando um braço pelas minhas costas e o outro atrás dos meus joelhos. 

-O que está fazendo? - Pergunto. 

-Te levando para o quarto. 

-Eu consigo andar... 

Ele acena. - Eu sei, mas qual é a graça disso? 

Eu não reclamo, apenas deito minha cabeça no seu ombro. Eu estou realmente cansada, parece que um trator passou por cima de mim. Não sei como consegui chegar em casa dirigindo sem dormir no volante. 

Kerem sobe as escadas e entra no seu quarto e me coloca em pé, ao lado da cama. 

-Esse quarto é seu. - Eu digo estupidamente, com os olhos quase fechando. 

-Eu sei. - Ele responde, puxando minha calça para baixo. 

-Ok. - Eu respondo, tirando um pé da calça quando ele dá um tapinha leve no meu tornozelo. Kerem repete o gesto com o outro. 

Eu ergo os braços quando ele puxa a barra da minha blusa. Kerem se afasta e eu me sento na cama, me sentindo zonza. Ele volta com uma camisa branca de algodão dele e me ajuda a vesti-la. 

Someone to youOnde histórias criam vida. Descubra agora