#43. H

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Sugestão de música: We're gonna be ok - Cody Francis

Antes de tudo: como sempre, procurei e li um pouco no google KKK então vocês que lutem pq eu faço engenharia e não direito/medicina (brinks, mas é sério!)

Bomm, espero que aproveitem, porque, como dizem... karma is a bitch!

P.s.: para as surtadas de plantão: relaxem e curtam o capítulo, não vai mais acontecer nada de ruim na fic, prometo!

-☆-

Observo Kerem ir até o closet, voltar com algumas roupas e colocar em cima da cama, antes de começar a dobrá-las para colocar na mala. Eu cruzo as pernas na poltrona, pensando em um jeito de começar o assunto.

Há dois dias, soubemos do acidente de Murat e, exceto para atualizar sobre a situação do irmão no hospital ou falar sobre a pressão que os acionistas estão colocando nele, Kerem tem evitado o assunto a todo custo.

Murat sofreu um grave acidente de carro enquanto tentava fugir. A polícia não sabe exatamente o que o tirou da pista, mas como ele estava em alta velocidade, não conseguiu desviar. Ele já havia saído do país quando o encontraram, então foi transferido para um hospital em Sófia, na Bulgária, onde já passou por duas cirurgias.

Desde que recebeu a ligação, Kerem decidiu que não iria até ele. Pediu para que Gunfer fosse e ficasse até que a secretária de Murat chegasse. Ele tem acompanhado a atualização do estado de saúde do irmão através de chamadas de vídeo com os médicos. É óbvio que eles não estão confortáveis com a situação, mas Kerem está irredutível quanto a isso.

Mas eu consigo ver o quanto ele está incomodado.

- Eu sei o que está pensando. - Ele diz, sem olhar para mim.

- Não sabe, não. - Eu o desafio.

Ele ri pelo nariz, debochando, como se eu fosse tola por pensar ao contrário. Eu reviro os olhos para ele.

-Eu sempre sei, Srta Erçel.

- Ah, é? No que eu estava pensando então, Sr. Bürsin?

Kerem levanta o rosto para olhar para mim.

-Você acha que, como precisarei ir até a cidade onde Murat está, eu deveria ir vê-lo no hospital também. - Ele me olha com um sorriso maroto. - Acertei?

Eu cruzo os braços no peito, emburrada.

-Sim, mas não precisa parecer tão presunçoso por isso.

Ele ri e se aproxima para me dar um beijo rápido, voltando para sua função de arrumar a mala.

Assim que os acionistas da empresa de Murat descobriram sobre o acidente, começaram a pressionar Kerem, para saber como ficará a situação. Eu me surpreendi com a pressa que eles começaram a cobrança, já que mal fazem três dias desde o acidente, mas Kerem explicou que eles tentam tirar Murat da presidência há anos e, por mais pesado que pareça, esse seria o momento perfeito. Quando o olhei chocada, ele apenas deu de ombros e disse: "empresários não são conhecidos exatamente por serem complacentes."

Enfim, alguns dos acionistas majoritários estão indo até Sófia para se reunirem com Anil e Kerem.

Racionalmente, eu sei que Murat merece ficar sozinho para o resto da sua vida, lidando com as consequências das suas ações. Mas... Eu suspiro alto e Kerem para de mexer nas roupas e suspira também. Ele se senta na cama, olhando para mim.

Someone to youOnde histórias criam vida. Descubra agora