Vinte e cinco

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Peter

Não sei o que está acontecendo comigo, desde o dia do rio eu não paro de pensar em Rose, isso nunca havia acontecido antes, eu nunca pensei tanto em uma mulher como eu estava pensando nela ultimamente. Toda vez eu deitava na minha cama para dormir era o rosto dela que aparecia na minha mente, nos meus sonhos ela também estava lá, e como se fosse algum tipo de feitiço ou sei lá o que, tudo que ela fazia se tornou fascinante. Quando ela ajudava a minha avó em alguma coisa eu sempre ficava a observando, o jeito como ela fazia tudo tão concentrada e delicada, toda vez que ela estava prestes a me flagrar eu sempre disfarçava e fingia estar fazendo algo.

Em uma tarde quando eu estava fazendo a reposição dos fenos dos cavalos no estábulo eu a encontrei lá, sentada na soleira conversando com eles como se fossem amigos íntimos, foi uma cena bem diferente de se ver a forma como ela os tratava, como se conhecesse cada um deles.

Tive um sonho com ela que me despertou de madrugada suado e excitado de tão real que tinha sido esse sonho. Nele, eu provava dos lábios dela, sentia o corpo macio embaixo do meu enquanto eu a tornava minha, ela sussurava meu nome é cada vez que isso acontecia eu me sentia mais completo. Ah Rose, o que você fez comigo? Por que de repente tudo parece diferente entre nos dois? Fiquei impressionado quando ela disse que amava observar as estrelas, sentir uma coisa estranha quando ela me falou disso, talvez seja apenas coisa da minha cabeça mesmo.  Não sei o que deu em mim quando eu a convidei para jantar, era como se algo dentro de mim quisesse me aproximar dela de qualquer jeito.

Sete horas em ponto eu bati na porta do chalé, como tinha sido combinado. Eu nunca fui tão pontual como agora, tinha me arrumado um pouco mais, e passei uma colônia, espero não ter exagerado. Demorou uns dois minutos para a porta ser aberta e quando eu a vi não pude deixar de admira-la, ela vestia um vestido vermelho com botões na parte de cima, era um vestido simples, mas que nela ficou muito bonito, o cabelo solto, ela ficava muito bem com ele solto, batia um pouco a cima dos ombros.

-Entra aí, só falta por os brincos...- Ela ia dizendo, mas sua atenção é desviada para as sacolas que eu carregava. -O que é isso tudo? -Ela questiona apontando para ambas.

-Pensei em preparar algo para nosso jantar aqui mesmo. Estava pesquisando nossas opções de restaurante aqui na Vila e nenhum me agradou na culinária. - Entro em seu chalé, eu só tinha entrado lá uma única vez.

-Vamos cozinhar? Eu não sou muito boa na cozinha, sua avó está me ensinando bastante, mas eu ainda sou bem fraca nisso. 

-Não se preocupe, hoje eu que vou cozinhar.

-Você? - Ela faz uma cara de desconfiança.

-Eu moro sozinho desde a faculdade, como sou atleta não posso está comendo qualquer porcaria, por isso precisei aprender a cozinhar de acordo com a minha dieta.

-Uau fiquei impressionada com esse fato sobre você. E o que está pensando em preparar?

-Eu comprei salmão. Pensei em faze-lo grelhado com batatas assadas no forno.

-Hum, parece muito bom. Já que vamos ficar por aqui mesmo, vou tirar esses sapatos e colocar algo mais confortável. -Ela diz.

-Vou começar a usar sua cozinha.

Enquanto Rose subiu para trocar o sapato, eu comecei a tirar todos os ingredientes da sacola, também tinha trazido um vinho branco, que precisei ir comprar na outra cidade já que não tinha encontrado na Vila, salmão combinava com vinho branco isso era fato.  Rose retornou quando eu estava procurando o saca rolhas em um dos armários dela.

-Nossa você trouxe muita coisa. - Ela observa todos os ingredientes. - Não acredito! Como sabe que eu amo sorvete de frutas vermelhas? - Ela segura o pote que eu tinha comprado como se fosse uma barra de ouro.

Um amor em MontanaOnde histórias criam vida. Descubra agora