Oito

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Alice

O despertador tocou as cinco como todos os dias, dessa vez foi difícil ver a hora pela tela do meu celular que estava toda trincada, só de lembrar o que causou aquilo já me fez ficar de mal humor. Aquele soberbo idiota! Onde já se viu me confundi com uma fã! Eu nunca ouvir falar em Peter Volman!Nunca! Espera aí...Peter Volman.

-MEU DEUS!

Dei um pulo da cama, eu conhecia o soberbo, que dizer não conhecia de fato, mas eu me lembrei que tinha feito um trabalho para a Unicef e me lembro de um jogador famoso na mesma campanha, lembro que ele foi o único que tinha chegado atrasado para a sessão de fotos e atrasou todo mundo. Que droga! E se ele me reconhecer?! Meu Deus como eu fui burra! Era para eu ter pesquisado melhor sobre a família de Gina e Landon. Se o soberbo descobrir quem eu sou ele vai me deletar.

Ainda estava muito cedo para eu começar a trabalhar, mas não conseguia voltar a dormir. Coloquei meu robe, preparei um café quentinho, não tinha comido nada na noite passada de tanta raiva que tinha ficado daquele metido, recusei a oferta de Gina so jantar mentindo que estava com dor de cabeça, para não ter que ficar no mesmo ambiente que aquele ser.

Peguei minha xicara de café e fui fazer o que geralmente eu andava fazendo todas as manhãs desde que cheguei aqui que era ver os cavalos nos estábulos. A manhã estava meio fria, mesmo ainda sendo verão, assim que cheguei estranhei por o estábulo está aberto, mas ainda era muito cedo, cumprimentei cada um dos cavalos e quando fui até a baia de Ruffs não o vi lá. Será que ele fugiu? Landon ainda não tinha trocado os fenos, então ele ainda não tinha passado pelo estábulo hoje. Coloquei minha xicara de café em uma porteira e sair procurando por Ruffs.

-Ruffs!

Olhei todo o estabulo e nada do cavalo. Corri para fora dele e olhei ao redor, se ele tivesse fugido seria difícil de emcontra-lo ou pior, alguém poderia ter o roubado. Desesperada corri na direção da casa principal, eu tinha que avisar a Landon que o cavalo tinha sumido. Ouvi um barulho de galope ao longe, parei de correr e prestei atenção de onde vinha. O som estava vindo do cercado de treinamento, fui na direção de lá e meu coração se aliviou ao avistar Ruffs galopando todo cheio de pose, sentado sobre a cerca estava a última pessoa que eu queria está vendo no momento, ele estava com uma camisa branca e jeans surrado o cabelo meio bagunçado, ele poderia pelo menos ser feio, para eu ter mais um motivo para detesta-lo, ele prestava atenção em Ruffs e não tinha notado minha presença. Tentei sair de fininho pensando que ele não tinha me visto até que.

-Você é bem sutil. - O desgraçado diz, me viro para ele com minha maior expressão de "Estou nem ai pra você"- Bom dia pra você também, seu humor está melhor?

-Por que estaria? Eu estou vendo você logo cedo, acabei de me lembrar que meu telefone está todo ferrado por sua culpa.

-Primeiramente que foi a sua culpa, você me confundiu ontem. - Meu Deus eu só poderia ter jogado pedra na cruz para ter que aturar tanta arrogância.

-Então agora a culpa é minha de você ser um babaca? - Cruzo os braços sobre meus seios, a manhã estava fria não queria que meus mamilos ficassem a mostra daquele retardado.

-Um babaca que você amou ver pelado.

-Você se acha muito.

-Eu não me acho belezinha. - Ele pula do cercado e caminha na minha direção. -Eu sou, e sei que você se sentiu bastante atraída por mim.

-Hahahaha. - Bato palmas para a tentativa fraca dele de sedução. - Eu não me sinto atraída por pessoas burras. - Vi um pingo de irritação transparecer no rosto dele, parece que eu estava na vantagem.

-E quem você é para falar assim de mim? - Ele deu mais um passo na minha direção, eu não me afastei, não iria abaixar a guarda pra ele.  -Seu rosto não me é estranho.

Droga, me esqueci que ele já tinha me visto um dia. Abaixo a cabeça e tento disfarçar.

-Agora está querendo me confundi mais uma vez com suas fãs? - Desconverço.

-Talvez. - Idiota! - Você me parece muito com algumas sim. - Ele estava dando em cima de mim? Meu Deus que babaca!

-Olha aqui, eu não caio na lábia de homens tipo você. E só pra você ficar ciente eu tenho namorado.

-Ah é? - Ele ergue a sobrancelha, ele poderia ser feio, só um pouquinho. -E onde ele está agora? Por que  não está  esquentando seu corpo nesse momento nessa manhã fria? Dormindo na mesma cama que você.

-O que ele faz ou deixa de fazer não é da sua conta. Mas uma coisa eu tenho certeza ele sabe esquentar meu corpo tão bem que nenhum homem chegou aos pés dele.

Ponto para mim! Peter ficou sem saber o que dizer, eu apenas o ignorei e voltei para meu chalé para me arrumar pra começar a trabalhar.

****

Estava trabalhando no modo automático hoje, minha cabeça estava longe, comecei a sentir falta da minha casa, do Andrew, nos tinhamos uma rotina juntos, ele sempre foi meu companheiro pra tudo, sem falar que meu corpo também estava sentindo falta do contato dele, e saber que eu passaria mais alguns meses longe dele me deixava sexualmente frustrada.

-Está tudo bem entre você e o Peter depois do que aconteceu ontem? - Gina me pergunta.

-Foi bem embaraçoso. Seu neto não é uma pessoa muito fácil de lidar, mas vou tentar ao máximo manter uma boa convivência. - O que não aconteceu, principalmente depois de hoje de manhã.

-Isso é bom, ele está passando por uma fase complicada, mas acredite em mim ele é um garoto bom. -Não julgava Gina, ela era avó dele. - Espero que esses dias aqui faça ele mudar.

Olhamos pela janela da cozinha e vimos Peter ao longe carregando feno. Se ele era um jogador famoso, o que estava fazendo ali trabalhando em uma fazenda? E por que ele tinha que mudar?

Um amor em MontanaOnde histórias criam vida. Descubra agora