Quarenta e oito

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(Sexed Up- Robbie Williams) Estou na vibe das músicas de sofrencia kkkkkkkkk

Alice

Londres, algumas semanas depois...

Está em casa novamente era realmente estranho, na verdade eu estava na casa da minha avó Frances, em uma pacata cidade no país de Gales. Depois que eu cheguei em Londres e reencontrei meus pais e lhes contei tudo o que aconteceu comigo nesses últimos meses vivendo em Montana. Eu pensei que eles iriam ficar desapontados comigo por ter mentido sobre onde estava, e sobre ter feito outra identidade, mas para a minha surpresa eles me entenderam e me acolheram. Como a mídia ainda estava caindo em cima de mim por conta do escândalo, papai teve a ideia da família toda ir para a casa de vovó que era um lugar mais afastado de tudo.

E cá estou eu, dia após dia tentando me recuperar de tudo que aconteceu, durante o dia eu conseguia me distrair com meus pais e meus irmãos, mas à noite quando eu me recolhia no meu quarto as lembranças sempre viam me atormentar e eu acabava chorando até pegar no sono. Ele não tentou fazer contato comigo, nem uma única vez, não mandou mensagem, não ligou, eu sei que não estava em uma posição de exigir nada dele, mas me partia o coração saber que ele tinha desistido de mim tão rápido, parecia que nada do que vivemos tinha significado o suficiente para ele.

Se eu fechasse meus olhos ainda o imaginava na minha frente, imaginava seu beijo que me deixava de pernas bambas, imaginava seu corpo se encaixando no meu enquanto fazíamos amor, seus olhos apaixonados me olhando como se eu fosse a única pessoa no mundo.

Amar doia, não era uma dor física, era uma dor emocional, como se uma parte sua tivesse se dividido e agora você lutava para encontrar outra maneira de tentar juntar a parte dilacerada mas não conseguia. Eu pensava que amava Andrew, por vários motivos, afinal ele tinha crescido comigo, mas eu confundi o sentimento totalmente, eu o amava, mas era algo mais fraternal, ele foi o primeiro amigo que eu tive na vida talvez isso tivesse me feito pensar que nos dois poderíamos ir adiante sendo amantes também. Mas com Peter tudo foi diferente, desde o nosso primeiro encontro, que na verdade fo o segundo em Montana eu sentir que algo dentro de mim tinha mudado, e depois quando finalmente ficamos juntos eu sentir que era o certo, que de repente meu mundo tinha entrado nos eixos. Nossa conexão de verdade aconteceu no dia em que contamos estrelas no céu, nós éramos apenas crianças, mas de alguma forma o destino quis nos juntar.

-Eu te amo Rose Milles. - Ele sempre sussurrava no meu ouvido. E eu sempre me lembraria disso como se fosse um fantasma me assombrando.

Minha vida nunca seria a mesma depois que Peter Volman chegou na minha vida, será que algum dia eu vou esquecer que vivi esse amor?

Passo a mão pelas lágrimas teimosas que sempre insistiam em cair quando eu estava pensando nele, eu já tinha chorado demais por uma pessoa que nem ao menos quis me ouvir.

Eu estava sentada em uma poltrona no meu quarto com uma manta cobrindo uma parte do meu corpo, a lareira estava acessa e me aquecia muito bem. Não desci para jantar, estava sem fome, mesmo Judith uma das funcionárias mais antigas que  trabalhava com a minha avó  tinha trazido meu jantar, mas eu não conseguir tocar na comida. Olhei para o quarto, sempre igual desde quando eu era criança e vinha para cá, tinha meus quadros de aquarelas e em uma mesa tinha minha coleção de miçangas que eu gostava de fazer pulseiras e colares, na verdade eu ainda gostava de fazer era um bom passa tempo.

Um amor em MontanaOnde histórias criam vida. Descubra agora